Algumas melodias musicais podem mexer muito com a nossa mente, desde de notas que induz ao relaxamento e aumenta a capacidade de aprendizado. até sons que podem nos fazer entrar em transe. Mas, nesse sentido, o que é o trítono?
Esses sons conhecidos como trítono ou “nota do diabo” foram proibidos durante séculos pela Igreja Católica porque acreditavam que através deles o diabo estava presente. Vamos saber mais sobre eles a seguir.
O que é o trítono?
Em suma, a maneira mais simples de entender o trítono é como um intervalo de três tons inteiros, também conhecido como quarta aumentada (ou quinta diminuta). Mas o que é um intervalo? Um intervalo é simplesmente a distância entre as notas, ou seja, o trítono é uma distância de três notas de um tom.
Desse modo, o trítono ocorre em qualquer tonalidade maior no intervalo formado entre o quarto e o sétimo graus da tonalidade (por exemplo, na tonalidade de Dó, um trítono é a junção das notas Fá e Si).
Os acordes maiores com uma sétima menor sendo dominante formam um Trítono pelas notas Dó, Mi, Sol e Si Bemol (Bb), entre o terceiro e o sétimo graus do acorde.
Por que recebeu o nome de som do diabo?
Na Idade Média, o trítono foi considerado um acorde obscuro, ou seja, um conjunto de notas capaz de gerar tamanha dissonância que perturbava a mente de quem o escutava.
Diz-se que sua natureza sinistra incita pensamentos impuros, então deve ser obra do maligno. Eles o chamaram de trítono diabolus ou acorde do diabo e o baniram de sua reforma para que ninguém caísse sob sua influência.
Com o tempo, o trítono encontrou seu caminho no blues e no jazz, mas onde se desenvolveu mais amplamente foi obviamente o heavy metal.
Banido pela Igreja Católica?
O trítono foi terminantemente proíbido pela Igreja Católica, mas durante o barroco, o ‘som do diabo’ renasceu das cinzas. Contudo, seu renascimento foi de forma bastante restrita e frequentemente associado a temas sombrios, como no caso de Richard Wagner e sua Gotterdammerung.
Anos depois passou a ser usado mais livremente no blues, para gerar momentos de tensão, embora o trítono no jazz também tenha ganhado alguma relevância. Mas não atingiu todo o seu potencial até Tommy Iommi, guitarrista do Black Sabbath, o adotou por acaso.
Ele o testou no violão um dia quando tocava blues com influências de jazz e achou que era um bom acorde para sua banda. De qualquer forma, o trítono do Black Sabbath se tornou uma das marcas da banda a partir daquele momento.
Fontes: Descomplicando a Música, Super Abril, Cifra Club, Aventuras na História
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