Quando os rinocerontes brancos do norte foram extintos na natureza, em 2008 era difícil imaginar sua sobrevivência no futuro. Todavia, a ciência deu a esses animais mais uma chance. Para esclarecer, um consórcio internacional de cientistas e conservacionistas que trabalham para prevenir a extinção desses animais, anunciou a produção de dois novos embriões.
Os embriões de rinoceronte branco do norte foram produzidos por meio de tecnologias de reprodução assistida. Atualmente, não existe nenhum macho vivo conhecido e nenhum dos dois rinocerontes brancos do norte remanescentes na terra (uma mãe e sua filha que vivem no Quênia – Najim e Fatu) pode engravidar.
Dessa forma, cientistas estão correndo para salvar o mamífero mais ameaçado do mundo por meio da fertilização in vitro. Os rinocerontes brancos do norte já percorreram partes da África antes de serem caçados até quase a extinção. Mas agora, Najin e Fatu são os últimos de sua espécie e vivem sob vigilância constante em uma reserva no Quênia.
Para salvar a espécie, os cientistas recentemente colheram os óvulos da mãe e da filha. Eles combinaram os óvulos com o esperma de rinocerontes brancos machos do norte coletados antes de morrerem. Como Najin e Fatu são inférteis, os embriões serão colocados em uma mãe de aluguel.
Morte de Sudão – último rinoceronte branco macho da terra
A morte do último macho de rinoceronte branco do norte do mundo, o Sudão, em março de 2018, não encerrou os esforços para salvar uma subespécie de um dos animais mais conhecidos do mundo. O foco voltou-se para seu sêmen armazenado e de quatro outros rinocerontes mortos, bem como o aperfeiçoamento das técnicas de fertilização in vitro e a necessidade crítica de manter as duas fêmeas restantes vivas.
Sudan ou Sudão de 45 anos, que conquistou amplo carinho de todo o mundo, foi sacrificado após complicações relacionadas à idade em 2018. Assim, ele foi fundamental para o ambicioso esforço de salvar a subespécie da extinção após décadas de dizimação por caçadores, junto com as duas fêmeas sobreviventes. O objetivo final é criar um rebanho de cinco a 15 animais que seriam devolvidos ao seu habitat natural na África. Todavia, isso pode levar décadas.
O Sudão foi o último de sua espécie a nascer na selva, no país que leva seu nome. Desse modo, ele foi levado para o zoológico tcheco e depois transferido para o Quênia em 2009, junto com os únicos outros rinocerontes brancos do norte remanescentes, as duas fêmeas e um macho que morreram em 2014. Eles foram colocados sob guarda armada 24 horas por dia e alimentados com uma dieta especial. No entanto, apesar de terem sido vistos acasalando, não houve gestações bem-sucedidas.
Décadas de caça furtiva afetaram fortemente as espécies de rinoceronte. Os animais são mortos por seus chifres, que há muito tempo são usados como material para esculpir e valorizados na medicina tradicional chinesa por suas supostas propriedades curativas.
Então, gostou desse conteúdo? Pois, leia também: Onça-pintada – Tudo sobre o felino mais poderoso das Américas
Fontes: Zooparque, BBC, Boas Novas MG, Hypeness
Fotos: Pinterest