Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre a Síndrome de Asperger. Ou sempre pensou que ela e Autismo fossem a mesma coisa. Mas não são. De acordo como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ambas as condições estão incluídas no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Ocorre que as pessoas identificadas com o TEA podem ter vários níveis da síndrome. A forma mais branda do espectro é identificada como a síndrome de Asperger. E uma das formas mais acentuadas da condição é identificado como o Transtorno Autista.
Se você ainda não entendeu, nós vamos te explicar melhor. Acontece que as pessoas identificadas com o TEA apresentam déficits similares. Ambos tem dificuldade na socialização, na fala e na compreensão e alguns desenvolvem também padrões repetitivos. No entanto, os níveis em que isso se manifesta são diferentes.
É por esse motivo que muitas crianças com a síndrome de Asperger desenvolvem grande inteligência em uma área específica. Porque nessas pessoas o transtorno esta presente, mas de forma mais branda.
Entenda melhor a síndrome de Asperger
1 – O que causa o transtorno?
Acontece que muitas pessoas ainda julgam de forma errada. As vezes, creditam o comportamento incomum das crianças aos seus pais, ao estilo de criação. Noutras acreditam que a criança age de determinada maneira apenas porque não teve os pais presentes.
Mas a realidade é bem diferente disso. Na verdade, os estudiosos ainda não chegaram a causa exata do transtorno. Alguns cientistas acreditam que uma anormalidade no cérebro é a responsável por isso, mas por enquanto, nada foi confirmado.
2 – Quais são os sintomas?
Como já dissemos, as pessoas identificadas com o Transtorno do Espectro Autista tem dificuldade quanto a comunicação, convívio social e rituais incomuns.
As pessoas que tem a síndrome de Asperger, geralmente, apresentam dificuldade no convívio social. Não fazem amigos facilmente, não olham nos olhos, não entendem bem a linguagem corporal e são muito literais.
As práticas incomuns são rituais que essas pessoas desenvolvem e que tem muita dificuldade em abandonar. Como por exemplo, um passo a passo específico ao acordar de manhã. Ou um ritual ao vestir roupas, jamais uma determinada peça antes da outra. Além disso, as pessoas com a síndrome de Aspenger podem desenvolver também rituais motores, como torcer a mão ou os dedos.
Quanto a inteligência das pessoas com a síndrome de Aspenger, não há grandes déficits. Geralmente possuem inteligência média ou acima da média. Geralmente tem poucos interesses em coisas específicas e é por isso que costumam ser excepcionais em áreas específicas.
3 – Como é feito o diagnóstico?
Existem vários testes online que podem apontar se você ou algum parente tem algum Transtorno do Espectro Autista. No entanto, nenhum desses substitui o laudo de um médico especialista. Então se você está em busca de um diagnóstico, procura um psicólogo especialista na área.
Para realizar o diagnóstico o médico irá analisar dois quesitos, que são: os déficits de comunicação e interação social, e a presença de padrões repetitivos e os interesses e comportamentos de forma geral.
4 – E depois do diagnóstico, a síndrome tem cura?
Acontece que o Transtorno do Espectro Autista não é uma doença e portanto não tem cura. O transtorno é uma condição que pode ser amenizada com o tratamento correto e por isso o diagnóstico é tão importante.
Como dissemos, os níveis em que a condição se manifesta são muito diferentes e por isso o diagnóstico pode ocorrer tardiamente. No entanto, em todos os casos, entender o que se passa exatamente ajuda muito nas decisões seguintes.
Muitas pessoas ainda são preconceituosas quanto a condição dessas pessoas. No entanto é preciso cuidado e atenção na forma de tratar e lidar com essas pessoas. O preconceito para com elas só faz com que se sintam tristes e chateadas por algo que não são responsáveis, por isso o respeito e a empatia são fundamentais no convívio com essas pessoas.
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Fonte: Vittude, Minha Vida.
Imagens: Tua Saúde, Bom Dia, Lunetas, Nova Escola.
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