A spirulina é um tipo de alga que pode cumprir a função de suplemento nutricional em algumas dietas. Isso porque é uma rica fonte de vitaminas, minerais, proteínas e aminoácidos. Ou seja, ajuda a enriquecer a dieta, especialmente de vegetarianos, ao mesmo tempo que também pode promover o emagrecimento.
Uma vez que aumenta a sensação de saciedade, o corpo apresenta menos vontade de comer o tempo todo. Além disso, existem estudos que sugerem que a spirulina é capaz de aumentar o metabolismo de gorduras e glicose. Sendo assim, há menos acúmulo no corpo, reduzindo o risco de problemas no fígado e no coração.
De forma geral, o composto está disponível na forma de pó e cápsulas, em lojas de produtos naturais e farmácias.
O que é spirulina: alga ou bactéria?
Entre alga e bactéria, a spirulina, na verdade, não é nenhuma das duas. Na verdade, o composto recebe a classificação de cianobactéria.
As cianobactérias pertencem ao domínio das Bactérias, mas geralmente não são classificadas como algas ou bactérias, pois não são nenhumas das duas coisas. Sendo assim, recebem uma classificação própria, mesmo que sejam confundidas com os dois outros grupos com frequências.
Entretanto, uma das características da spirulina deixa claro que o composto não é uma alga. Isso porque algas crescem em ambientes marítimos, enquanto a spirulina se desenvolve em água doce.
Além disso, as cianobactéricas são procarioentes. Ou seja, não possuem paredes que isolam o núcleo celular (onde está o DNA), mitocôndrias, plastídeos, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e outros aspectos típicos dos eucariontes.
Para que serve a spirulina
A spirulina pode ser utilizada no tratamento e prevenção de diversas condições de saúde. Entre elas, por exemplo, estão quadros de hipertensão, dislipidemia, rinite alérgica, anemia, diabetes e síndrome metabólica.
De forma geral, a concentração de vitaminas e minerais, clorofila, proteínas de alta qualidade, ácidos graxos essenciais e antioxidantes promove a saúde após a ingestão. Além disso, compostos imunoestimulantes (como inulina e ficociacina, por exemplo) carregam propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e anti-tumorais.
Entre os principais benefícios da spirulina estão:
- redução da pressão arterial e do colesterol, uma vez que relaxa os vasos sanguíneos e inibe a absorção de lipídios;
- redução dos sintomas de rinite alérgica, pois controla quadros de secreções nasais, congestão, espirros e coceira;
- prevenção de diabetes, já que aumenta a sensibilidade à insulina e reduz níveis de glicose;
- promoção da perda de peso, pois reduz inflamações do tecido adiposo e ajuda na perda de gordura;
- melhora da atenção e do humor, ajudando a reduzir quadros de depressão e promovendo o bem estar;
- melhora da memória, pois contém oxidantes que podem, inclusive, beneficiar pacientes com Alzheimer;
- tratamento de artrite, pois atua com mecanismos de proteção nas articulações;
- redução do envelhecimento precoce, já que conta com vitaminas A e C, que reduzem danos celulares;
- prevenção do câncer, pois é rica em em antioxidantes e em micronutrientes, como zinco e selênio;
- favorecimento da hipertrofia e da recuperação muscular, melhorando o rendimento em exercícios físicos;
- purificação do organismo, a partir do efeito hepatoprotetor, que previne danos ao fígado.
Recomendações de uso
A indicação do uso de spirulina é comum especialmente em quadros de pacientes com obesidade, colesterol alto e diabetes. Além disso, suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes também podem ajudar no tratamento de condições como câncer e artrite.
O uso ocorre na forma de pó ou cápsulas, seja misturado com água ou a outros alimentos, como sucos e vitaminas, por exemplo. A recomendação média é de consumir de 1 a 8g por dia, dependendo do objetivo do tratamento.
As doses de consumo podem ser únicas ou divididas de duas a três vezes ao longo do dia, mas sempre sob orientação de médico ou nutricionista. Além disso, pacientes em fase de gravidez e lactação, ou crianças e fenilcetonúricos não devem consumir.
Também é possível que algumas pessoas apresentam reação alérgica à spirulina, mas o evento é raro. Em alguns pacientes, reações adversas como enjoo, vômitos ou diarreia também podem ser comuns.
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