A gente aprenda na escola que a reprodução é possível a partir da combinação das células reprodutivas de uma fêmea e de um macho. Ao que tudo indica, pelo menos no caso dos seres humanos, essa máxima pode estar com os dias contados.
Cientistas britânicos foram capazes de desenvolver espermatozoide em laboratório a partir de células-tronco da medula óssea feminina. Segundo os responsáveis pela descoberta, esse pode ser o fim da necessidade do pai na reprodução (humana, pelo menos).
Espermatozoide em laboratório britânico
O experimento foi realizado por pesquisadores da Universidade de New Castle. Essa mesma equipe de cientistas, aliás, em 2017, anunciou ter conseguido desenvolver espermatozoide em laboratório – imaturos – a partir da medula óssea de homens adultos.
Um dos grandes objetivos do estudo do espermatozoide feminino – como vem sendo chamado o espermatozoide em laboratório a partir de células de mulheres -, conforme os responsáveis pela descoberta, é possibilitar que casais de lésbicas possam ter filhos sem a necessidade de um doador de esperma.
Óvulo em laboratório brasileiro
E, se você pensa que tudo isso é avançado demais para a Ciência brasileira, fique sabendo que também estamos desenvolvendo espermatozoide em laboratório. O experimento está em andamento no Instituto Butantan, em São Paulo.
De acordo com a revista New Castle, os cientistas brasileiros estão trabalhando no desenvolvimento de óvulos e de espermatozoides a partir da cultura de células-tronco embrionárias de ratos machos. Nesse caso, o dilema agora é saber se os óvulos masculinos permitirão ser fertilizados.
Se os testes de fertilização forem bem-sucedidos, existe ainda a possibilidade dos óvulos masculinos serem feitos a partir de células que se comportam de maneira semelhante às embrionárias, como as encontradas na pele humana.
Óvulo masculino + espermatozoide masculino
Nesse caso, os grandes beneficiados seriam os casais gays masculinos, que também teriam a possibilidade de ter filhos com 100% da combinação de seus materiais genéticos.
Conforme os cientistas, caso funcione, bastará um dos parceiros doar células da pele para a formação do óvulo em laboratório. A fecundação, por sua vez, seria feita pelo espermatozoide do parceiro. Só depois da fertilização é que o óvulo precisaria ser implantado no útero de uma mulher.
A possível descoberta também anda esbarrando em barreiras éticas. Até agora, os responsáveis pelo estudo não sabem dizer se essa possibilidade, caso funcione, seja entendida como uma forma ética de reprodução humana.
E você, o que pensa sobre o assunto? Acha que as coisas podem melhorar ou piorar a partir de óvulo e espermatozoide em laboratório serem uma possibilidade na procriação? Não deixe de comentar!
E, falando em reprodução artificial, não deixe de conferir ainda: Como está a primeira bebê de proveta depois de 40 anos.
Fonte: O Globo