Sim, a gente sabe que esta matéria parece uma grande besteira. Mas, acredite, este já foi um assunto investigado pela Ciência. Afinal, é engraçado o fato de não conseguirmos encarar um pum alheio, mas suportamos ou até gostamos de nosso próprio pum. Não é verdade?
Ao que tudo indica, as pesquisas chegaram a uma explicação plausível. Sobretudo, o que nos faz odiar os puns alheios e gostarmos de nosso próprio pum vem de dentro pra fora.
Como todo mundo sabe, o pum é um gás que surge a partir de nosso processo de digestão. Logo, ele se origina dentro de nossos intestinos. Ou seja, em meio a bactérias totalmente “personalizadas”. São elas, inclusive, que tornam nossos próprios cheiros diferentes do demais e reconhecíveis ao nosso olfato.
Ou seja, por se tratar de você mesmo, esses gases, por mais podres que sejam, parecem mais suportáveis. Isso, contudo, não acontece quando se trata de qualquer outra pessoa.
Nojinho
Mas, não é só isso. O fato de só suportarmos os nosso próprio pum também se trata de uma perspectiva evolutiva. Isso porque coisas que costumam nos parecer nojentas, como feridas abertas, fluídos corporais e o próprio cocô, tendem a ser infecciosos e o nojo surge para nos manter longe dessas “porcarias” e das possíveis doenças que elas transmitam.
No caso do pum não é diferente. Por mais que as pessoas nem imaginem, a verdade é que gases intestinais também podem transmitir bactérias e doenças, como a Streptococcus pyogenes, que causa a febre escarlatina, pode desencadear doenças cardíacas e até mesmo a doença comedora de carne (fasciite necrosante) e assim por diante. Claro que hoje em dia, devido às nossas roupas, peças íntimas e sapatos esse tipo de contágio é, praticamente, inexistente.
Adaptação ao nosso próprio pum
Além do nojo que, basicamente, nos manteve vivos ao longo dos séculos, a adaptação aos nossos próprio odores também ajudam a preferirmos nosso próprio pum ao dos outros. Se não fosse isso, provavelmente, seria impossível as pessoas fazerem a higiene pessoal corretamente.
A mesma coisa acontece no caso das mães, que se adaptam facilmente aos odores dos filhos. Caso contrário, elas não conseguiriam limpar as fraudas nada gentis que estes pequeninos costumam sujar. Não é mesmo?
Elemento surpresa
Por fim, outro aspecto que os cientistas perceberam que aumentam nossa tolerância a nosso próprio pum é a inexistência do “elemento surpresa”. Quando nós mesmos vamos soltar um pum, nosso córtex cingulado anterior, responsável por processar a surpresa, fica em alerta e antecipa que um cheiro desagradável vem por aí. Isso, de certa forma, ameniza o impacto.
Mas, quando outras pessoas peidam não é possível ficar de sobreaviso. A não ser que o barulho seja muito alto ou que essa pessoa “criminosa” saia alertando o pessoal ao redor.
Aliás, é por isso que um pum silencioso é sempre mais potente e destruidor que um pum barulhento. Entendeu agora?
E, falando em “bufas” fedorentas, não deixe de conferir ainda: Conheça as comidas que criam os puns mais mortais, segundo a Ciência.
Fonte: Hypescience
