Quando a temperatura cai, é comum perceber um aumento no apetite, e isso não é só impressão, viu? Durante os dias mais frios, o corpo precisa trabalhar mais para manter sua temperatura estável, o que demanda mais energia. Como resposta, o organismo envia sinais que aumentam a fome no frio, pedindo alimentos mais calóricos e reconfortantes.
Além disso, o clima frio costuma trazer uma vontade maior de se aconchegar e buscar conforto, principalmente quando a gente pensa na comida. Por isso, a fome no frio muitas vezes vai além da necessidade física: ela também dialoga com o lado emocional e afetivo dessa estação.
E aí, vamos saber um pouco mais sobre isso? Boa leitura!
Por que sentimos mais fome no frio?
Você já percebeu como o frio desperta aquela vontade irresistível de comer algo quentinho e reconfortante? Essa sensação é mais do que um simples desejo: é uma resposta natural do nosso corpo.
Segundo a nutricionista Valéria Machado, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), “no frio, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal, e esse gasto maior de energia nos leva a sentir mais fome que o habitual”.
Além disso, o frio pode influenciar diretamente o nosso humor e apetite. A endocrinologista Lorena Lima Amato explica que, durante o inverno, há uma tendência à diminuição da produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.
Isso quer dizer que essa queda pode levar a um aumento do apetite, especialmente por alimentos ricos em carboidratos, que ajudam a elevar os níveis desse neurotransmissor.
Diante disso, para lidar com esse aumento natural do apetite sem ganhar alguns quilinhos extras, especialistas recomendam planejamento alimentar e escolhas conscientes. Assim, você passa por esse momento de forma mais leve, sem deixar de lado as comidinhas gostosas que trazem algum conforto para você.
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Qual a diferença entre a fome e a vontade de comer?
Afinal, você já parou para refletir sobre a diferença entre fome e vontade de comer? Talvez você saiba, mas fazer essa distinção é uma forma interessante de fazer escolhas alimentares mais conscientes, e assim levar uma vida mais leve.
Tendo isso em vista, a gente pode dizer que a fome é uma necessidade fisiológica do corpo, sinalizada por sintomas como estômago roncando, dor de cabeça ou irritação, indicando que o organismo precisa de nutrientes.
Em contrapartida, a vontade de comer, muitas vezes chamada de fome emocional, surge repentinamente e está ligada a emoções como estresse, ansiedade ou tédio, levando ao desejo por alimentos específicos, geralmente ricos em açúcar ou gordura. Faz sentido, né?
Diante disso, a psicóloga Valeska Bassan destaca que emoções intensas, como ansiedade ou tristeza, podem desencadear a vontade de comer, mesmo sem a presença de fome real. Esse comportamento pode se tornar um ciclo vicioso, onde a comida é usada como válvula de escape para lidar com sentimentos desconfortáveis, o que desencadeia um relação ruim com a comida.
Como evitar o ganho de peso no frio?
No frio, como a gente já viu, é muito comum confundir fome com vontade de comer, especialmente porque o corpo busca conforto, e aí que entra a comida.
Alimentos mais calóricos, quentinhos e saborosos se tornam mais atraentes, e, mais uma vez, é justamente aí que mora o risco: a vontade de comer, geralmente ligada ao emocional, pode se disfarçar de fome real.
Embora o corpo realmente gaste um pouco mais de energia para manter a temperatura no frio, isso não significa que exageros são necessários ou saudáveis. Certo? Por isso, o ideal é buscar refeições equilibradas que aqueçam e nutram ao mesmo tempo, como sopas com legumes, proteínas magras, grãos integrais e bebidas quentes com menos açúcar.
Por fim, manter o corpo em movimento, mesmo que dentro de casa, beber água regularmente e prestar atenção aos sinais do corpo também faz diferença. O frio pode, sim, ser acolhido com comida, e encarado com mais leveza. No entanto, sempre faça escolhas mais leves, principalmente se não deseja ganhar alguns quilinhos. Tá bom?
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- Fonte: Terra, Boa Forma, TV Cultura, Drauzio Varella, Correio Braziliense, Globo Esporte.