Você conhece um contratorpedeiro? Sabe o que ele faz? Se não conhece, precisa saber que esse foi um dos termos mais buscados no Brasil em 2019.
No entanto, o motivo desse termo ter se tornado popular foi um programa de auditório da televisão brasileira. No programa do Sílvio Santos, no SBT, surgiu, através de uma situação cômica, o termo contratorpedeiro. O apresentador pergunta para a plateia se alguém sabe o significado. Todavia, uma mulher que estava no auditório respondeu que era quem contratava pedreiros. De fato, essa resposta arriscada gerou grandes gargalhadas e muitos curiosos em busca da resposta.
Por conta disso, o termo foi bastante pesquisado. Então trazemos aqui as informações necessárias para que você entenda o que é um contratorpedeiro e se existe no Brasil.
O que é contratorpedeiro?
Primeiramente, contratorpedeiro é um navio de guerra de porte médio. Também conhecido como destroier, são rápidos e manobráveis. Além disso, foram projetados para escoltar navios maiores, em comboios de navios ou esquadra naval. Portanto, defendiam contra navios menores e perigosos.
Em segundo lugar, os contratorpedeiros são bem armados (com mísseis, torpedos, entre outros), e também são muito utilizados em missões de vigilância. E, além disso, estão presentes em todas as marinhas do mundo.
Defesa Net.
Portanto, o termo destroier foi utilizado pela primeira vez em 1890, sendo usado para navios com 250 toneladas. A princípio, durante a Primeira Guerra Mundial, eles eram posicionados na linha de frente de batalha. Contudo, sua função era espiar a linha inimiga e atacar com tiros de canhão e torpedos.
Os contratorpedeiros, após a Primeira Guerra Mundial, eram rápidos, no entanto, não tinham autonomia suficiente para operações oceânicas independentes. Para isso, era necessário que eles se agrupassem em frotilhas, que são pequenos grupos de navios.
Todavia, durante a Segunda Guerra Mundial, foram criados contratorpedeiros maiores, mais poderosos e, além disso, podiam operar de forma independente. Por conta de seu poder de superfície, começaram a substituir os cruzadores (um tipo de navio de guerra que acabou deixando de ser usado durante as décadas de 1950 e 1960).
Atualmente, os contratorpedeiros são considerados os navios mais poderosos em ataque de superfície de todas as marinhas do planeta. Principalmente com o surgimento de navios desse tipo que utilizam mísseis guiados.
Contratorpedeiro no Brasil
No Brasil, existem 3 classes de contratorpedeiros, com diversos navios em cada classe. Portanto, conheça os que fazem parte da marinha brasileira:
Classe Amazonas (6 P):
Contratorpedeiros da marinha brasileira que foram construídos por um acordo com o Reino Unido. No entanto, foram desativados na década de 1970.
- CT Acre (D-10);
- CT Ajuricaba (D-11);
- CT Amazonas (D-12);
- CT Apa (D-13);
- CT Araguaia (D-14);
- CT Araguari (D-15).
Classe Bertioga (9 P):
A princípio, eram navios da escolta americana. No entanto, seis foram transferidos para a escolta da Marinha do Brasil em 1945. Portanto, foram trocados para a Classe Bertioga. Além disso, posteriormente sofreram uma nova reclassificação como Aviso Oceânico, e foi quando todo seu armamento removido. Todavia, todos os navios foram descomissionados a partir dos anos 1960, e em seguida sucateados. Contudo, o CTE Bauru (D-18) acabou sendo transformado em navio-museu no Rio de Janeiro.
- CTE Babitonga (D-16);
- CTE Baependi (D-17);
- CTE Bauru (D-18);
- CTE Beberibe (D-19);
- CTE Benevente (D-20);
- CTE Bertioga (D-21);
- CTE Bocaina (D-22);
- CTE Bracuí (D-23).
Classe Pará (16 P):
A princípio, foram construídos em Glasgow, na Escócia. Primeiramente, eram 10 navios, no entanto, com a chegada da Segunda Guerra Mundial, apenas 6 estavam em ativa. Além disso, o último a ser desarmado foi o CT Pará, no ano de 2008.
- CT Alagoas (CT-6);
- CT Amazonas (CT-1);
- CT Mato Grosso (CT-10);
- CT Pará (CT-2);
- CT Pará (D-27);
- CT Parahyba (CT-5);
- CT Paraíba (D-28);
- CT Paraná (CT-8);
- CT Paraná (D-29);
- CT Pernambuco (D-30);
- CT Piauhy (CT-3);
- CT Piauí (D-31);
- CT Rio Grande do Norte (CT-4);
- CT Santa Catarina (CT-9);
- CT Sergipe (CT-7).
E aí, gostou da matéria? Então, dê uma olhada nessa daqui também: Piratas – Quem eram, o que faziam, a história da pirataria e piratas atuais.
Fontes: Infopedia; Notícias Uol; Wikipedia; YouTube.
Imagem de Destaque: Naval.