Os cavaleiros medievais eram guerreiros medievais de elite, formados por nobres que juravam proteger os interesses da igreja católica e do rei. Dessa forma, para se tornar cavaleiro, o nobre precisava dedicar toda sua vida. Em suma, a formação desses guerreiros levava um longo tempo, começando por volta dos 7 ou 8 anos de idade. Sendo concluído por volta dos 21 anos.
Então, ao final da formação, o título de cavaleiro era concedido formalmente durante uma cerimônia de ordenação. Durante a cerimônia, um juramento era feito, onde o cavaleiro se comprometia seguir os princípios da fé e da moralidade cristã. Enfim, para a nomeação, um líder da nobreza, com a parte plana da espada, toca no ombro, braço ou pescoço de cada um.
Ademais, o objetivo da cavalaria medieval era servir como mecanismo de defesa para a proteção dos interesses da nobreza durante o feudalismo. Principalmente, contra invasões. Dessa forma, a igreja católica exercia influências no processo de formação das cavalarias. Ditando o objetivo da formação dos cavaleiros, que era defender a moralidade da religião cristã.
Por fim, os escolhidos eram, geralmente, filhos de nobres que não tinham direito há heranças patrimoniais. Principalmente, em famílias com um número maior de pessoas, onde o primogênito seria o herdeiro. Pois, era uma prática comum na época, a primogenitura, quando o filho mais velho herdava todos os bens da família. Cujo objetivo era evitar a divisão dos bens patrimoniais da família.
Cavaleiros medievais: treinamento
O treinamento para um nobre se tornar um dos cavaleiros medievais começava quando ele ainda era criança. Em suma, por volta dos 7 anos de idade a criança começava a ter lições de boas maneiras. Além de aprender a cavalgar e a manejar armas. Dessa forma, ao completar 14 anos, o aprendiz se tornava escudeiro, cuja função era levar o escudo do senhor até a zona de batalha e aprender a usar a espada. Também buscava aprimorar sua condição física e habilidades de lutas, corridas. Ademais, entre os 18 e 21 anos, o jovem passava para a fase adulta se tornando um cavaleiro.
No entanto, para concluir o processo, o jovem cavaleiro deve passar por solenidades importantes. Primeiramente, na noite anterior a cerimônia, o aspirante deveria fazer um jejum de 24 horas. Posteriormente, ele tomava um banho purificador para então rezar. Assim, no dia do evento, ele recebia a espada, o capacete e o escudo. Então, era desafiado em simulações de combate para comprovar sua eficiência. Por fim, vestindo uma túnica, o aspirante era levado ao sacerdote para ser abençoado com sua espada.
Ao finalizar o ritual, o cavaleiro se ajoelhava enquanto as leis da cavalaria eram proferidas. Então, ele jurava sobre a Bíblia proteger o rei, defender os cristãos contra infiéis (muçulmanos e pagãos). Ainda jurava ser leal a igreja católica, ao rei e ter generosidade. Em seguida, o cavaleiro medieval subia em seu cavalo e saia cavalgando.
Cavaleiros medievais reais
Com certeza, o Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda é um dos cavaleiros medievais mais conhecidos da história. Mas, a cavalaria medieval foi real para milhares de pessoas ao longo da Idade Média. No entanto, nem todos são lembrados por suas vidas heróicas. Dessa forma, segue uma lista com alguns cavaleiros que foram importantes para a história.
1- Gilbert De Clare (1243-1295)
Começando com a lista dos cavaleiros medievais, temos o cavaleiro inglês Gilbert De Clare. Em suma, ele era descendente dos reis Guilherme I da Inglaterra e de Roberto I da Escócia. Ademais, ficou conhecido como ‘The Red Earl’, devido ao seu cabelo vermelho.
Durante sua carreira, o cavaleiro liderou o massacre dos judeus em Canterbury, na Segunda Guerra dos Barões, em abril de 1264. No mesmo ano, recebeu o título de conde e participou da Batalha de Lewes. Por fim, foi excomungado e mudou de lado durante a Batalha de Evesham. Já em 1282, participou da invasão do País de Gales.
2 – Thomas de Lancaster (1278-1322)
O nobre inglês, Conde de Lancaster e Leicester, foi um dos principais cavaleiros medievais das Ordenanças de 1311. Que impuseram fortes restrições à autoridade do rei Eduardo II da Inglaterra seu primo. Que se submeteu ao cavaleiro, que se tornou o real governante da Inglaterra. No entanto, em 1321, ele se rebelou contra o poder da família Despenser. Então, derrotado na Batalha de Boroughbridge, o Conde foi julgado e decapitado em seu próprio castelo.
3 – Cavaleiros medievais: Henry de Grosmont (1304-1361)
Henry de Grosmont era sobrinhos do conde Thomas de Lancaster. Ademais, era considerado tão corajoso e teimoso quanto seu tio. Em suma, o cavaleiro medieval se tornou tenente e obteve inúmeras vitórias contra os franceses em Bergerac e Auberoche. Enfim, foi considerado como ótimo soldado, político e diplomata. Por sua causa, a Inglaterra entrou em um período de paz com a França. Graças aos seus serviços prestados à coroa, no ano de 1351, se tornou o primeiro Duque de Lancaster.
4 – Andrew Harclay (1270-1323)
Andrew Harclay, o primeiro conde de Carlisle, passou sua vida lutando juntamente com os cavaleiros medievais contra os escoceses na fronteira da Inglaterra. Dessa forma, em 1315, derrotou Roberto I da Escócia em um cerco ao castelo de Carlisle. Pouco tempo depois, foi levado em cativeiro pelos escoceses, sendo liberado após o pagamento do resgate.
No entanto, sua maior conquista aconteceu em 1322, ao confrontar Thomas de Lancaster, de quem havia sido aliado. Enfim, permaneceu leal ao rei derrotou Thomas na Batalha de Boroughbridge, levando-o à execução.
5 – Cavaleiros medievais: Guilherme de Warenne II (1071 – 1138)
Finalizando nossa lista, outro integrante dos cavaleiros medievais, foi o nobre Guilherme de Warenne II. Em suma, era filho de um dos barões mais confiáveis de Guilherme I, o conquistador. A princípio, o cavaleiro não estava disposto a servir ao rei Henrique I. No entanto, isso mudou diante da invasão na Inglaterra por Robert Curthose, duque da Normandia em 1101. Dessa forma, Guilherme II assumiu a posição de um dos comandantes contra a invasão.
Por fim, em 1110, era um dos cavaleiros medievais considerados como confidente de Henrique I. E em 1119, durante os conflitos contra a França, Guilherme II jurou lealdade à coroa. Proferindo as seguintes palavras: ‘Não há ninguém que possa me persuadir à traição’.
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Fontes: Brasil Escola, História do Mundo, Aventuras na História.
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