O Rio de Janeiro é uma das cidades mais conhecidas do Brasil, e um dos destinos turísticos mais populares do mundo. Fundada em 1º de março de 1565, pelo português Estácio de Sá, a cidade foi a capital do país até 1960 e hoje é uma das principais portas de entrada para o Brasil.
A Cidade Maravilhosa conta com uma natureza dadivosa e um carnaval reconhecido em todo o mundo, no entanto, por mais que seja uma cidade com muita história, existem ainda alguns fatos curiosos e pouco conhecidos.
16 curiosidades pouco conhecidas sobre o Rio de Janeiro:
1. São Sebastião
O nome completo da cidade é “São Sebastião do Rio de Janeiro”, mas relativamente pouca gente conhece.
Ele tem origem na combinação de dois elementos: São Sebastião, padroeiro da cidade, e a denominação dada pelos portugueses ao local onde se encontraram com os índios tupinambás, em janeiro de 1502. Eles confundiram o que parecia ser a foz de um grande rio com a baía da Guanabara.
A cidade foi fundada por Estácio de Sá, em homenagem ao santo católico, o qual, inclusive, teria ajudado os portugueses em uma batalha contra os franceses na região.
2. O Pão de Açúcar
O famoso Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, não tem esse nome devido ao formato de um pão-doce, como muitos poderiam pensar.
A pedra que chamamos de Pão de Açúcar fica a oeste da entrada da Baía de Guanabara e é muito similar aos cones que eram utilizados no transporte de açúcar para a Europa, na época colonial, Desta forma, os cartógrafos que mapeavam aquela área batizaram a montanha de Pão de Açúcar.
Há diversos mistérios envolvendo ele. Segundo alguns, o Pão de Açúcar pode ser um moai, aquelas estátuas gigantes da Ilha da Páscoa, com os pés mergulhados no mar.
Ou ainda, que haveria uma íbis esculpida no morro, e que, de acordo com a luminosidade, é vista com nitidez. A melhor hora para observação é pela manhã. Isso porque, neste horário, pode-se avistar uma sombra na cavidade da pedra, com cerca de 120 metros de altura, formando a silhueta de um pássaro pernalta.
3. O Cristo Redentor
A estátua do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, após cinco anos de construção.
Desse modo, o Redentor está localizado no topo do morro do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca. Foi inaugurada em 1931 e, logo, tornou-se um dos símbolos mais famosos do Rio e do Brasil.
A estátua monumental foi projetada pelo engenheiro Heitor da Silva Costa, em colaboração com o escultor francês Paul Landowski, que a trouxe da França.
O que poucos sabem é que o Cristo Redentor foi um presente da França para o Brasil, e veio de lá em pedaços, por navio. As partes tiveram de ser transportadas e montadas no alto do Corcovado.
4. A Lapa
A Lapa, um dos bairros mais boêmios do Rio de Janeiro, já foi o centro da vida noturna da cidade e é famosa por seus arcos, que datam do período colonial.
Os arcos da Lapa, então, são uma estrutura de arcos construída em pedra e tijolo localizada no bairro da Lapa. Originalmente construídos no século XVIII como aqueduto para levar água do rio Carioca para a região central da cidade, os arcos se tornaram um dos principais marcos históricos e turísticos da cidade.
Atualmente, os arcos da Lapa são utilizados como viaduto para o tráfego de veículos e, além disso, como uma área de entretenimento noturno, com vários bares e casas de shows localizados ao seu redor.
Durante um certo tempo, serviam de passagem dos antigos bondinhos, mas foram desativados em 1968. Em 2015, uma linha de bonde foi reaberta na região da Lapa, operando em um trajeto turístico entre o bairro e o Aqueduto da Carioca, ou seja, os Arcos da Lapa.
5. Santa Teresa
O bairro de Santa Teresa é conhecido por suas ladeiras íngremes e charmosas casas coloniais, além de ser um polo cultural da cidade. Mas poucos sabem que ele é considerado um dos bairros mais antigos do Rio de Janeiro, tendo sido fundado em 1750.
Para muitos, Santa Teresa é o bairro mais bonito do Rio, mesmo não tendo uma praia sequer por perto. As ladeiras íngremes, as ruas de pedras e a arquitetura colonial têm atraído artistas e boêmios há várias gerações, além dos turistas.
6. Copacabana
A Praia de Copacabana é um dos cartões-postais do Rio de Janeiro e também já foi palco de importantes eventos, como a chegada da seleção brasileira tricampeã na Copa do Mundo de 1970.
O bairro e a praia de Copacabana ficaram mundialmente conhecidos por sua beleza cênica, vida noturna agitada, hotéis luxuosos e importantes eventos como o réveillon, além dos desfiles de carnaval. A praia de Copacabana também é famosa por seu calçadão de pedras portuguesas em forma de ondas, que, aliás, é um dos cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro.
Além disso, a praia de Copacabana já foi cenário de diversas produções cinematográficas e televisivas, contribuindo para sua popularidade em todo o mundo.
O curioso é que o nome Copacabana tem origem estrangeira. Significa mirante do azul, na língua Inca Quichua. Também existe uma cidade boliviana nas margens do Lago Titicaca com o nome de Copacabana.
Comerciantes de prata bolivianos e peruanos chegaram à região, e trouxeram consigo uma imagem de Nossa Senhora de Copacabana, que foi depositada no interior de uma capela erguida sobre um rochedo.
7. O Parque Lage
Localizado aos pés do Cristo Redentor, no Jardim Botafogo, o Parque Lage já foi a residência de um empresário inglês, que hoje abriga um centro cultural, cenário de muitos filmes e especiais musicais na TV.
O Parque Lage é um local para relaxar, curtir a natureza e desintoxicar da correria e do trânsito que assolam o Rio de Janeiro. Nele, é possível avistar o Cristo Redentor e fazer pequenas trilhas ecológicas, principalmente com crianças .
O espaço também conta com quedas d’águas e grutas artificiais, além de aquários e lagos.
8. A Pedra da Gávea
A Pedra da Gávea, uma das montanhas mais famosas do Rio de Janeiro, tem uma trilha que leva ao topo, de onde é possível ter uma vista panorâmica da cidade.
Uma curiosidade fantástica: para muitos pesquisadores e escritores, a Pedra abriga inscrições que seriam de origem Fenícia, e representaria a imagem de um deus ou rei daquele país.
Para outros, a lenda é ainda mais extraordinária: a Pedra da Gávea ocultaria um portal para Agartha, um reino místico no centro da Terra. E ainda, que seria uma passagem para óvnis!
9. Ipanema
O bairro de Ipanema, na zona sul da cidade, além de ser um dos mais caros do Rio, é famoso por sua praia e pela música “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
A música foi composta em homenagem a uma jovem que costumava passar pelo bairro, então, se tornou um hit internacional da bossa nova, um gênero musical brasileiro que se popularizou na década de 1960, quando cantado por Frank Sinatra. Hoje, é a típica “música de elevador”, no mundo todo, entretanto, ainda aparece como trilha sonora em inúmeros filmes de cinema.
Ipanema também é famosa por suas praias, bares, restaurantes e lojas de moda.
10. O Maracanã
Um dos estádios mais famosos do mundo, já recebeu quatro finais de Copa do Mundo e também já foi palco de grandes shows. Inclusive, foi construído para sediar a Copa do Mundo de 1950 e seu nome é uma referência ao rio que passa próximo ao local, o Rio Maracanã.
Maracanã é uma palavra de origem tupi-guarani que significa “semelhante a um chocalho”, em referência ao som produzido pelos pássaros que habitavam a região onde foi construído o estádio.
Construído em tempo recorde, há histórias de fantasmas no Maracanã, de trabalhadores mortos durante a obra. Mas o maior fantasma do Maracanã é mesmo a derrota do Brasil para o Uruguai, por 1 a 0, na Copa do Mundo de 1950.
11. O Museu do Amanhã
Inaugurado em 2015, é um museu de ciência que tem como objetivo estimular a reflexão sobre o futuro do planeta.
O Museu do Amanhã busca explorar as possibilidades de construção do futuro da humanidade, por meio de exposições interativas e tecnológicas. O museu apresenta temas como sustentabilidade, mudanças climáticas, cosmos, vida e tecnologia, levando os visitantes, assim, a refletir sobre as escolhas e ações que moldam o futuro do planeta.
O prédio, localizado na Praça Mauá, na zona portuária do Rio, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, então, é uma atração à parte, com uma arquitetura moderna e sustentável, que se destaca na paisagem urbana da cidade.
12. O Jardim Botânico
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um dos mais importantes do mundo, com uma área de mais de 54 hectares e mais de 6 mil espécies de plantas. O jardim foi criado em 1808 por Dom João VI e, desde então, é um importante centro de pesquisa e conservação da flora brasileira.
O Parque é considerado a maior “floresta urbana do mundo”. Localizado na Zona Norte da cidade, tem uma área de mais de 3.900 hectares e é lar de diversas espécies de animais. Além disso, o parque é uma importante fonte de água para a cidade.
13. A Ilha Fiscal
Localizada na Baía de Guanabara, a Ilha Fiscal é um dos palácios mais bonitos do Rio de Janeiro e foi construído para ser a sede da Recebedoria Federal em 1889. Atualmente, o palácio abriga um museu aberto para turistas.
O Palácio Imperial foi construído no final do século XIX para ser o palco do que seria o último baile do Império Brasileiro, em 1889, pouco depois do golpe militar, o qual, deu fim ao regime monárquico e proclamou a República.
A ilha e o palácio não são muito famosos, mas foram cenários importantes da história brasileira.
14. Roda-gigante
Inaugurada em dezembro de 2021, a roda-gigante Rio Star se tornou a maior da América Latina, com 88 metros de altura. Localizada na zona portuária da cidade, ela oferece uma vista panorâmica incrível do Rio de Janeiro.
Pelo menos até 2022, quando foi inaugurada a Roda Rico São Paulo, que, com 91 metros de altura, se tornou a maior da América Latina.
Mas a vista da Rio Star continua imbatível!
15. A primeira favela
A Favela da Providência, na região central da cidade, é considerada a primeira do Rio de Janeiro. Ela surgiu em 1897, quando soldados que voltavam da Guerra de Canudos, na Bahia, se instalaram na região. Atualmente, a favela passa por um processo de revitalização e se tornou um polo cultural e turístico da cidade.
O nome “favela” tem origem incerta, mas acredita-se que tenha surgido quando os soldados criaram uma vila improvisada no Morro da Favela. Desse modo, o nome tenha se originado da planta “faveleira”, comum na região nordeste do Brasil e que possuía espinhos semelhantes aos da favela do Rio.
A partir daí, o nome se popularizou e passou, desde então, a designar os aglomerados urbanos pobres e precários em várias cidades brasileiras, e especialmente, o Rio de Janeiro.
No Rio, para cada bairro residencial, existem quatro favelas.
16. A Biblioteca Nacional
A maior biblioteca da América Latina e a oitava maior do mundo está no Rio de Janeiro. A Biblioteca Nacional tem mais de 200 anos e foi uma das primeiras realizações de rei de Portugal, D. João VI no Brasil.
A Biblioteca Nacional, além disso, tem um acervo com mais de dez milhões de exemplares e representa um marco cultural e histórico para o país. Possui diversos catálogos e coleções, valorizadas pela sua arquitetura típica, com salas grandiosas e decoradas.
Além disso, possui obras de arte de valor inestimável, entre outras, uma antiga cópia de Os Lusíadas, assinada por Camões.
Fontes: Comandante Nobre, Skyscanner, Carpe Mundo, Momondo, Rio de Janeiro Secreto