Uma descoberta em 2016 mostrou que a origem do asteroide Kamo’oalewa é um pedaço da Lua. Nesse sentido, as pesquisas mais recentes sobre o tema envolvem a órbita relativamente próxima da Terra. Ou seja, isso é também um sinal do seu surgimento partir do satélite natural do planeta.
Além disso, cientistas afirmam que existem características diferentes em sua composição. Em resumo, Benjamin Sharkey, astrônomo da Universidade do Arizona e autor do novo estudo publicado na revista Nature explica essa questão. Sobretudo, a presença de um material de silicato lunar na formação do Kamo’oalewa abre novas hipóteses.
Ainda assim, cabe ressaltar que consiste numa tese, porque a obtenção de amostras do asteroide pode demorar alguns anos. Apesar disso, a teoria dos cientistas contém diversos indícios que reforçam uma verdade na hipótese. Por fim, conheça mais sobre a descoberta a seguir:
Origem do asteroide com pedaço da Lua
A princípio, o asteroide Kamo’oalewa teve descoberta em 2016 como um quase-satélite por meio do telescópio Pan-STARRS 1, no Havaí. Em resumo, seu nome em havaiano significa “fragmento celeste oscilante” quando traduzido para o português. Além disso, consiste num corpo celeste com 40 metros de comprimento.
Basicamente, um quasi-satélite ou quase-lua é um objeto em uma ressonância orbital com seu planeta. Ademais, permanece próximo ao seu planeta durante vários períodos orbitais. No geral, a órbita desse satélite ao redor do Sol dura exatamente o mesmo tempo dos outros planetas,
Entretanto, há uma excentricidade diferente, que costuma ser maior. Como consequência, o asteroide Kamo’oalewa quando vistos a partir da perspectiva do planeta, sua trajetória parece um movimento retrógrado ao longo do planeta. Sendo assim, o corpo celeste orbita não a Terra, mas o Sol, em um caminho semelhante ao que acontece aqui.
Curiosamente, existem registros de outros cinco quase-satélite, mas somente esse asteroide composto do pedaço da Lua consegue ser estudado. Em outras palavras, esse processo decorre do fato de ser brilhante o suficiente durante uma parte do ano. Assim, é possível observá-lo com grandes telescópios da Terra.
A partir dessa observação, perceberam que sua composição apresenta cores vermelhas, o que indica a presença de minerais metálicos. Com uma análise da reflexão da luz solar na superfície do objeto, pode-se determinar do que ele é feito. Sendo assim, pode-se concluir a presença de silicatos.
O que significa essa descoberta?
Os estudos mais recentes mostraram que a aparência do satélite é similar à superfície da Lua. Principalmente quando comparado com outros asteroides que foram estudados anteriormente. Porque essa descoberta mostra mais sobre os pedaços da Lua e a composição do nosso satélite, é possível aprofundar os estudos na Astronomia.
Desse modo, entender o processo de formação dos corpos celestes, os ciclos orbitários e a transformação dos planetas, por exemplo. Além disso, a expansão dos conhecimentos sobre o tema é promissora no que diz respeito às futuras missões espaciais. A fim de consideração, a única rocha semelhante ao asteroide com pedaço da Lua foi trazida nas missões Apollo durante 1970.
Ainda que seja somente uma hipótese, e que novas informações reforcem essa tese, é importante entender que o asteroide Kamo’oalewa traz consigo informações sobre o Universo, não somente sobre a Lua. Portanto, a continuidade dos estudos é fundamental para descobrir a resposta de novos mistérios, e também criar novas perguntas.
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