O medo de morrer, também chamado de tanatofobia, é resultado de uma relação patológica com a ansiedade sobre a morte. Geralmente, o indivíduo pensa no assunto a todo o momento, sofrendo com efeitos negativos no cotidiano.
Sendo assim, o medo só é tratado como fobia quando provoca ansiedade – e outras respostas físicas e emocionais – que afetam o desenrolar na vida. Além do próprio medo da, por exemplo, a condição pode envolver pensamentos sobre o corpo enterrado ou entrando em decomposição.
O nome da condição tem origem na mitologia grega, no deus Tânatos. Segundo os gregos, o deus era de Nix, deusa da noite, e Érebo, deus da escuridão, além de irmão de Hipno, o deus do sono.
Sintomas de tanatofobia
Os principais sintomas do medo de morrer patológico podem ser divididos em três categorias:
Físicos: ainda que não se veja em situação de risco de morte, o indivíduo pode demonstrar sintomas somente por ouvir notícias sobre o tema. Nesses casos, o corpo sofre com palpitações, náuseas, tremores e asfixia, além de taquicardia e suor intenso.
Emocionais: os sintomas emocionais podem variar dependendo do caso ou do paciente, mas costumam provocar algum tipo de sofrimento. Isso pode levar a outros tipos de medos no dia-a-dia, como o medo de ir a hospitais e cemitério, ou viajar por algum meio de transporte específico, por exemplo. De maneira geral, qualquer atividade ligada ao medo de morrer, mesmo que de forma irracional, pode despertar sentimentos de raiva, tristeza ou culpa.
Mentais: em alguns casos, o paciente pode ser afetado com o medo de perder controle de suas reações diante da ansiedade provocada pela condição. Além disso, em situações mais extremas, alguns indivíduos podem perder a capacidade de distinção da realidade e da fantasia.
Causas do medo de morrer
Assim como na maior parte dos medos, o medo de morrer não nasce de uma condição específica. Ele pode ser desencadeado por alguns fatores, seja de maneira isolada ou combinados entre si.
Experiências traumáticas por exemplo, podem relacionar episódios sequentes ao risco de morte. Isso pode partir desde experiências pessoais até o contato com histórias vividas por outros, seja na vida real ou em episódios de ficção. A lista de motivadores pode incluir uma série de situações, como acidentes, desastres, doenças graves, episódios de violência ou abuso, etc.
Além disso, crenças pessoais também podem despertar a tanatofobia exagerada. Dependendo da forma como a pessoa é apresentada ao conceito de morte, dentro da religião, por exemplo, pode desenvolver uma resposta patológica ao medo de morrer.
Diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico de tanatofobia só pode ser realizado por algum especialista em reconhecer e tratar problemas de saúde mental. Isso porque o transtorno pode estar ligado a outros distúrbios psicológicos que também precisam ser observados.
Apesar de parecer preocupante, a maioria das pessoas diagnosticadas submetidas a tratamentos são capazes de racionalizar o sentimento e superar os efeitos negativos no dia-a-dia.
Entre as principais formas de tratamento estão:
Programação neurolinguística: esse tipo de tratamento visa reprogramar os meios de pensamento, a fim de evitar pensamentos negativos sobre o medo de morrer. Dessa maneira, é possível reagir a situações de gatilho de uma forma mais positiva, evitando os transtornos de ansiedade.
Terapia comportamental: nesses casos, o psicoterapeuta pode buscar a causa do medo em eventos e traumas do passado, tentando encontrar soluções que apresentem novas formas de encarar as situações no presente.
Terapia cognitivo-comportamental: diferente do método anterior, essa alternativa visa analisar o problema a partir de um olhar atual. Sendo assim, se assemelha um pouco à programação neurolinguística, ao tentar eliminar as reações negativas provocadas pelo medo de morrer.
Fontes: Portal do Envelhecimento, A Psiquiatra, Classic Seguros, Orsola
Imagens: talkspace, Reader’s Digest, The Circular, BBC News