Centopeias, também chamadas de lacraias, são insetos longos e cheios de “perninhas” e, consequentemente, com muitos segmentos corporais. Cada segmento corporal do animal possui um par de pernas. Além disso, são capazes de picar nós humanos, por isso, a picada de lacraia pode ser até mesmo venenosa.
Embora seu nome possa significar cem pernas, essas criaturas têm entre 15 a 177 pares de pernas. Centopeias são artrópodes de corpo achatado e segmentado, que pode variar de cinza a amarelo acastanhado.
Cada um de seus segmentos corporais contém um par de pernas. Elas se movem muito rapidamente, mas têm visão ruim, então usam o tato e o olfato para encontrar suas presas.
Além disso, as lacraias são mais ativas à noite. Elas gostam de viver em lugares quentes e úmidos, e são consideradas benéficas porque ajudam a controlar as pragas domésticas, como baratas, traças e formigas.
A lacraia é venenosa?
A resposta é sim! Quando uma centopeia pica uma pessoa, ela injeta seu veneno na pele. A produção do veneno ocorre em uma glândula na perna do inseto. Desse modo, elas injetam veneno em suas presas para se proteger e se defender.
Por conseguinte, para estudar o veneno das centopeias, pesquisadores isolaram mais de 500 componentes do veneno. Eles descobriram que os componentes são formados por substâncias químicas como a serotonina e a histamina, por exemplo.
Além disso, os pesquisadores ressaltaram que esses componentes não costumam causar efeitos neurológicos em seres humanos.
Como identificar uma lacraia?
Geralmente as lacraias possuem um corpo alongado dividido em partes, de 12 a 15 partes. Além disso, possui duas antenas em sua cabeça e duas garras venenosas. As lacraias também possuem um par de perna em cada segmento. Existem inúmeros tipos de lacraia, cerca de mais de 30 espécies. As centopeias também apresentam corpo amarelado ou em tons marrons.
Principais tipos de lacraia
Existem aproximadamente 3 mil espécies catalogadas de centopeias em todo o mundo. As principais delas são as lacraias domésticas e as lacraias gigantes e venenosas do deserto.
Lacraias domésticas
As centopeias domésticas têm corpos longos e achatados, geralmente em tons marrom-amarelado com três listras escuras ao longo da parte superior do corpo com um sombreado mais claro entre elas. Esses insetos têm olhos grandes e 15 segmentos de membros onde cada um apresenta um par de pernas. As pernas deste tipo de centopeia são longas e semelhantes a fios, com faixas pretas e brancas. Nas fêmeas, o último par de pernas é mais do que o dobro do comprimento do corpo.
Lacraias venenosas e centopeias do deserto
Quem tem medo de lacraia, certamente não pode se deparar com uma centopeia do gênero Scolopendra. Para explicar, as centopeias desse grupo são grandes, variando de dez a trinta centímetros de comprimento. Seu corpo têm vários tons de vermelho, preto com vestígios de verde e outras variações de cor.
Esse tipo de centopeia têm 20 pares de patas alaranjadas com um conjunto de patas traseiras usadas para segurar a presa e injetar veneno.
Elas tem vários nomes como centopeia gigante do deserto, centopeia vietnamita e centopeia gigante da Amazônia, por exemplo. Desse modo, essas lacraias podem ser agressivas e causar uma picada bastante dolorosa do que as variedades menores e mais comuns.
Por conseguinte, o veneno dessas centopeias causam dor e queimação que pode se espalhar pelo membro e persistir por vários dias. Além disso, essas “superlacraias” vivem principalmente em países tropicais e em zonas de clima mais quente como o deserto
Como acontece a picada de lacraia?
Embora as pessoas usem o termo “mordida”, a lacraia na verdade não usa o aparelho bucal para romper a pele do predador.
Dessa forma, quando uma centopeia se sente ameaçada, ela fura a pele de sua presa com as pontas em forma de pinça das pernas mais próximas da cabeça, que são chamadas de forcípulas. Inclusive, a picada pode assemelhar-se ao formato de um V devido ao posicionamento das pernas da centopeia.
Uma picada de lacraia pode causar dor, inchaço e vermelhidão no local. Contudo, na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em 48 horas. Em alguns casos, problemas mais sérios podem ocorrer. Para esclarecer, nos casos mais graves pode acontecer infecção e lesão do tecido e pele no local da picada, além de reação alérgica. Alguns dos sintomas de uma reação grave incluem:
- Edema facial
- Urticária generalizada e erupção cutânea na pele
- Desconforto no peito
- Perda de consciência ou capacidade de resposta
- Pressão arterial extremamente baixa
O que fazer ao ser picado por uma centopeia?
O tratamento da picada de lacraia inclui lavar a ferida. Além disso, compressas frias também podem ser colocadas no local da picada. Se necessário, um anestésico ou outro medicamento pode ser administrado para aliviar a dor, o inchaço e a coceira. Todavia, em casos mais sérios, a injeção antitetânica e antibióticos também podem ser administrados para prevenir uma infecção. Abaixo, um passo a passo do que fazer ao ser picado por uma lacraia:
1. Em primeiro lugar, aplique uma compressa fria no local da picada por cerca de 15 minutos. Isso ajuda a aliviar a dor, o inchaço e a coceira. Use uma toalha úmida fria ou gelo enrolado em uma toalha. Nunca coloque gelo diretamente na pele. Use sempre compressas frias, pois em certos casos, compressas quentes podem piorar os sintomas.
2. Em segundo lugar, verifique diariamente se há sinais de infecção no local da picada;
3. Procure atendimento médico imediatamente se notar sinais de reação alérgica ou infecção no local da picada.
Como evitar o aparecimento de lacraias?
Existem várias maneiras bastante eficazes para eliminar centopeias dentro de casa. Algumas delas são:
- Evitar fendas e rachaduras em paredes e portas;
- Evitar lugares úmidos como por exemplo lixo velho acumulado no quintal;
- Limpar ralos, canos, calhas e caixas de esgoto;
- Colocar armadilhas feitas de fita adesiva nos cantos das salas onde as centopeias normalmente atacam outros insetos.
- Por fim, caso apareça uma grande quantidade destes insetos, você pode recorrer a inseticidas, ou em último caso, a um dedetizador.
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Fontes: Hipercultura, Em tempo, GAZ
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