Para entender porque a Nasa adia o retorno à Lua para 2025 ou até depois desse prazo, é importante entender a nova mudança de planos. Nesse sentido, mais recentemente, o chefe da Nasa, ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, Bill Nelson anunciou a decisão. Portanto, estima-se que os Estados Unidos somente irão enviar uma missão tripulada à Lua a partir de 2025.
Sobretudo, as notícias sobre a decisão partem da agência de notícias Agencia France-Press e da própria agência do Governo Federal dos Estados Unidos. Anteriormente, o governo do ex-presidente Donald Trump envolvia mandar a missão até 2024 por meio do programa Ártemis. Desse modo, uma série de procedimentos e problemas levaram à redefinição dos prazos do projeto.
Acima de tudo, estima-se que o motivo pela qual a Nasa adia retorno à Lua para a partir de 2025 refere-se aos problemas de desenvolvimento dos veículos. Portanto, pode ser que o programa Ártemis entre em atividade após a nova previsão, de acordo com o andamento dos processos. Nesse caso, cabe citar o processo judicial movido pela Blue Origin.
Em resumo, a empresa privada de astronáutica e serviços de voo espacial suborbital pertence a Jeff Bezos. Basicamente, a companhia entrou com um processo por conta de uma decisão da agência em conceder um contrato à SpaceX, de Elon Musk. Como consequência, o contrato envolveu 2,9 bilhões de dólares para construir uma espaçonave. Por fim, entenda mais o caso a seguir:
Por que a Nasa adia retorno à Lua?
A princípio, os novos cronogramas surgem em decorrências de batalhas judiciais, conflitos de interesse com a mudança de governo e muita burocracia envolvida. Apesar disso, o processo movido pela Blue Origin surgiu por uma questão de mercado. Ou seja, a empresa de Bezos entrou com a ação porque a Nasa cedeu um contrato ao seu concorrente com a mesma proposta de construir uma aeronave.
Mais ainda, o projeto especificamente atende o programa Ártemis, que é a primeira missão tripulada para Lua desde 1972. Curiosamente, a última vez com que os humanos pousaram na lua foi com a missão Apollo 17. Sendo assim, se trata de uma grande perda econômica, pois houve uma competição pelo contrato e quem acabou ganhando foi Elon Musk com a SpaceX.
Por outro lado, outra competidora nessa corrida especial foi a Dynetics, uma empreiteira norte-americana. A princípio, a Nasa ofereceu três contratos originais para cada empresa a fim de tomar a decisão. No entanto, o orçamento mais baixo e com maior qualidade técnica para execução do projeto foi da SpaceX, de modo que eles ganharam o contrato.
Ademais, outro fato decisivo é que, apesar da proximidade de orçamento entre a Blue Origin e a SpaceX, a empresa de Musk oferecia reuso do módulo de pouso. Por outro lado, a competidora de Bezos não tinha essa opção, e Musk se comprometeu tsambém em financiar a maior parte do desenvolvimento com seu próprio dinheiro, diminuindo os gastos do orçamento.
Apesar disso, a Blue Origin alegou que a Nasa violou regras governamentais de transparência ao ter escolhido a SpaceX. Basicamente, a normativa dita que uma agência do governo deveria manter duas opções para projetos do tipo. Em contrapartida, a Nasa argumentou que tinha o direito de decidir isso por conta dos cortes orçamentários.
Projeto Ártemis
Por fim, a agência do Governo Federal ganhou o processo judicial, porém a Nasa adia retorno à Lua para a partir de 2025 porque o processo a fez congelar o projeto de forma voluntária. Sobretudo, a decisão partiu do interesse da empresa em resolver o conflito antes de continuar suas atividades.
Como consequência, a Nasa perdeu quase sete meses em litígios, ainda lidando com as mudanças de governo e a nova agenda de Biden. Sendo assim, o chefe Bill Nelson afirmou que isso provavelmente gerou atraso no retorno à Lua. Apesar disso, as projeções afirmam que a primeira missão não tripulada aconteça em fevereiro de 2022, com o nome Ártemis I.
Por outro lado, a primeira missão tripulada a sobrevoar a lua será em 2024, com o nome de Ártemis 2. No entanto, essas projeções dependem do ritmo do projeto e do trabalho conjunto com a SpaceX. Curiosamente, o programa Ártemis promete incluir a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pisarem na superfície da Lua.
Em resumo, essa decisão pode parecer pequena para alguns, mas como diria Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, é de fato um grande passo para a humanidade. Sobretudo, a participação de mulheres e pessoas de cor em missões espaciais promete inaugurar um novo capítulo da exploração e colonização do espaço.
Ademais, a proposta do programa é estabelecer uma presença norte-americana permanente na Lua até o final da década. Ou seja, a Nasa planeja colonizar o satélite natural como um espaço para astronautas, e eventualmente pessoas. Nesse sentido, a agência ainda informou à imprensa que está realizando “avanços sólidos” na missão espacial.
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