Em primeiro lugar, Polifemo é o nome do rei Ciclope, filho de Poseidon e da ninfa Teosa. Além disso, esse gigante vivia em uma caverna próxima à Sicília, como pastor de ovelhas. No geral, costuma ser retratado como um gigante de um olho só.
A princípio, a história desse personagem mitológico está registrada nos poemas de Homero. Mais especificamente, na Odisseia, onde é narrado as aventuras de Ulisses após a Guerra de Troia. Nesse sentido, o rei Ciclope é um importante participante da narrativa, apresentando simbolismos e associações que serão tratados adiante.
Por outro lado, apesar de ser filho dos reis dos mares, Polifemo nunca foi exatamente aceito entre os deuses do Monte Olimpo. Ademais, a população da Sicília o temia e o rejeitava. Desse modo, é comum encontrar representações do gigante como um indivíduo vivendo uma vida reclusa e às margens da sociedade.
Origem e mito de Polifemo
Primeiramente, em um dos trechos da Odisseia, o herói Ulisses, ou Odisseu como é chamado, desembarca na Sicília. Logo em seguida, ele e seus homens descobrem uma caverna repleta de provisões e recursos. Porque estavam viajando no mar aberto sem rumo e sem alimento, esse é um motivo de grande festa.
Entretanto, a caverna pertencia a Polifemo, que guardava tudo com cuidado para sobreviver ao longo do ano. Sendo assim, quando ele retornou do pastoreio, acabou encontrando os marinheiros festejando em sua residência. Como consequência, os devorou de forma sistemática.
Eventualmente, Ulisses percebeu que seu destino estaria traçado caso não reagisse. Portanto, ofereceu ao gigante um alimento repleto de vinho, para embebedá-lo. Desse modo, Polifemo desmaiou por causa da bebida e antes de cair no sono perguntou a Ulisses qual era seu nome, pois estava feliz de ter feito um amigo humano.
Contudo, o herói da Odisseia disse que seu nome era “ninguém”, com a intenção de confundir o rei Ciclope. Posteriormente, Ulisses esperou que ele dormisse para furar o olho do gigante com um cajado afiado queimando no fogo. Dessa maneira, seus homens que sobreviveram conseguiram fugir, ainda prendendo à parte interior do rebanho de Polifemo.
Mais ainda, enquanto o gigante busca por suas ovelhas para que elas o ajudassem a evitar que os marinheiros fugissem, os homens escaparam. Apesar disso, Polifemo grita aos quatro ventos que “ninguém” havia o machucado, pedindo por socorro aos seus amigos ciclopes inutilmente porque suas frases não faziam sentido.
Por fim, o rei Ciclope permaneceu abandonado em sua caverna saqueada e permanentemente ferido. Porém, ainda que os marinheiros escapem, o gigante implora para que seu pai os puna. Dessa forma, Poseidon atormenta Ulisses em toda sua jornada.
Simbologia e associações
Antes de mais nada, existe uma importante lição na história de Polifemo sobre hospitalidade. No geral, os gregos utilizam desse mito para ensinar às crianças e jovens sobre o respeito quando encontramos uma casa ocupada. Mais ainda, lições sobre educação, etiqueta e hospitalidade eram transmitidas por meio da história.
Por outro lado, há também uma discussão a respeito da maldade dos heróis com os monstros mitológicos. Apesar de ser um rei Ciclope de aparência assustadora, Polifemo inspirou mensagens de respeito e cuidado com os seres inocentes criados pela natureza. Em resumo, essa é uma história de injustiça e abandono com um gigante que já era excluído anteriormente.
Além disso, alguns historiadores estimam que a expressão “furar o olho” como forma de se referir à traição surgiu desse poema de Homero. Porque Ulisses conquistou a confiança do gigante, o embebedando para o ferir depois, acredita-se que seja uma lição sobre mentira e desconfiança.
Em contrapartida, há quem afirme que o mito do rei Ciclope refira-se à uma relação de causa e consequência. Sobretudo, a punição de Poseidon pela maldade feita com seu filho mostrou aos gregos que os preços seriam cobrados pelas maldades contra os seres vivos. Apesar de ser uma narrativa heroica, Ulisses ensinou valores importantes para a sociedade ao fazer parte da cultura popular.
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Fontes: Infopédia | Spartacus Brasil | Greenlane | Eventos Mitologia Grega