Pigmeus, quem são? Origem, características, cultura e história

Pigmeus são povos antigos que existem até hoje e são cheios de mistérios. Entenda suas origens, costumes e como é dificil a vida desse povo.

Pigmeus, quem são? - Origens, costumes e desafios

Você, certamente, já ouviu falar sobre os pigmeus. Apesar desse termo geralmente ser usado de forma pejorativa, poucas pessoas sabem o que ele realmente significa.

Os pigmeus são conjuntos de povos africanos que tem como principal característica a baixa estatura. As pessoas desses povos tem no máximo 1,50 metro de altura, uma vez que alguns fatores genéticos influenciam tal característica.

Nessa matéria vamos contar mais sobre como esses povos vivem, como se comportam e também suas principais características. Ao contrário do que muitos pensam, eles são pessoas cheias de culturas e costumes. Apesar de coisas terríveis já terem acontecido com eles, até hoje os pigmeus sofrem com diversos problemas causados por exploradores.

Origem e características

O lar dos povos pigmeus são as florestas tropicais africanas. Há cerca de 2 mil anos, eles foram descobertos em diversos países como por exemplo: Zaire, Ruanda, Namíbia, Gabão, Camarões, Angola, etc. Como dito anteriormente, existem diversos povos pigmeus. Eles se dividem em grupos denominados: Aka, Baka, Mbuti e os Twa.

Com relação a sua baixa estatura, existem diversas teorias sobre isso. O grande ponto é que, por serem diversos povos que apresentam essa característica, até mesmo povos de outros países como o Brasil, não é possível chegar a uma conclusão certa.

Dentre as principais teorias estão a da exposição ao Sol e também com relação a adaptação a vida difícil que os pigmeus leva. Primeiramente vamos a teoria da exposição do Sol, onde é dito que por morarem em regiões extremamente cobertas por árvores, eles não recebem a luz solar. Todos sabem da importância da luz solar para os ossos e, consequentemente, para o crescimento.

Com relação a segunda teoria, vamos um pouco mais a fundo no estilo de vida dos pigmeus. Tal teoria leva em conto diversos fatores como por exemplo a expetativa de vida, início da vida sexual e também o modo de sobrevivência. Pigmeus, em média, tem a expectativa de vida entre 16 e 24 anos, sendo que apenas 30% a 50% das crianças chegam ao 15 anos. Em segundo lugar temos o inicio da vida sexual, que começa muito cedo, podendo atrapalhar o crescimento.

Por fim, temos as condições de vida. Viver em um ambiente muito hostil, além de diminuir expectativa de vida, faz com que o corpo tenha que se adaptar a condições adversas. Ter corpos menores pode ajudar na locomoção no meio de uma floresta e também precisa de menos comida e água para sobreviver.

Comportamento dos pigmeus

Os pigmeus têm como principal meio de sobrevivência a caça. Eles utilizam diversas armas como, por exemplo, lança, arco e flecha e também redes, na hora da pescaria. Apesar de viverem bastante isolados ainda, existem interação com outros povos próximos, o que os leva a comercializar cerâmicas artesanais.

Outro produto interessante que eles consomem e comercializam é o mel silvestre, pego de abelhas selvagens. Eles também recebem diversas coisas das cidades e povos vizinhos, podendo ser comum encontrar pigmeus com roupas comuns.

Certamente, os pigmeus, tem uma conexão muito forte com a floresta. Uma das únicas palavras presentes em quase todos os povos é Jengi, que significa espírito ou deus da floresta. Para eles não é só como uma religião, mas também a medicina, subsistência e também sua cultura.

A vida difícil dos pigmeus nos dias de hoje

Os pigmeus sofrem até hoje, mas não pelas condições do ambiente e sim pela influência externa em suas terras. Muitos deles foram expulsos se suas terras depois da privatização de alguns lugares, principalmente para exploração das madeiras.

Em consequência disso, muitos tiveram que ir para lugares novos onde não teriam a mesma forma de sobrevivência que tinham em um lugar que conheciam. Muitos acabam tendo como única fonte de renda a venda da cerâmica.

Com isso, não acredite que essas realocações são feitas de forma pacífica. Ocorrem diversos abusos contra os pigmeus, que eventualmente são assassinados e abusados sexualmente. Esse último ponto fez com que diversos povos sofressem de diversas doenças, incluindo HIV/Aids.

Por fim, também temos o racismo e a escravidão. Eles por muitas vezes são ridicularizados por sua estatura e, consequentemente, tal preconceito faz com que eles sofram violência dos mais diversos tipos.

Junte o racismo e falta de terras para viver, e tenha a escravidão. Muitas famílias não encontram outra alternativa a nãos ser trabalhar em condições extremamente precárias. Para se ter uma ideia, em 2008, mais de 100 pigmeus foram libertados da escravidão.

Existem diversas ONGs que trabalham para ajudar esses povos, mas seu sofrimento pode estar longe de acabar.

E aí, o que acharam? Caso tenha gostado da matéria, é provável que também vá gostar dessa: Os principais deuses indígenas da cultura brasileira.

Fontes: Toda Matéria, Survival Brasil, Discovery Magazine

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