Morfeu: conheça a história do deus grego do sono e dos sonhos

Na Mitologia Grega, Morfeu era considerado o deus do sonho, além de ter habilidades de assumir quaisquer formas durante a vida.

Morfeu - história, características e lendas do deus do sonho

Na mitologia grega, Morfeu era o deus dos sonhos, com uma habilidade especial de moldar as imagens que surgiam durante o sono. Ele não só podia dar formas aos sonhos dos outros, como também era capaz de transformar sua própria aparência, assumindo qualquer forma que quisesse.

Morfeu era filho de Hipnos, o deus do sono, e Pasífae, associada às alucinações e ao mundo dos delírios. Sobre uma curiosidade sobre o seu nome, aliás, é a origem da palavra “morfina”, usada para descrever o poderoso analgésico que induz ao sono.

E aí, vamos saber um pouco mais sobre ele? Boa leitura!

Quem é Morfeu?

Qual é a origem de Morfeu?

Antes de falar sobre a história de Morfeu na mitologia, a gente não pode deixar de mencionar a sua passagem na obra Metamorfoses, escrito pelo poeta grego Ovídio. Inclusive, entre as descrições do poeta sobre Morfeu, a que mais se destacava era a sua habilidade de imitar a figura humana.

Na mitologia grega, Morfeu é conhecido como um dos deuses do sonho, filho de Hipnos, o deus do sono. De acordo com as tradições mitológicas, Caos deu origem a Érebo, o deus da escuridão, e a Nix, deusa da noite. Esses dois, por sua vez, geraram Hipnos e seu irmão Tânatos, o deus da morte.

Diante disso, Hipnos, junto de Pasífae, a deusa das alucinações, teve três filhos que também estavam ligados aos sonhos. Entre eles, Morfeu se destacou por ser o responsável por moldar as formas humanas nos sonhos, ou seja, ele era quem criava as imagens das pessoas enquanto sonhavam.

Por fim, a gente não pode deixar de citar que existem outras versões da mitologia em que Morfeu é descrito como filho direto de Nix e Érebo. Porém, em tese, é mais conhecido como filho de Hipnos e Pasífae.

Quais são suas características e habilidades?

Morfeu era um deus dos sonhos, e tinha um jeito todo especial de se conectar com os mortais. Ele se transformava em figuras conhecidas e amadas, criando uma atmosfera reconfortante para quem estava sonhando. Ele tinha grandes asas, e por isso conseguia transitar com facilidade entre os dois mundos.

Além de sua habilidade de entrar nos sonhos, Morfeu também era um mensageiro requisitado entre os deuses gregos. Ele tinha a capacidade de passar mensagens divinas enquanto os mortais estavam em sono profundo, garantindo que as informações chegassem de bem forma tranquila, sem causar sustos ou muitos transtornos. Pelo menos é o que dizem.

Mitos e lendas sobre Morfeu

Morfeu dormia em uma caverna pouco iluminada, envolto por um ar de mistério e cercado por flores de dormideira. Essa planta, conhecida por seus efeitos narcóticos e sedativos, ajudava a induzir sonhos profundos e vívidos, criando um ambiente perfeito para o trabalho do deus dos sonhos.

Sendo assim, durante as noites, ele saía do palácio de Hipnos, situado no Submundo, onde seus irmãos também habitavam, prontos para ajudá-lo em suas tarefas.

No mundo etéreo dos sonhos, apenas os deuses do Olimpo podiam atravessar a barreira que separava os mundos e visitar Morfeu. Para isso, eles precisavam passar por um portão mágico, guardado por duas criaturas fantásticas. Essas guardiãs eram conhecidas por seu poder de se materializar nas maiores fobias e medos dos visitantes, testando sua coragem antes de permitir a passagem.

O deus dos sonhos levava a sério sua responsabilidade de induzir sonhos nos mortais, e por isso era um dos deuses mais ocupados de todo o Panteão. Acredita? Com suas enormes asas, ele voava de um sonho a outro, trazendo um pouco de magia e fantasia ao mundo dos humanos.

No entanto, nem sempre suas ações eram bem vistas por seus irmãos de divindade. Em uma situação bem marcante, por exemplo, Morfeu acabou sendo fulminado por um raio de Zeus, após revelar segredos sagrados dos deuses durante alguns de seus sonhos.

Além disso, existe uma outra lenda envolvendo Morfeu que fala sobre sua participação na famosa Guerra das Cadeias. Nesse episódio, Morfeu não deixou barato e induziu tanto os deuses quanto os mortais a um sono profundo. Essa espécie de “reinado” de Morfeu, no entanto, ocorreu no momento em que Cratos conseguiu recuperar Hélio, o deus do sol, trazendo um desfecho pra lá de inesperado para o conflito.

Por fim, há também uma lenda que menciona o deus dos sonhos como um dos responsáveis pela morte de Hélio. Verdade ou não, dizem que ele esteve envolvido, de forma direta ou indireta.

Morfeu na cultura popular

Curiosamente, o nome de “Morfeu” deu origem a várias palavras em português e em outras línguas. Termos como “morfologia”, “metamorfose” e até “morfina” têm raízes etimológicas ligadas a ele.

A morfina, por exemplo, recebeu esse nome devido aos seus efeitos analgésicos que induzem a sonolência e relaxamento, fazendo uma alusão direta ao poder de Morfeu sobre o sono.

Não por acaso, então,  a expressão “cair nos braços de Morfeué usada até hoje para indicar que alguém adormeceu profundamente. Bem interessante, né?

Morfeu na mitologia

Morfeu, na mitologia, é conhecido como uma figura alada, o que reforça sua ligação direta com o mundo dos sonhos e da transformação. Seu próprio nome já entrega um pouco de sua essência, já que morphe, em grego, pode significar algo como “moldador” ou “formador de formas”.

Portanto, essa capacidade de moldar e se transformar é justamente um dos traços mais marcantes do deus dos sonhos. Ele não apenas habitava o reino dos sonhos, mas também tinha a habilidade de assumir qualquer forma que quisesse para aparecer aos mortais enquanto eles sonhavam.

Você pode acompanhar um pouco mais sobre a história dele no vídeo abaixo:

E aí, o que achou do nosso conteúdo? Conta pra gente! Aproveite e leia também: 22 livros de mitologia essenciais para você aprender

Outras postagens