Em primeiro lugar, a expressão névoa baixa, sol que racha é comum no meio rural. Nesse sentido, refere-se ao fenômeno meteorológico que ocorre geralmente no final do inverno e no começo do verão. Desse modo, a presença de uma névoa grossa próxima à superfície serve como prelúdio dos dias quentes de verão, onde o Sol fica a pico durante mais tempo.
Por outro lado, também conhece-se esse acontecimento como cerração. Em resumo, a névoa fica a baixa altitude pela manhã, o que fera um aumento rápido de temperatura no período da tarde. Curiosamente, há um complemento para o termo, pois há quem diga “névoa baixa, sol que racha” seguido de “névoa na serra, chuva que berra”.
Sendo assim, o fenômeno oposto relaciona-se à concentração de névoa em uma localidade montanhosa e de elevadas altitudes. Portanto, há indicação de chuvas intensas provenientes das nuvens Nimbostratus e Cumulonimbos. Porém, caso a chuva que siga seja leva, pode estar relacionada com a nuvem Stratus.
O que a Meteorologia diz sobre a expressão?
A princípio, a Meteorologia compreende a sabedoria popular da névoa baixa, Sol que racha como cientificamente correta. Ou seja, o Sol realmente chega após o fenômenos do nevoeiro, especialmente nas estradas e aeroportos. Sendo assim, a expressão diz respeito ao fenômeno real e recorrente da cerração.
Em resumo, esse campo de estudo explica que o acontecimento faz parte de um ciclo. Primeiramente, a neblina, chamada popularmente de nevoeiro, forma-se quando há predomínio de uma massa de ar polar sobre a região. Portanto, o céu praticamente não apresenta nebulosidade e o calor adquirido durante o dia se perde rapidamente.
Nesse sentido, a condição reflete uma noite mais fria do que quando há nuvens no céu e durante um resfriamento muito grande. Como consequência, ocorre a condensação da umidade próximo ao solo, formando o famoso nevoeiro. Basicamente, a névoa consiste num agrupamento de gotículas de água pequenas que ficam em suspensão perto da superfície.
Comumente, o fenômeno demanda alta umidade no ar, em específico acima de 90%. Dessa forma, tende a ocorrer em cidades e campos, ou até mesmo sobre o mar, rios e lagos. Ademais, as áreas mais favoráveis para percepção desse fenômeno são as serras, velas e trechos de baixadas de estrada.
Em outras palavras, as regiões rurais tendem a concentrar mais a cerração, de modo que a origem da expressão esteja associada. Curiosamente, os meteorologistas afirmam que os nevoeiros reduzem a visibilidade horizontal para menos de mil metros de distância. Mais ainda, pode-se perceber o fenômeno da garoa.
Por fim, o fenômeno se encerra quando o Sol aparece e há aquecimento do ar. Porém, pode-se repetir todo o processo caso não haja previsão de chuva na região.
Usos do termo névoa baixa, sol que racha
Como citado anteriormente, forma-se o nevoeiro quando há queda brusca de temperatura e aumento na umidade. Entretanto, ainda existe o fenômeno da névoa seca, comum nos centros urbanos. Em resumo, acontece quando ocorre condensação do ar associada aos poluentes, poeira e fumaça, formando uma camada cinza sobre as cidades durante a tarde.
Sendo assim, a frase névoa baixa, sol que racha costuma ser utilizada para identificação prévia ou explicação tardia dos eventos meteorológicos. Sobretudo, a condensação da umidade e formação do nevoeiro interrompe o trabalho de agricultura. Basicamente, o trabalho com a terra torna-se mais pesaroso por conta da visibilidade e da umidade.
Nesse sentido, ainda costuma-se adotar a frase para designar mudanças bruscas e repentinas. Sobretudo, por ser uma frase que caracteriza a transformação brusca nas temperaturas, adota-se para referir-se a pessoas cujo humor sofre alterações rapidamente. Além disso, diante de mudanças de decisões repentinas e surpresas também é cabível o uso.
Por fim, a utilização da expressão tornou-se mais rara, não somente por ser específica do meio rural, como ainda pela falta de contato das pessoas com a natureza. Como consequência, tende-se a ouvir mais nas áreas rurais, serranas e agrícolas.
E aí, aprendeu o que é névoa baixa, sol que racha? Então leia sobre Cidades medievais, quais são? 20 destinos preservados no mundo.
Fontes: Só Português | Gazeta do Povo | Gazeta do Bairro | Tempo Agora
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