Antes de começar a vacinação em massa contra a Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou orientações sobre o consumo de álcool durante a pandemia. A OMS enfatizou que “o uso de álcool, especialmente o uso excessivo, enfraquece o sistema imunológico; e portanto, reduz a capacidade de lidar com doenças infecciosas”.
Com base nisso, algumas autoridades de saúde sugerem não beber por alguns dias antes ou depois de tomar a vacina contra a Covid-19 para garantir que seu corpo possa criar rapidamente uma resposta imune e protegê-lo com mais eficácia.
Mas, afinal pode ou não beber depois da vacina?
O álcool não tem uma associação direta com a produção de anticorpos que se obtém ao se vacinar. Você sabia? Os anticorpos levarão cerca de três semanas para se formar, depois da imunização.
No entanto, a ligação entre álcool e vacinação não é clara. O álcool pode não reduzir a eficácia ou interferir na vacinação. Mas, a bebida pode afetar seu sistema imunológico e também pode ocasionar desidratação.
Ou seja, o consumo excessivo de álcool pode colocá-lo em risco de imunossupressão e diminuir a capacidade de combate a infecções do seu corpo. No entanto, não restrições se o consumo for moderado.
O consumo moderado é geralmente definido como não mais do que dois drinques por dia para homens e um máximo de um drinque por dia para mulheres, enquanto o consumo excessivo é definido como quatro ou mais drinques em qualquer dia para homens e três ou mais drinques para mulheres. Tenha em mente que uma bebida “padrão” é considerada uma taça de vinho, 3 doses de destilados ou 2 copos de cerveja.
Como o álcool afeta o sistema imunológico?
Pesquisas sobre o efeito do álcool na resposta do corpo humano à vacinação contra o Covid-19 ainda estão sendo coletadas e avaliadas. Geralmente, os efeitos são mais perceptíveis em quem bebe excessivamente.
Há algumas evidências que sugerem que o consumo de álcool, especialmente o consumo excessivo da substância, pode reduzir a capacidade do seu corpo de construir imunidade em resposta a um vírus.
Além disso, sabe-se que o álcool em grandes quantidades pode enfraquecer o sistema imunológico, porque os alcoólatras são mais propensos a contrair infecções.
Por fim, uma curiosidade, para quem não sabe, é que a vacina AstraZeneca contém uma quantidade “muito pequena” de álcool em sua lista de ingredientes, insuficiente para causar “efeitos perceptíveis”, de acordo com as orientações da fabricante.
Agora que você sabe que pode beber depois da vacina, leia também: Mitos sobre vacinas – Principais fake news sobre os imunizantes