Em primeiro lugar, as patas de cachorro são estruturas mais complexas do que se imagina. Nesse sentido, tem a função de sustentar todo o peso corporal e possibilita atividades como caminhas, corridas e saltos. Entretanto, nem sempre essa parte do animal recebem a devida atenção.
No geral, a anatomia da pata do cachorro é composta por cinco estruturas básicas. Primeiramente, as unhas, que funcionam como uma espécie de garra tanto para defesa quanto para ataque. Logo em seguida, as almofadas digitais correspondem ao que seriam os dedos dos cães, basicamente aquela parte macia nas extremidades.
Além disso, existem as almofadas do metacarpo, uma região de gordura que corresponderia à palma da mão humana. Comumente, essa estrutura permite com que o cachorro caminhe por terrenos frios. Por outro lado, outra parte também importante são as almofadas do carpo, que ficam localizadas nas patas dianteiras e atuam como uma espécie de freio.
Desse modo, as patas de cachorro os ajudam a não escorregar quando estão correndo ou caminhando. Por fim, a última estrutura da anatomia da pata são os ergôs. Em resumo, é uma espécie de quinto dedo, uma estrutura interna que se assemelha ao polegar humano, porque permite que o animal segure a comida, outros objetos e ajuda no equilíbrio.
Como cuidar das patas de cachorro?
No geral, os problemas que podem afetar as patas de cachorro envolvem alergias, queimaduras e ressecamento de pele. Ademais, casos com parasitas e situações psicológicas, como estresse e ansiedade no animal, tendem a causar problemas com esse membro.
Desse modo, o cuidado surge como uma aliada da saúde a longo prazo do cachorro. Em primeiro lugar, a higiene básica, com banhos e limpeza das patas é uma das várias formas de cuidar. Comumente, existem famílias que cuidam da higiene do cachorro enquanto outras deixam isso a cargo da petshop.
De qualquer maneira, é importante ficar atento ao corte das unhas do cachorro, porque o comprimento pode incomodar o animal. Além disso, evita-se que o cachorro se machuque ou machuque outras pessoas durante as brincadeiras, por exemplo. Por outro lado, também vale ficar atento ao corte dos pelos entre as almofadas, conhecidas por coxins.
Nesse sentido, o crescimento do pelo pode criar nós e consequentemente machucar o animal, tendo em vista que os pelos podem se enroscar nas unhas. Mais ainda, o crescimento excessivo impede que os cães caminhem, pois causa dificuldade para frear e evitar escorregões.
Por fim, a higiene, limpeza e hidratação previnem no aparecimento de fungos e bactérias. Em outras palavras, recomenda-se ficar atento aos hábitos diários do animal e manter um cronograma de banhos e visitas ao veterinário. Dessa forma, fica mais fácil monitorar a saúde e proteger as patas do cachorro.
Curiosidades sobre as patas de cachorro
Antes de mais nada, existem vários fatos curiosos sobre as patas de cachorro que a maioria das pessoas não conhece. Como citado anteriormente, esses membros dos cães costumam ser ignorados, mas desempenham funções importantes. Sendo assim, confira algumas curiosidades a seguir:
1) Muitos ossos para as patas de cachorro
No geral, grande parte dos 319 ossos que formam o esqueleto completo desses animais são dedicados às patas de cachorro. Nesse sentido, esses membros ainda contam com pele, tendões, ligamentos, fornecimento de sangue e tecido conjuntivo.
Ademais, esses ossos que formam a pata são essenciais na distribuição de peso do animal. Basicamente, os cachorros projetam o peso para a parte da frente das patas, e não para os calcanhares como outras espécies fazem.
2) As almofadas ou coxins ajudam na locomoção em diferentes superfícies
Como citado anteriormente, as almofadas das patas tem uma espessa camada de gordura. Desse modo, realizam a principal função de proteger os tecidos internos do cachorro das temperaturas extremas e externas. Por isso, os cães apresentam maior facilidade para caminhar sobre superfícies frias do que superfícies quentes, tendo em vista que o frio não é transferido tão rapidamente.
Em contrapartida, uma característica evolutiva interessante desses animais é que o as cães se adaptam aos terrenos que andam. Por exemplo, espécies que caminham em montanhas ou em clima frio, como o São Bernardo, tendem a ter a pata mais espessas e grossas.
Por outro lado, as patas de cachorros que caminham em superfícies mais lisas apresentam as almofadas macias. Além disso, as patas de cachorro auxiliam o animal a distinguir diferentes tipos de terreno, porque são membros táteis essenciais aos animais.
3) As patas de cachorro são refrigeradores naturais
Basicamente, as patas de cachorro apresentam uma camada interna com glândulas sudoríparas. No geral, a função dessas glândulas é transmitir a transpiração para a camada externa da pele.
Desse modo, essas estruturas também auxiliam na refrigeração e ainda evitam que as patas fiquem úmidas. Entretanto, existem casos de “patas suadas”, semelhantes às mãos suadas dos seres humanos. Em especial, isso acontece quando o cachorro está estressado ou com alguma forma de ansiedade.
4) Patas de cachorro são como as mãos humanas
Em resumo, as patas de cachorros equivalem aos nossos dedos, tanto nas mãos quanto nos pés. Ainda que não sejam exatamente iguais, desempenham funções semelhantes.
Nesse sentido, cabe repetir a respeito do ergôs, uma espécie de quinto dedo que é considerado um vestígio de polegares. Para além das funções citadas, de equilíbrio e manuseio de animais ou objetos, esse membro auxilia na distribuição do peso corporal.
No geral, auxiliam no manuseio e controle de alimentos. Porém, não atuam tanto na questão da tração ou escavação, porque é um membro mais externo.
5) Algumas espécies tem patas de cachorro com estruturas duplas
Comumente, os cães da raça Mastiff Espanhol, Pastor dos Pirineus e Beauceron apresentam ergôs duplos nas patas traseiras. Desse modo, conseguem caminhar em terrenos ásperos e desiguais. Além disso, cães da raça Great Pyrenees também utilizam os ergôs traseiros para manter a estabilidade.
Em contrapartidas, espécies como o Newfoundlads apresentam dedos mais longos em comparação às outras raças. Entretanto, os Labradores geralmente apresentam essa mesma característica, ainda que não tão proeminente. De qualquer modo, ambas espécies apresentam pés palmados que os ajudam a ser excelentes nadadores.
6) Pé de gato ou pé de lebre
Em primeiro lugar, não estranhe esses nomes, pois ainda estamos falando sobre patas de cachorro. Porém, existem algumas espécies que apresentam o chamado “pé de gato”. Basicamente, esse é o terceiro osso digital curto, o que se parece com um pé felino compacto.
No geral, cães como o Akita, Doberman, Pinscher e o Schnauzer gigante apresentam essa característica. Além disso, outras espécies como o Terra Nova e o Bull Terrier dentre tantas outras tem essa mesma estrutura.
Em resumo, as patas de cachorro com o chamado “pé de gato” permitem que o animal use menos força para levantar e aumentam a resistência do cão. Ademais, são percebidos como pés redondos e compactos.
Por outro lado, ainda existe o chamado “pé de lebre”, onde o animal apresenta as patas alongadas. Mais ainda, os dois dedos do meio nas patas de cachorros com essa características tendem a ser maiores do que os dedos exteriores. Como exemplo dessa característica cabe citar as raças do Samoieda, Borzoi e Galgo.
7) Massagear as patas de cachorro pode ser benéfico ao animal
Sobretudo, as massagens na pata dos cachorros pode auxiliar na circulação e alívio de dores. Desse modo, os veterinários recomendam esfregar entre as almofadas na parte inferior da pata. Em seguida, pode-se massagear entre cada dedo.
Contudo, é importante que você deixe o animal confortável e entenda caso ele não aceita a massagem. Como consequência, evita-se que o cachorro fique estressado ou arisco.
8) O cheiro estranho é normal
Primeiramente, o cheiro distinto nas patas de cachorro fazem parte da biologia animal. Nesse sentido, a fonte do aroma vem de bactérias e fungos que compõe o organismo dos cachorros.
Sendo assim, o odor não indica complicações e nem gera problemas de saúde ao animal. Porém, é importante que a higiene esteja em dia para que essa condição natural não evolua para um caso de parasitismo.
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Fontes: Mega Curioso | Patas da Casa | Canal do Pet
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