As campanhas de vacinação para o combate a Covid-19 em grande escala tem mostrado grande controle sobre a disseminação do vírus. Isso se deve graças as vacinas como as da Pfizer/BioNTech, Butantan/CoronaVac, Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, Moderna e outras. Mas, neste artigo, precisamente, vamos saber como é feita a vacina da Pfizer.
Em suma, a empresa alemã BioNTech fez parceria com a Pfizer para desenvolver e testar uma vacina contra o coronavírus conhecida como BNT162b2, o nome genérico tozinameran ou a marca Comirnaty.
Um ensaio clínico demonstrou que a vacina tem uma taxa de eficácia de mais de 90% na prevenção de Covid-19. Além disso, a produção de um lote da vacina Pfizer-BioNTech leva atualmente 60 dias. Saiba mais sobre este imunizante a seguir.
De que são feitas as vacinas da Pfizer?
Os ingredientes das vacinas contra o coronavírus são muito semelhantes aos usados em outras vacinas. Além disso, muitos ingredientes vistos em vacinas também existem em alguns alimentos processados e são usados para preservar a vacina e garantir que ela funcione corretamente.
Outros ingredientes que você encontraria em uma vacina também existem naturalmente no corpo humano, como o sal. Contudo, o principal ingrediente de todas as vacinas é a água.
Os ingredientes ativos da vacina geralmente estão presentes em quantidades muito pequenas. Cada dose da vacina da Universidade de Oxford / AstraZeneca é de 0,5 mililitros e cada dose da vacina Pfizer / BioNTech é de 0,3 mililitros. Desse modo, os ingredientes ativos dessas vacinas somam apenas alguns milésimos de grama.
10 curiosidades sobre como é feita a vacina da Pfizer
1. É feita com uma parte do coronavírus
O vírus SARS-CoV-2 é repleto de proteínas que usa para entrar nas células humanas. Essas proteínas chamadas de pico são um alvo tentador para vacinas e tratamentos em potencial.
Dessa forma, assim como a vacina Moderna, a vacina Pfizer-BioNTech é baseada nas instruções genéticas do vírus para construir a proteína spike.
2. É uma vacina de mRNA ou RNA mensageiro
A vacina usa RNA mensageiro, material genético que nossas células leem para produzir proteínas. A molécula – abreviada como mRNA – é frágil e seria cortada em pedaços pelas nossas enzimas naturais se fosse injetada diretamente no corpo. Para proteger sua vacina, a Pfizer e a BioNTech envolvem o mRNA em bolhas oleosas feitas de nanopartículas de lipídios.
Por causa de sua fragilidade, as moléculas de mRNA se desintegram rapidamente em temperatura ambiente. Por isso, a Pfizer está construindo contêineres especiais com gelo seco, sensores térmicos e rastreadores GPS para garantir o transporte de vacinas a -70 °C para permanecerem viáveis.
3. A vacina ativa uma resposta rápida do sistema imunológico
Após a injeção, as partículas da vacina colidem com as células e se fundem a elas, liberando mRNA. As moléculas da célula leem sua sequência e constroem proteínas de pico. O mRNA da vacina é eventualmente destruído pela célula, sem deixar vestígios permanentes.
Algumas das proteínas spike formam picos que migram para a superfície da célula e projetam suas pontas. Ademais, as células vacinadas também quebram algumas das proteínas em fragmentos, que apresentam em sua superfície. Esses picos salientes e fragmentos de proteínas de pico podem então ser reconhecidos pelo sistema imunológico.
5. Identifica o invasor e ativa outras células para combatê-lo
Quando uma célula vacinada morre, os detritos conterão muitas proteínas de pico e fragmentos de proteínas, que podem então ser absorvidos por um tipo de célula imunológica ou célula apresentadora de antígeno.
A célula apresenta fragmentos da proteína spike em sua superfície. Quando outras células chamadas células T auxiliares detectam esses fragmentos, as células T auxiliares podem soar o alarme e ajudar a organizar outras células do sistema imunológico para combater a infecção.
6. Faz anticorpos resistentes
Outras células do sistema imunológico, chamadas células B, podem colidir com os picos do coronavírus na superfície das células vacinadas, ou fragmentos de proteínas com picos flutuantes.
Além disso, algumas das células B podem ser capazes de se prender às proteínas do pico. Se essas células B forem ativadas por células T auxiliares, elas começarão a proliferar e a liberar anticorpos que têm como alvo a proteína spike.
7. A vacina destrói o vírus e previne novas infecções
Os anticorpos podem se prender aos picos do coronavírus, marcar o vírus para destruição e prevenir a infecção, bloqueando os picos de se fixarem a outras células.
8. Elimina fragmentos de células infectadas
As células apresentadoras de antígenos também podem ativar outro tipo de célula imune, chamada célula T killer, para procurar e destruir quaisquer células infectadas por coronavírus que exibam os fragmentos de proteína de pico em suas superfícies.
9. Retém informações do vírus
A vacina Pfizer-BioNTech requer duas injeções, administradas com 21 dias de intervalo, para preparar o sistema imunológico bem o suficiente para combater o coronavírus. Entretanto, como a vacina é muito nova, os pesquisadores não sabem quanto tempo sua proteção pode durar.
É possível que nos meses após a vacinação, o número de anticorpos e células T killer diminua. Mas o sistema imunológico também contém células especiais chamadas células B de memória e células T de memória que podem reter informações sobre o coronavírus por anos ou mesmo décadas.
10. A vacina é diluída em solução salina antes da injeção
Por fim, cada frasco para injetáveis da vacina contém 5 doses de 0,3 mililitros. Com efeito, a vacina deve ser descongelada antes da injeção e diluída com solução salina. Após a diluição, deve-se usar o frasco para injetáveis no prazo de seis horas.
Então, gostou de saber mais como é feita a vacina da Pfizer? Pois, leia também: Mitos sobre vacinas – Principais fake news sobre os imunizantes