O pé diabético é causada quando uma área ferida ou infeccionada no pé apresenta uma úlcera, por complicações de Diabetes mellitus. Isso acontece quando os níveis de glicemia do paciente diabético é mal controlado.
O diabetes é provocado pela incapacidade de produção de insulina suficiente no pâncreas, ou da insulina exercer seus efeitos. Assim, a falta do hormônio – ou mal funcionamento dele- provoca aumento de glicose no sangue.
Para evitar o pé diabético, pacientes devem tratar rapidamente quaisquer ferimentos nos pés, evitando complicações graves.
Razões fisiológicas
As três principais razões fisiológicas para a ocorrência do pé diabético são: baixa imunidade, falta de sensibilidade e déficit na cicatrização.
Baixa imunidade: por causa da má circulação de sangue provocada pelo excesso de açúcar, há diminuição nas células de defesas que podem atuar com urgência nos ferimentos.
Falta de sensibilidade: com o aumento da glicose no sangue, pode haver danos nos nervos periféricos, ou seja, ausência nos estímulos de dor.
Déficit na cicatrização: o diabetes também dificulta a recuperação em ferimentos, permitindo a entrada de microrganismos.
Sintomas e tratamento em pé diabético
Sempre que um paciente diabético percebe uma anormalidade em seu pé, existe a possibilidade de caso de pé diabético. Essas anormalidades podem ser de sensação, temperatura, cor, mas também a presença de infecções ou inflamações mais evidentes.
Os sintomas mais frequentes da condição são sensação de queimação e formigamento nos pés. Além disso, podem haver lesões indolores, por causa da diminuição de sensibilidade da área. Como o diabético pode se machucar sem se perceber, as lesões podem ficar maiores ou infeccionadas sem chamar atenção.
Por conta do alto risco, o tratamento nos ferimentos deve ser feito por profissionais especializados. Para isso, existe um modelo de atenção que segue uma série de passos determinados: educação, qualificação do risco, investigação adequada, tratamento apropriado das feridas, cirurgia especializada, aparelhamento correto e reabilitação global. Assim, a área será tratada adequadamente, garantindo a recuperação do pé diabético.
Manual de cuidados
Para prevenir o pé diabético, uma série de medidas podem ser tomadas.
Autoexame: é importante observar os pés diariamente, em busca de micose, machucados ou outros sinais estranhos. Além disso, toque os dedos para ver se eles estão sensíveis. Assim como exames frequentes nos olhos, rins e coração, diabéticos precisam checar os pés pelo menos uma vez a cada seis meses.
Corte de unhas: ao cuidar das unhas, não se deve cortar os cantos delas de maneira arredondada. Apesar do hábito ser comum, isso aumenta as chances de encrave, gerando a possibilidade de úlcera. Lixar com frequência também é importante para que as unhas não arranhem os dedos.
Banho: a temperatura da água do banho não deve passar de 35ºC, a fim de evitar leves queimaduras. Por outro lado, a água fria também não faz bem. Isso porque pode diminuir a circulação no local, causando desconforto. Após o banho, seque bem os pés para evitar a proliferação de fundos, principalmente entre os dedos.
Calçados: os que protegem a área dos dedos são os mais indicados, o que significa que sandálias e chinelos13 não são recomendados. Calçados que provoquem desbalanceamento nos pés também não são recomendados, pois podem causar úlceras de pressão ao distribuir o peso do pé de forma desigual. Para meias, é melhor optar pelas feitas de algodão.
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Fontes: Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde, Minha Vida
Imagem de destaque: SBACVRS