O que é o I Ching? Também conhecido por Yi Jing, trata-se de uma espécie de manual – ou oráculo – milenar chinês. O Livro de Mutações ou Transmutações, em outras palavras, é composto por textos com ensinamentos de sabedoria ancestral, considerado um verdadeiro patrimônio universal.
O I Ching é um livro que funciona como guia, onde trata dos mais variados assuntos e temas, que fazem parte da vida cotidiana. Mas, o mais surpreendente, é que esse livro vem sendo usado desde a Antiguidade. Nos dias de hoje, é considerado um dos livros mais famosos de todos os tempos.
Aqueles que buscam pelo I Ching, têm como objetivo uma leitura que os ajude a se transformar em uma pessoa mais sábia e equilibrada, buscando uma transformação contínua, dirigida por forças cósmicas como o Yin e Yang. Contudo, os símbolos básicos do I Ching são retirados dos elementos da natureza. Como, céu e terra, água e fogo, lago e vento, montanha e trovão.
I Ching- História
O I Ching é um antigo conhecimento chinês. Seu conteúdo foi alçado ao posto de oráculo, onde é possível prever o futuro. Isso fez com que ganhasse popularidade, mas apesar disso, nem todos conhecem sua história.
O I Ching é composto por vários escritos, todos acrescentados ao longo dos anos por mestres e sábios. Mais precisamente, esses escritos tinham como objetivo esclarecer as condutas e ações das pessoas, e assim, dar a elas uma chance de tornarem-se alguém melhor.
Assim, de acordo com o livro, acredita-se que, da mesma forma que a natureza, tudo está em constante transformação. E é daí que se origina o nome I Ching, que quer dizer livro das mutações.
Origem
De acordo com estudiosos, o livro I Ching, surgiu em um período antes mesmo da dinastia Chou, ou seja, por volta de 1150 a 249 a.C. E foi o imperador chinês Fu Hsi, que o concebeu. Porém, de acordo com a mitologia chinesa, o I Ching começou a ser escrito em 2200 a.C., período conhecido como Três Augustos e Cinco Imperadores.
Porém, inicialmente, o I Ching era formado por apenas por signos linguísticos, os Kua, e neles, as pessoas encontravam respostas pelo que buscavam. Precisamente, foi a partir de 1150 a.C, que o duque Chou e seu pai, o rei Wên, resolveram acrescentar textos para facilitar a compreensão dos símbolos.
Com o passar do tempo, foram acrescentados as Linhas, os Julgamentos e as Asas, e foi por volta de 6 a.C que a obra adquiriu a forma como conhecemos atualmente.
Significados
Sendo que, as Linhas são representadas por figuras, que são compostas por fileiras, tanto inteiras, quanto quebradas. E o agrupamento dessas linhas, compõem trigramas e hexagramas. Mais precisamente, 64 hexágonos, que auxiliam as pessoas a tomarem decisões mais sabiamente.
Já os Julgamentos são textos que acompanham os Kua. Quanto as Asas, são reflexões sobre temas variados. E acredita-se que o autor das Asas foi o filósofo chinês Confúcio.
Como usar o Oráculo
Antes de tudo, para se consultar o I Ching, é necessário muita concentração e pensamentos positivos. O que pode ser proporcionado com um cenário composto por incenso, música suave e velas.
Assim, com um ambiente propício, a consulta é realizada utilizando a moeda, onde cada moeda representa um número. Sendo assim, quando lançadas as moedas, a pessoa deve formular perguntas prática, pelas quais busca por respostas. Sendo que, as moedas são agrupadas seis vezes, formando linhas, ou seja, formando o hexagrama.
Contudo, o hexagrama pode ser mutável ou firme. Sendo que, cada linha tem como princípio o Yin e Yang, onde o mau e o bem não existem de fato, mas se complementam perfeitamente.
Sendo assim, de acordo com os números, a pessoa descobre uma forma mais sábia de como agir, diante a sua dúvida.
No entanto, quanto mais precisa for à pergunta, a possibilidade de acerto do I Ching aumenta. De acordo com a filosofia oriental, o oráculo é infalível, sendo que se houver uma falha, a culpa é da pessoa que não soube formular a pergunta e não do I Ching.
Conclusão
E é por isso que o I Ching vem sendo usado ao longo de milhares de anos. Mas, a pessoa que for consultar o oráculo, deve antes de tudo deixar de lado preconceitos, acionando uma mente aberta. Assim, ela poderá receber os ensinamentos e os conhecimentos da filosofia chinesa.
Concluindo, o I Ching tem como principal objetivo, trazer luz ao significado daquilo que é perguntado, ou seja, não são respostas diretas, mas ensinamentos que vão possibilitar a pessoa a ter uma visão ampla do que poderá fazer para conseguir seus objetivos.
Então, o que acha da filosofia chinesa I Ching?
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Fontes: Super Abril, UOL, Personare, Eu sem fronteiras
Imagens: Dana Garced, Amazon, Guia da Alma, I Ching site, Carta Capital, Astro Centro