Em meados da década de 40, a cidade de Texarkana, no Texas, era um centro de violência nos Estados Unidos. Sendo assim, assassinatos e roubos eram frequentes, o que fez com que o caso de um serial killer brutal demorasse um pouco a chamar atenção.
Em 1946, um assassino em série misterioso começou a atuar, colocando medo até mesmo nas autoridades policiais. Mesmo anos depois, os crimes nunca foram desvendados e a verdadeira identidade do criminoso não foi descoberta.
Sendo assim, ainda que existam registros históricos sobre os crimes, ainda há muitas dúvidas sobre os episódios em Texarkana.
Primeiro ataque em Texarkana
O primeiro crime da série aconteceu em fevereiro de 1946. Na ocasião, o casal Jimmy Hollis, de 25 anos, e Mary Jeanne Learey, de 19, estava voltando para casa após uma ida ao cinema. No caminho, decidiram para o carro numa rua deserta por algum tempo. Foi aí, então, que o criminoso de Texarkana se aproximou.
Vestindo um capuz sobre o rosto, o homem se aproximou do veículo e apontou uma lanterna e uma arma para Jimmy, com os dizeres “Eu não quero te matar, amigo. Faça o que eu mando”.
Logo após a abordagem, exigiu que o homem abaixasse as próprias calças e deu duas pancadas em sua cabeça. Com Jimmy desacordado, o criminoso tentou estuprar Mary Jeanne.
Jimmy acordou ainda durante o ato de violência sexual e conseguiu chamar a atenção de um veículo que passava por ali no momento. Com o desenrolar, então, o criminoso acabou fugindo, deixando as duas vítimas como vida.
Novos crimes
No mês seguinte, um outro ataque semelhante aconteceu na cidade de Texarkana. No entanto, dessa vez as vítimas (Richard L. Griffin, de 29 anos, e Polly Ann Moore, de 17) não foram encontradas com vida.
Mais de 50 pessoas chegaram a ser ouvidas na investigação do caso, que contou com cerca de 100 pistas falsas. Por causa disso, nenhum suspeito chegou a ser apontado e nenhum indício de autoria do crime descoberto. Além disso, o crime ainda não tinha sido suficiente para instaurar um clima de pânico em Texarkana.
Porém, os dois meses seguintes viram outros dois crimes semelhantes repetirem o padrão. Em abril, Betty Jo Booker, de 15 anos, e Paul Martin, de 16, foram encontrados mortos com dois e quatro tiros, respectivamente. Além disso, Betty também tinha sido estuprada.
Em maio, as vítimas foram Virgil Starks, de 37 anos, e Katie Starks, de 22. O homem foi o primeiro a ser morto, dentro da própria casa, com um tiro calibre 32. A mulher chegou a ser baleada duas vezes, enquanto tentava chamar a polícia, mas acabou conseguindo escapar com vida.
Pânico em Texarkana
Com a sequência de crimes semelhantes, não foi difícil para a polícia encontrar padrões. Em todos os casos, as vítimas eram casais e foram baleadas com tiro de calibre 32. Segundo a principal teoria, inclusive deveria se tratar da mesma arma.
A partir da repetição de crimes, então, o pânico tomou conta de Texarkana. O assassino misterioso era chamado de Assassino Fantasma, nos jornais, e provocou o fechamento de lojas e o aumento da compra de armas e equipamentos de segurança.
A economia passou por muitas dificuldades, uma vez que empresários passaram a falir em razão do toque de recolher e moradores começaram a abandonar a região.
Um grupo de jovens chegou a tentar resolver o caso por conta própria, criando uma espécie de armada vigilante que visava capturar o serial killer. Esse clima de tensão criou um cenário tão perigoso, que até a polícia precisava ter cautela na hora de agir, ou poderia ter uma reação violenta por parte de civis assustados e desavisados.
Teorias de investigação
A fim de tentar encontrar uma solução para o caso, agentes do FBI chegaram ser enviados para Texarkana. Diante disso, alguns nomes de suspeitos chegaram a ser apontados. A principal lista de nomes incluía sete suspeitos, mas nenhum deles foi incriminado.
Uma das principais teorias para autoria do crime se baseava numa mensagem escrita pelo universitário H.B. Doodie Tennison. Ele teria assumido a autoria de pelo menos dois dos crimes de Texarkana numa nota de suicídio deixada após sua morte. John Tennison, primo de Doodie e psiquiatra, revelou que o jovem tinha relações com a vítima, mas a polícia nunca conseguiu provar nada.
Uma outar teoria apontou o nome de Youell Lee Swinney, de 29 anos, como suspeito. A suspeição começou depois que sua esposa, Peggy Swinney, acabou sendo presa. Durante os depoimentos, ela chegou a narrar detalhes dos assassinatos de Betty Jo e Paul que apenas as autoridades sabiam. No entanto, ela nunca quis testemunhar contra o marido.
Youell acabou sendo preso em 1946 por envolvimento em roubos de carro, mas foi solto em 1973, por falta de defesa adequada no caso. Ele morreu em 1994, em Dallas.
Além deles, também estava um taxista supostamente envolvimento na morte de Booker e Martin, bem como Max Tacket, um oficial de polícia.
Fontes: Mega Curioso, Aventuras na História
Imagens: Wicked Horror, Texas Monthly, The Lineup