Há alguns meses o Brasil enfrenta um surto de zika vírus, uma doença muito parecida com a dengue e que também é transmitida pelo mosquido Aedes aegypti. O problema é que o zika vírus está deixando o país em alerta não somente pela doença em si, mas pelas consequências desastrosas que ela traz, especialmente para os recém-nascidos, expostos à más formações congênitas, como a microcefalia.
Aliás, no Brasil, a microcefalia está se tornando uma preocupação pública. Um surto de crianças que nasceram, nos últimos meses, com o problema, especialmente no Nordeste, deixou o país em estado de emergência. As mulheres, inclusive, estão sendo aconselhadas a não engravidarem, já que o zika vírus está em alta e, como confirmado, aumenta as chances dos problemas de formação ainda no útero.
De acordo com o site BBC, embora a região Nordeste seja a mais afetada, o zika vírus já espalhou a microcefalia em todo o Brasil. Até agora, quase 1.500 casos já foram registrados em 14 Estados.
E, como a doença e suas consequências pegaram a todos desprevenidos, o Segredos do Mundo, preparou uma lista com algumas das informações mais relevantes sobre a doença. Na seleção abaixo você vai entender melhor o que é o zika vírus, quais são seus sintomas, a ligação com microcefalia e como essa má formação pode ser identificada.
Confira, abaixo, 5 coisas que você precisa saber sobre o zika vírus:
1. O que é o zika vírus
O zika vírus se trata de um arbovírus, ou seja, que é transmitido por um artrópode, como um carrapato, ou por um mosquito. Nesse caso, como já sabemos, o zika vírus é transmitido pelo famoso e odiado Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya.
Mas, mesmo se tratando de um problema que só ganhou a mídia recentemente, o zika vírus não é tão novo assim e não é tão incomum assim na África e na Ásia. No Brasil, os primeiro relato envolvendo a doença foi em 1964. O primeiro surto fora dos continentes africano e asiático, foi na Oceania, em 2007.
2. Sintomas do zika vírus
De certa forma, os sintomas do zika vírus e da dengue são bem parecidos, embora no primeiro caso os incômodos sejam mais leves. Por exemplo, a febre do zika vírus é moderada, próxima a 38 graus; bem como as dores nas articulações e nos olhos. Também fazem parte dos sintomas da doença dor de cabeça, diarreia e enjoos, coceira e manchas vermelhas na pele, conjuntivite e sensibilidade à luz.
Mas, é bom ficar atento. Caso a pessoa seja picada pelo mosquito infectado com a doença, o vírus tende a ficar incubado durante, aproximadamente, 4 dias. Daí, então, quando começam, os sintomas permanecem por 7 dias, em média.
3. A doença tem tratamento?
Não existe um tratamento efetivo para a cura do zika vírus. Na verdade, o tratamento cuida apenas dos sintomas, como o alívio das dores e dos incômodos da febre e irritações na pele.
Mas, assim como no caso da dengue e da febre chikungunya, alguns medicamentos são proibidos, como a aspirina e outros compostos de ácido acetilsalicílico. Isso porque esse tipo de remédio atrapalha na coagulação e pode causar ou evitar a cura de sangramentos.
Em todo o caso, ninguém deve se automedicar. Procure um médio ao perceber os sintomas da doença.
4. Zika vírus e microcefalia
Para quem não sabe, começou-se a falar muito sobre o zika vírus no Brasil depois de um surto de microcefalia em recém-nascidos no Nordeste. Tanto que, em novembro, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência na saúde pública por causa da onda crescente do problema. As brasileiras, inclusive, foram aconselhadas a não engravidar por agora.
Depois de investigações em várias crianças com microcefalia e outras má-formações congênitas, descobriu-se que o zika vírus estava presente no sangue da maioria delas. A descoberta, aliás, é inédita e foi feita pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Conforme especialistas, a microcefalia é uma má formação que ocorre no cérebro do bebê dentro do útero, o que acaba impedindo que o órgão da criança se desenvolva da maneira adequada. Antes de descobrir o zika vírus como um dos principais causadores do problema, a microcefalia era relacionada apenas ao uso de drogas e à exposição à radiação durante a gravidez.
Atualmente, conforme o governo brasileiros, a epidemia envolve bebês que nascem com a circunferência da cabeça menor que o normal. Até o início de dezembro, a medida para identificar a microcefalia era 33 cm, agora especialistas já afirmam que são 32cm.
5. Como prevenir o zika vírus?
Os métodos de prevenção da doença são, basicamente, os que já conhecemos para a dengue. O combate principal é tentar acabar com o mosquito transmissor,assim, a transmissão do zika vírus e de outras doenças também seria reduzida.
No mais, o certo é evitar locais com muitos mosquitos, usar repelentes, evitar a água acumulada e assim por diante. Evitar visitas a pessoas contaminadas com o zika vírus também é algo importante, já que um mosquito contaminado pode picar você também.
E, por falar em doenças que você precisa conhecer melhor, confira também: 5 segredos da dengue que você não sabia.
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