Ir à guerra e representar seu país em um conflito internacional, como todo mundo pode imaginar, não é nada fácil. O sofrimento durante as batalhas, a visão da morte de perto e as privações podem transformar a fisionomia dos soldados não só durante o conflito, mas de forma permanente.
Pelo menos é isso que mostra o trabalho da fotógrafa irlandesa Lalage Snow, da agência francesa de notícias AFP. Segundo ela, durante os quatro anos que cobriu a guerra do Afeganistão, foi possível perceber a transformação acontecendo no rosto dos soldados britânicos que iam ao campo de batalha.
Foi dessa observação que nasceu o projeto “We are the not dead” (Nós somos os que não morreram, em português). Conforme explica a fotógrafa, o objetivo do trabalho era dar voz aos combatentes e provar o quanto a fisionomia dos soldados se altera durante o conflito e como permanece alterada por meses, mesmo depois de voltarem para casa.
O trabalho de Snow, concluído entre 2010 e 2011, foi muito elogiado e muito criticado ao mesmo tempo. Alguns chegaram a acusar a fotógrafa de manipular as fotos com iluminação para fazer a fisionomia dos soldados parecer melhor durante o conflito, por exemplo.
Em resposta, Snow garante que não chegou a usar iluminação artificial em seus cliques e que seu desejo era apenas mostrar que existe um lado humano e singular nas pessoas que enfrentam esse tipo de missão.
Veja como a guerra afeta a fisionomia dos soldados:
Interessante, como o sofrimento e tensão transformam a expressão, não é mesmo?
Agora, falando no assunto, o estresse e a responsabilidade também têm esse poder de transfigurar a expressão das pessoas, como você confere nesse outro post: A aparência de 11 presidentes antes e depois de seus mandatos.
Fonte: Hypeness,
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