Basicamente, falando em síndrome de Estocolmo, de imediato você pode pensar que seja algo relacionado com a capital Estocolmo, da Suécia. De certa forma você não está errado, pois tudo se iniciou lá. Contudo, o problema é um pouco mais estranho que você possa imaginar.
Exemplificando para você, a história da A Bela e a Fera, é um caso claro dessa síndrome. Pois, a Bela é capturada pela Fera, porém ela começa o tratar bem, e fazer suas vontades para ter em troca sua liberdade. Só que nesse meio tempo, eles começam a se envolver, e no final eles se encontram encantados um pelo outro.
Ou seja, essa síndrome basicamente, se resume na troca de um relacionamento afetivo. O qual é gerado após uma situação de risco. A diferença é que esse relacionamento é entre o sequestrador e a vítima, por exemplo.
Enfim, continue lendo, para você entender melhor sobre esse caso assustador e envolvente ao mesmo tempo.
O que significa a síndrome de Estocolmo?
Basicamente, a síndrome de Estocolmo é um estado psicológico. O qual uma pessoa pode adquirir diante uma situação de risco, prolongada de intimidação. Porém, o caso anormal da história é que essa pessoa começa a ter uma simpatia. Ou seja, um sentimento de amor ou amizade para com o seu agressor.
Entretanto, essa síndrome começa de forma inconsciente, sem a vítima perceber que já está sob os domínios do agressor. Basicamente, ela não ocorre só em situações de raptores e reféns. Ela já ocorreu também entre os escravos e seus senhores, sobreviventes de campos de concentração, ou aqueles submetidos a cárcere privado.
Além de, ocorrer também com pessoas que participam de relacionamentos amorosos destrutivos/abusivos. E até mesmo algumas relações de trabalho extremas, em que geralmente ocorrem um assédio moral. Contudo, em todos os casos a semelhança de poder e coerção, ameaça de morte ou danos físicos e/ou psicológicos estão presentes.
Cientificamente falando, essa síndrome acaba ocorrendo pelo fato de a vítima criar em sua cabeça que a única forma de se salvar, é se aliando junto ao agressor. Ou seja, eles começam a imaginar que a única forma de escapar é seguir as regras do opressor, e ser o mais amigável possível.
Por conseguinte, esse estado psicológico surgiu em homenagem ao episódio que iremos relatar agora.
Como e onde surgiu?
Primeiramente, tudo começou em Estocolmo, na Suécia, em 1973. Quando os assaltantes Jan-Erik Olsson e Clark Olofsson decidiram invadir e roubar o banco Sveriges Kreditbank of Stockholm. Em vista disso, um dos criminosos capturou quatro funcionários do banco e os manteve como reféns.
Porém, para soltar os reféns, o criminoso estava pedindo como resgate 700 mil dólares, um carro com o tanque cheio e a presença de seu “colega” Clark Olofsson no local. Contudo, após esses dias os policiais conseguiram por meio de gás lacrimogêneo, render os dois sequestradores, e soltar os feridos sem que ficassem feridos.
Descoberta da síndrome
De acordo com o responsável, Nils Berejot, o qual era o criminologista e que ajudou no trabalho com a polícia. Ele decifrou o que estava ocorrendo entre os criminosos e os reféns. Para ele isso tudo ocorreu como forma de proteção do refém, em que ele se vê em uma situação de perigo. E para se conectar com o criminoso e diminuir os seus riscos, ele se torna mais amigável.
Ou seja, a vítima como não quer desagradar o agressor, ela começa a interpretar os atos dos criminosos, por exemplo, como atos gentis, educados, ou até mesmo não violentos. Em vista disso, essa nova interpretação faz com que os reféns acreditem que não estão em situações perigosas.
Contudo, um dos criminosos, do roubo do banco na Suécia, não acreditou nessa síndrome, após ouvir falar sobre. Pois, de acordo com ele, a amizade que ele criou lá dentro foi realmente sincera e verdadeira. Tanto é que dois dos reféns estiveram presentes no seu casamento dentro da prisão.
Relação entre criminosos e reféns
Primeiramente, o que chamou a atenção dos especialistas e dos policiais foi que eles começaram a observar que os reféns estavam protegendo os criminosos. Como por exemplo, usar seus próprios corpos como escudos para protegerem os criminosos.
Porém, na maioria desses casos de síndrome de Estocolmo, tanto a de reféns, como também a de relacionamentos abusivos. A vítima continua mesmo assim nutrindo o sentimento de amor e de afeição pelo outro. Como, por exemplo, um dos reféns, após ser solto ele criou um fundo para os raptores. Seu intuito era de ajudá-los nas despesas judiciais.
Além desse caso houve também outros semelhantes, em que a vítima, mesmo depois de se tornar livre, ela continua defendendo o opressor. Como é o exemplo, de uma das mulheres que ficou presa no banco. A qual afirmou logo em seguida, que mesmo sendo esquisito, ela não queria que acontecesse nada de ruim com os sequestradores.
Enquanto, uns reféns afirmavam que sentia mais medo da polícia, do que dos criminosos. Outro já afirmava que eles conseguiram sobreviver graças aos criminosos, e que não foi por mérito dos policiais.
Por fim, após os criminosos serem presos, os reféns até despediram dos sequestradores, com direito a trocas de abraços apertados.
O que achou da síndrome de Estocolmo? Ficou assustado, ou já sabia sobre o assunto?
Agora que finalizou essa matéria, não vá embora não, pois o Segredos do Mundo separou mais matérias especiais para você: 6 crimes fotografados ou transmitidos ao vivo pela internet
Fontes: Revista Galileu, Brasil escola, Exame.abril, Mega curioso
Imagens: Revista Galileu, Mega curioso, O eldoradenses, Obvious mag