Você já parou para pensar em como as abelhas conseguem fazer o mel? Essa deliciosa iguaria, que vai bem com chocolate e com uma torrada, é produzida por meio de vários processos.
Aliás, a gente espera que depois desse post, você veja esse “ouro líquido” como algo muito mais nobre. Já que apenas um potinho exige o trabalho de inúmeras, centenas e talvez até milhares de abelhas.
Mas, voltando à fabricação do mel, é preciso saber que o processo é bem longo. Basicamente, ele tem início com o trabalho das abelhas operárias, que são aquelas que mantém a colmeia em movimentação.
Ele, então, enfrenta várias etapas até ser armazenado dentro dos favos. Só após isso, estará pronto para ser colhido.
Coleta do néctar
Tudo começa quando as abelhas operárias saem em busca do néctar presente nas flores. Este, inclusive, é o principal ingrediente da “receita”.
A transformação da matéria-prima se inicia no momento em que o néctar é coletado. Isso porque as abelhas possuem duas glândulas presentes na cabeça, que secretam dois tipos de enzimas: invertase e glicose oxidase.
Vamos entender, já já, a função de cada uma delas.
Como surge o mel?
As abelhas armazenam todo o material colhido numa espécie de segundo estômago. Este, funciona como um reservatório de néctar, que pode comportar até 70mg.
Então, quando o segundo estômago fica cheio, o inseto pega o caminho mais curto de volta à colmeia. Contudo, não é em casa que a fabricação do produto continua.
Na verdade, no meio do caminho, o mel já começa a ser processado. Aliás, a transformação é fruto da reação das enzimas da abelha e acontece ainda dentro do corpinho delas.
O vômito das operárias
No meio desse processo, a invertase faz a conversão da sacarose – tipo de açúcar contido no néctar – em outros dois produtos: glicose e frutose.
Enquanto isso, a glicose oxidase transforma uma parte da glicose em ácido glicônico. Isso garante acidez ao mel e o imuniza contra bactérias que podem fazer com que ele fermente e estrague no reservatório interior das abelhas.
Assim, quando finalmente chegam à colmeia, o néctar colhido é repassado às abelhas mais jovens. Basicamente, são elas que vão ficar com o líquido por mais ou menos uma hora, concluindo o processamento das enzimas para a formação do mel.
Isso, inclusive, acontece depois que as operárias que recolheram o néctar o expelem. Ou seja, logo depois que elas “vomitam”.
Favos de mel
Em seguida, o material é espalhado e armazenado nos favos da colmeia.
Depois disso, o mel passará por um processo de secagem. Essa etapa, aliás, faz com que a água em sua composição evapore. Isso fará com que o composto se transforme em uma calda grossa e espessa, que é o mel em seu estágio final.
A curiosidade é que as abelhas fazem a secagem ser acelerada quando batem as suas asas. Uma vez concentrado na consistência correta, o favo de mel é fechado com cera, ficando ali até ser ingerido por elas ou coletado.
E então, tinha ideia de que o mel fosse feito assim? Acha que vai conseguir apreciar essa calda natural das abelhas de novo depois desse post? Comente!
E, falando nesse verdadeiro milagre da natureza, o mel também pode servir como remédio, como você confere na matéria a seguir: 7 receitas naturais de xarope caseiro para tosse seca.
Fontes: Mel, Mundo Estranho