O estado de febre é classificado pelo aumento da temperatura do corpo humano. De forma geral, quando o corpo se aquece a mais de 38 ºC – ou 38,2 ºC, em caso de uma medição feita via retal – pode-se dizer que a pessoa está com febre.
Um corpo saudável mantém a variação de calor entre 35,4 ºC e 37,2 ºC. Mas sem estado febril, por exemplo, o corpo pode ficar muito mais quente no final da tarde, atingindo até 37,7 ºC.
Da mesma forma, quando há febre não existe garantia de uma elevação de temperatura constante. Dependendo da situação, o calor vai ter um pico máximo ao longo do dia, mas oscilar entre esse estado e o de normalidade.
Quantos graus é febre em adultos
Quando a temperatura corporal fica acima de 37,2 ºC – especialmente entre 37,5 ºC e 38 ºC – considera-se que o corpo atingiu um estado subfebril. Nesse contexto é comum que surjam outros sintomas típicos da febre, como arrepios, tremores ou vermelhidão do rosto.
Nessa fase, é importante monitorar os sintomas para acompanhar a evolução do quadro.
Caso a temperatura ultrapasse os 38 ºC, o paciente está num estado de febre. Nesses casos, pode ser indicado tomar um comprimido de 1000 mg de paracetamol e usar medidas alternativas, como tomar banho morno, reduzir a quantidade de roupas ou utilizar compressas frias.
Se a temperatura não voltar ao normal dentro de poucas horas ou até mesmo fique elevada, é preciso consultar um médico.
Quadros de febre com temperatura acima de 39,6 ºC devem ser tratados como emergência médica. Apesar disso, as elevações de temperatura entre 38 ºC e 40 ºC costumam ser de curta duração e toleráveis pela maior parte dos adultos saudáveis. Por outro lado, caso haja histórico de doença cardíaca ou pulmonar, pode haver riscos mais graves.
Existem ainda casos em que a temperatura corporal pode passar 41 ºC, o que pode até mesmo levar à insuficiência de alguns órgãos. Geralmente, esse quadro é causado por insolação ou uso de drogas.
Quantos graus é febre em bebês e crianças
Para diagnosticar quantos graus é febre em bebês e crianças pequenas, é preciso considerar outros valores de temperatura. Isso porque o corpo em desenvolvimento é mais resfriado do que o de um adulto.
Nesses casos, a variação saudável é entre 36 ºC e 37 ºC. Quando há elevação entre 37,1 ºC e 37,5 ºC, é preciso ficar atento. O aumento de temperatura é sutil e não indica febre, mas exige monitoração caso o quadro evolua.
A partir de 38 ºC (ou 37,8 ºC, no caso de medição via retal), é preciso consultar um pediatra pra saber se ou quais remédios devem ser utilizados.
É importante saber que a variação de temperatura em bebês nem sempre indica algum tipo de infecção ou doença. Isso porque o corpo é mais sensível e pode sofrer alterações ao ambiente e vestuário, bem como a reações a vacinas ou nascimento de dentes, por exemplo.
Tipos de febre
Algumas doenças carregam o nome febre, mas não são classificadas como tipos de febre que envolvem mudança de temperatura. Entre elas, estão febre amarela, febre maculosa e febre reumática, por exemplo.
Sendo assim, além de saber quantos graus indica febre, é importante conhecer os diferentes tipos da condição.
- Contínua: a temperatura corporal elevada é constante e não oscila mais do que 1 ºC.
- Irregular (ou séptica): esse tipo de febre tem picos de alta temperatura alternados com momentos de baixa temperatura de forma imprevisível.
- Remitente: é uma febre diária que não cessa e tem variações de mais de 1 ºC em relação à temperatura constante.
- Intermitente: esse quadro é marcado por oscilações frequentes entre temperaturas normais e mais altas. É o tipo de febre mais comum, caracterizado por oscilações que podem surgir tanto num mesmo dia como em dias alternados.
- Recorrente (ou ondulante): nesses casos o período de variação entre temperatura normal e anormal é mais espaçado, sendo que a interrupção de altas temperaturas é imprevisível.
Como medir
A medida mais eficiente de diagnosticar uma febre é medindo a temperatura do corpo, preferencialmente com um termômetro eletrônico. Geralmente, a medição acontece sob as axilas, mas também pode ser feita na boca ou no reto.
A medição retal é a mais precisa de todas elas, mas só costuma ser feita por profissionais dentro de clínicas e hospitais.
Para fazer a medição, pode-se utilizar o termômetro de mercúrio, o digital ou o de ponta mole. O digital tem o uso mais simples, já que consiste apenas em apontar o termômetro para o paciente e colher a temperatura.
Por outro lado, o termômetro de ponta mole – feito para introdução anal – é o mais eficaz para ver a temperatura corporal. Uma vez que a pele é capaz de se resfriar rapidamente, a variação de calor pode influenciar o diagnóstico, o que não ocorre no reto.
Fontes: MSD Manuals, Tua Saúde, Drauzio Varella, Minha Vida
Imagens: health essentials, Health Hub, Medical News Today, maconequi, Santa Apolônia