O bicho geográfico é um parasita também chamado de larva migrans cutânea. Ele foi descrito pela primeira vez como “a erupção rastejante” e diagnosticada por um médico em 1874. Hoje, é uma das infecções mais comuns por helmintos (ancilostomídeos) adquiridas em regiões subtropicais e tropicais do mundo.
Em suma, o bicho geográfico é uma doença de pele parasitária causada por uma larva da espécie ancilostomíase que geralmente infecta cães, gatos e outros animais. Todavia, os seres humanos podem adquirir a infecção andando descalço na rua ou praias contaminadas com fezes de animais. Continue lendo para descobrir mais sobre o bicho geográfico, como a infecção é tratada e o que você pode fazer para evitá-la.
Causas e fatores de risco
Como lido acima, o bicho geográfico é um larva é da espécie ancilostomíase. Para esclarecer, esses parasitas vivem dentro dos intestinos dos animais, que liberam ovos de ancilóstomos em suas fezes. Como resultado, esses ovos eclodem em larvas que podem causar uma infecção. Portanto, a principal causa de bicho geográfico é o contato direto com as larvas, geralmente em solo ou areia contaminados.
Quando o contato é feito, as larvas penetram na camada superior da pele. Posteriormente, linhas serpentinas ou rastros únicos marcam o curso das larvas à medida que elas migram através da epiderme do tronco e das extremidades inferiores. Além disso, as larvas podem se deslocar rapidamente, às vezes aparecendo ou desaparecendo em locais diferentes do corpo.
O principal fator de risco é ter contato solo contaminado em áreas de risco, que geralmente ficam nos pontos tropicais ou lugares mais quentes do mundo. Isso inclui regiões como:
- Sudeste dos Estados Unidos
- Caribe
- América Central e do Sul
- África
- Sudeste da Ásia
Sintomas de bicho geográfico
Os sintomas começam a aparecer nas primeiras duas semanas após o contato com solo infectado ou área endêmica, e as linhas eritematosas podem aumentar em até 1 a 2 cm. por dia. No entanto, as larvas não podem completar seu ciclo de vida no ser humano – elas encontram um beco sem saída nesses hospedeiros acidentais e ficam presas na camada de epiderme da pele.
As lesões causadas por larva migrans cutânea são características dessa infecção parasitária. Às vezes, no entanto, as lesões podem ser confundidas com infecções fúngicas ou doenças inflamatórias da pele.
O prurido pode ser bastante persistente durante todo o período de infecção, e o paciente pode sentir dor, coceira, bem como inchaço local e, às vezes, febre. Ademais, como as lesões podem causar coceira intensa, elas costumam ser arranhadas. Ou seja, isso pode romper a pele, aumentando o risco de uma infecção bacteriana secundária.
Tratamento e prevenção de bicho geográfico
Se não forem tratadas, as larvas migrans cutâneas geralmente morrem na epiderme após várias semanas ou meses, porque são incapazes de completar seus ciclos de vida nos hospedeiros humanos. Contudo, medicamentos para combater vermes e parasitas também podem ser usados para tratar a infecção. Além disso, pomadas antibacterianas também podem ser úteis no tratamento de infecções secundárias que resultam da coceira intensa.
Para prevenir a infecção pelo parasita, bastar evitar lugares contaminados com fezes de animais, usar calçados adequados em praias e regiões endêmicas. As praias devem ser mantidas livres de fezes de cães e gatos, e os banhistas devem usar uma toalha para fornecer uma barreira ao sentar ou deitar no chão. Por fim, praticar uma boa higiene é a melhor maneira de evitar a aquisição dessa infecção parasitária benigna, mas bastante incômoda.
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Fontes: Minha Vida, Tua Saúde, GNDI
Fotos: Pinterest