De modo geral, o aspartame trata-se do nome técnico de uma substância adoçante. Essa substância pode ser encontrada em diversos produtos adoçantes no mercado, de várias marcas diferentes. Com sua popularização, surgiu uma grande dúvida, esse adoçante faz mal?
Isso porque, seu uso diário já foi associado a diversos males à saúde como dores de cabeça, alguns tipos de câncer e até mesmo a doença de Alzheimer. Além disso, surgiram boatos de que o aspartame faria mal à pessoas diabéticas, que comumente recorrem ao adoçante para substituir o açúcar.
No entanto, há muitos mitos que rondam essa substância. Tanto seus benefícios quanto seus malefícios são, muitas vezes, exagerados. O que se sabe é que o aspartame faz, realmente, muito mal pra quem tem uma condição genética chamada fenilcetonúria. Isso porque, ele contém o aminoácido fenilalanina, prejudicial aos portadores da doença.
História do aspartame
Muito além de questionar se esse adoçante faz mal, é importante saber como ele surgiu. Inicialmente, esse adoçante artificial foi criado nos Estados Unidos em 1965. De modo geral, sua composição constitui-se da mistura de duas substâncias: ácido aspártico e fenilalanina.
Ao serem misturadas, essas substâncias formam uma outra, com sabor doce. Por isso, o aspartame é utilizado para substituir o uso do açúcar. Durante a década de 50 foi altamente produzido. Contudo, na década de 60 sua venda chegou a ser proibida pelo Departamento de Administração de Drogas e Alimentos Americano (FDA).
No entanto, após diversas tentativas da indústria de alimentos, o aspartame voltou a ser produzido em 1974. Além disso, nessas época, diversos estudos passaram a ser conduzidos, a fim de compreender o efeito dessa substância no organismo.
O livro Prescription for Nutritional Healing, de James e Iris Balch, chega a listar o aspartame como um “veneno químico”. Isso porque, ele é composto por três substâncias químicas diferentes:
- 40% dele é ácido aspártico
- 50% é fenilalanina
- já os outros 10% é metanol
Efeito deste adoçante no organismo
De acordo com especialistas, muitos mitos relacionados ao aspartame estão relacionados ao modo como o corpo decompõe suas substâncias integrantes. Isso porque, ao ser ingerido, ele é degradado pelo tubo digestivo e volta à sua forma original, a de ácido.
No entanto, muitos estudiosos acreditam que a quantidade dessas substâncias no aspartame não é suficiente para fazer mal. A própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera do produto. Isso porque, o órgão não considera que este adoçante faz mal.
Por outro lado, também há estudos que condenam a exposição exacerbada do corpo ao aspartame. De acordo com essa linha de estudos, o adoçante permite um excesso de afluência de cálcio pra dentro das células, que gera excesso de radicais livres, matando e causando danos às células neuronais.
Desse modo, o uso diário excessivo de aspartame estaria associado a um maior risco das seguintes complicações:
- Dores de cabeça e enxaquecas;
- Náuseas;
- Dores abdominais;
- Fadiga;
- Distúrbios do sono;
- Distúrbios visuais;
- Ataques de ansiedade;
- Depressão;
- Asma;
- Distúrbios de memória e equilíbrio;
- Distúrbios de fertilidade;
- Problemas dermatológicos.
Quantidade recomendada
Por conta de seus efeitos ao organismo, o uso de aspartame deve ser moderado. Em primeiro lugar, esse adoçante tem poder de adoçar 200 vezes mais. Desse modo, a quantidade recomendada é de 40 miligramas para cada quilo de peso.
Sendo assim, um adulto poderia ingerir 40 saquinhos ou cerca de 70 gotas diárias. Além disso, vale lembrar que o aspartame está presente na composição de diversos alimentos e bebidas light e diet. Por isso, é importante ler bem o rótulo dos produtos antes de consumi-los.
Além disso, é importante ressaltar que o aspartame se comporta de maneira instável à altas temperaturas. Dessa maneira, ele não pode ser usado em receitas que precisam ir ao forno, por exemplo.
Continue aprendendo sobre sua saúde, leia também a matéria a seguir: Comer rápido faz mal? Consequências do hábito para a saúde
Fonte: Tua Saúde, Dr. Victor Sorrentino, Hospital Sírio Libanês, Metrópoles
Imagens: Tua Saúde, Superinteressante, Gizmodo