IPCA, o que é? Como é calculado? Como afeta sua vida e investimentos?

Agora que os leitores do Segredos do Mundo aprenderam mais sobre o Taxa Selic e também sobre o Tesouro Direto, está na hora de aprender o que é IPCA. Essa sigla aparece em qualquer matéria que fala sobre investimentos e também em muitos artigos de economia, mas afinal, o que ela é para que ela serve?

Como dito anteriormente, o IPCA é uma sigla que significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Quem calcula esse número e divulga é o SNIPC (Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor). Esse índice indica qual será a variação de preços para o consumidor final, ou seja, se quer saber se a comida ou transporte vai aumentar, basta acompanhar o IPCA.

Pode parecer simples, mas vamos nos aprofundar mais para se entender como é calculado e também mostrar como foi o IPCA nos últimos anos.

Como é calculado?

Primeiramente, o SNIPC chega a esse número avaliando famílias de todo o Brasil que ganham de 1 a 40 salários mínimos. Em seguida são levados em conta regiões metropolitanas. Elas são:

• Belém
• Fortaleza
• Recife
• Salvador
• Belo Horizonte
• Vitória
• Rio de Janeiro
• São Paulo
• Curitiba
• Porto Alegre
• Distrito Federal
• Goiânia
• Campo Grande

Em seguida, existem diversos parâmetros de despesas calculados. Esses parâmetros são:

• Moradia
• Alimentação e bebidas
• Saúde e higiene pessoal
• Artigos para casa
• Despesas pessoais
• Educação
• Comunicação
• Transporte
• Vestuário

Após fazer o cálculo, os preços desses parâmetros podem cair ou subir, já que depende do valor do IPCA. É preciso ficar atento as notícias, de forma que a linguagem utilizada eventualmente pode enganar.

Quando se fala que o IPCA baixou, os preços não vão diminuir, ele simplesmente subiu menos que no mês anterior. Nesses casos acontece a inflação, ou seja, os serviços que qualquer cidadão consome aumentarão.

Quando temos o IPCA negativo, aí sim temos uma baixa nos preços e isso é chamado de deflação.

Para se ter uma ideia, vamos citar a inflação dos últimos anos:

2018: 3,75%

2017: 2,95%

2016: 6,29%

Essa porcentagem é quanto o seu dinheiro desvaloriza por ano. A princípio, em 2019 a parcial da inflação é de 3,87% no dia 03 de dezembro.

Como isso influência nos meus investimentos?

Vamos supor que você tenha R$ 10 mil e logo após guarde esse dinheiro debaixo do seu colchão durante 10 anos. Ele vai comprar as mesmas coisas que comprava há 10 anos? A resposta é não, portanto seu dinheiro desvaloriza e o que indica que desvaloriza ou não é a inflação.

O objetivo de um investidor, antes de mais nada, é sempre ganhar mais dinheiro com seu próprio capital e caso o valor não seja grande, deve-se vencer pelo menos a inflação. Com essa informação é seguro dizer que qualquer investidor deve fugir de investimento que dão pouco retorno, como é o exemplo da poupança. Em alguns casos, onde a inflação é mais alta que o esperado, pode ser perder dinheiro e isso não é bom para ninguém.

Em suma, vamos analisar investimentos ligados IPCA para ninguém ter dúvida de onde investir.

Investimentos e IPCA

Agora vamos focar em renda fixa, onde temos alguns exemplos de investimentos que levam em conta o IPCA. Primeiramente temos o Tesouro IPCA (NTN-B Principal) e o Tesouro IPCA (NTN-B) com Juros Semestrais. Ambos são investimentos híbridos onde a parte fixa está ligado a um índice e taxa de juros e a parte variável está ligada a variação do IPCA.

Em segundo lugar temos as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Esses dois também podem atuar de forma híbrida, no entanto são mais raros e quando existem tem um prazo maior.

Aqui falamos apenas de renda fixa, mas você também pode procurar exemplos de renda variável. Mesmo que tenham um risco maior, elas quase sempre vencem a inflação, sendo a bolsa de valores um dos melhores investimentos dos últimos anos.

E aí, o que achou? Comenta aí e compartilha. Caso tenha gostado, é provável que também goste dessa matéria: Criptomoedas – Para que servem, como investir, riscos e as mais valiosas.

Fonte: IBGE, Toro Radar

Imagens: Juros Baixos