25 curiosidades sobre o Carnaval que você precisa conhecer

O Carnaval é uma festa gigantesca, comemorada mundialmente e marcada por curiosidades incríveis que você vai descobrir a seguir

20 curiosidades sobre o Carnaval que você precisa conhecer

No Brasil, o Carnaval é uma das festas queridinhas por todos, e praticamente comemorado em todas as cidades do país. Além disso, a festa milenar acontece 40 dias antes da Páscoa e é marcada por muita folia, diversão, cores e música. Vamos saber um pouco mais a respeito das curiosidades sobre o Carnaval?

E aí, ficou curioso? Continue com a gente!

25 curiosidades sobre o Carnaval que você precisa conhecer

1. O carnaval é uma tradição milenar

O Carnaval no Brasil como conhecemos hoje é um pouco diferente da sua origem. Essa festa se baseia na tradição católica romana de desfrutar de uma festa antes da Quaresma. O Carnaval percorreu um longo caminho para se tornar uma espécie de evento hedonista em todo o país. Portanto, é a última festa para os foliões antes da Quarta-feira de Cinzas começar, seguida dos 40 dias da Quaresma.

2. O carnaval veio para o Brasil com os portugueses

O Carnaval desembarcou no Brasil com as primeiras caravelas portuguesas. No país, essa festa foi chamada de Entrudo devido à influência dos portugueses que, em 1723, trouxeram jogos e festas carnavalescas.

Muitos atribuem o início do nosso carnaval à festa feita pelo povo para comemorar a chegada da Família Real. As pessoas saíram festejando pelas ruas com música, usando máscaras e fantasias.

Aliás, os carros alegóricos chegaram em 1786, por ocasião do casamento de Dom João com Carlota Joaquina. Até o surgimento das primeiras escolas de samba, predominavam no carnaval carioca os cortejos carnavalescos das chamadas “sociedades”. O primeiro clube a desfilar, em 1855, se chamava Congresso das Sumidades Carnavalescas.

3. A Ásia é o único continente sem carnaval

Embora o Carnaval não seja tão generalizado na Ásia como em algumas outras regiões, existem celebrações semelhantes em alguns países do continente. O Carnaval, com suas raízes históricas e culturais diversas, pode ser encontrado em várias formas em diferentes partes da Ásia.

Um bom exemplo que a gente pode citar é na Índia, em que o festival de Holi é frequentemente associado ao Carnaval devido às suas celebrações animadas e coloridas. Holi é conhecido como o “Festival das Cores”, onde as pessoas se envolvem em brincadeiras de cores, danças e festividades. Além disso, algumas regiões da China também têm festivais tradicionais que compartilham semelhanças com as celebrações carnavalescas, como o Festival da Lanterna.

No entanto, é verdade que o Carnaval não é tão difundido ou uniforme na Ásia como em regiões como a América Latina ou Europa. As tradições culturais variam amplamente em todo o continente, e muitos países têm suas próprias festividades locais que podem não se alinhar diretamente com a ideia tradicional do Carnaval.

4. Recife abriga o maior bloco carnavalesco do mundo

O Galo da Madrugada é um tradicional bloco que arrasta uma multidão pelas ruas do centro do Recife durante o período carnavalesco.

O bloco foi fundado em 1978 e tem uma característica marcante pela presença de um gigantesco boneco de galo, que dá nome ao bloco. A festa reúne uma diversidade de foliões e atrai turistas de diversas partes do Brasil e do mundo. É conhecido não apenas pela sua grandiosidade, mas também pela animação, com trios elétricos, bandas e artistas locais que garantem a animação dos participantes.

Esse foi o maior bloco carnavalesco do mundo, segundo o Guinness Book.

5. Carnaval vem de ‘festa da carne’

A palavra Carnaval vem da palavra italiana carnevale, de carne (carne) e levare (retirar). Desse modo, se refere às grandes festas da carne que eram realizadas na Idade Média antes da Quaresma: um período religioso em que a carne não podia ser comida.

Além disso, há também outra teoria que diz que a origem da palavra deriva das celebrações egípcias chamadas carrus navalis.

6. O Rei Momo e sua relação com a festa

Outra curiosidade do Carnaval é que nas festas você provavelmente já viu ou ouviu falar de um personagem conhecido como Momo, Rey Momo ou Dios Momo.

Momo era o Deus (ou deusa) do sarcasmo e das piadas na mitologia grega, parte das divindades que eram celebradas na transição entre o inverno e a primavera.

Então essa figura do Momo transcendeu séculos, continentes e culturas, constituindo parte essencial dos carnavais latino-americanos.

7. O carnaval mais antigo do mundo

Sobre este assunto há opiniões diferentes…alguns dizem que o mais antigo é o de Veneza e outros dizem que é o japonês Awa Odori. No entanto, há outro Carnaval na Europa Oriental que pode ser o carnaval mais antigo do mundo.

Estes são os festivais kukeri que normalmente são realizados na Bulgária no final de janeiro. Esses carnavais têm uma tradição de 4.000 anos, quando os trácios, ancestrais dos búlgaros, se vestiam para essas festividades.

Os “kukeri”, ou seja, os jovens da aldeia, solteiros ou recém-casados, vestem-se com peles de animais, chocalhos, paus, fitas coloridas. Além disso, eles também usam máscaras de madeira para afastar os maus espíritos.

8. O maior carnaval do mundo

O maior Carnaval do mundo é geralmente associado ao Carnaval do Rio de Janeiro, no Brasil. O Carnaval carioca é famoso por suas festividades vibrantes, desfiles extravagantes, e pela energia contagiante que atrai milhões de pessoas de todo o mundo.

O ponto alto do Carnaval do Rio são os desfiles das escolas de samba no Sambódromo. As escolas de samba competem em diferentes categorias, apresentando elaborados carros alegóricos, fantasias luxuosas, e performances coreografadas. Cada escola escolhe um enredo para contar uma história durante o desfile.

Além dos desfiles oficiais, o Carnaval carioca é marcado por inúmeros blocos de rua. Esses blocos são grupos de foliões que se reúnem para celebrar o Carnaval com música, dança e trajes festivos. As ruas da cidade ficam tomadas por uma atmosfera de alegria e diversão.

9. O Carnaval de Santa Cruz é recordista do Guinness

Essa é outra das curiosidades sobre o Carnaval. Em 1987, houve um concerto de Celia Cruz na Plaza de España, com a orquestra Billo’s Caracas Boys, com a presença de 250.000 pessoas. Com efeito, o Guinness Book of Records registrou o evento como o maior encontro de pessoas em uma praça ao ar livre para assistir a um concerto.

10. Dois dos carnavais mais famosos da Europa provavelmente estão relacionados entre si

Dois dos carnavais mais famosos da Europa que podem estar relacionados entre si são o Carnaval de Veneza, na Itália, e o Carnaval de Nice, na França. Ambos são eventos icônicos que celebram a tradição carnavalesca de maneiras distintas, mas compartilham algumas semelhanças históricas e culturais.

Embora o Carnaval de Veneza e o Carnaval de Nice tenham características distintas, ambos refletem a rica tradição carnavalesca europeia, destacando a criatividade, a expressão artística e a celebração coletiva

11. Na Espanha, os carnavais costumam terminar com o “enterro da sardinha”

Reza a lenda que o rei Carlos III organizou uma festa na quarta-feira de cinzas para lembrar a todos que se abstivessem de comer carne durante a quarentena. Dessa forma, para garantir a presença de todos, organizou um grande banquete de sardinhas. Infelizmente, as sardinhas estavam podres e exalavam um cheiro horrível.

Diante disso, o rei ordenou que todas fossem enterradas e todos acompanharam o enterro com risos e zombarias. Diz-se também que a tradição começou no século XIX, quando alguns estudantes de Madrid decidiram organizar um funeral de sardinha para simbolizar a chegada da Quaresma.

12. Sinônimo de ‘pegação’

Além de folia, o Carnaval no Brasil também é sinônimo de “pegação”. Aliás, em anos anteriores, o Ministério da Saúde brasileiro entregou mais de 11 milhões de preservativos no Rio de Janeiro, Salvador e Recife durante o carnaval para evitar um aumento de casos de DSTs.

13. Em Colônia (Alemanha) um carnaval acontece em datas inusitadas

Essa forma de festejar na Alemanha é bem inusitada. Lá começa em 11 de novembro, ou seja, no dia 11 do 11º mês. E, acredite, pode ser ainda mais curioso: as festas começam a uma hora curiosa: 11:11 da manhã.

14. Carnaval e o Dia de São Valentim são comemorados ao mesmo tempo

Acrdite, o fato de que eles tenham alguns dias em comum não é coincidência. O ancestral comum de ambas as datas é o festival romano “Lupercália”, realizado em 15 de fevereiro.

15. Origem das máscaras típicas venezianas

Estamos falando daquelas máscaras venezianas com nariz comprido em forma de bico. Isso ocorre porque durante os anos da peste negra, que atingiu Veneza, essas máscaras eram usadas pelos médicos. Eles os carregavam assim para colocar lenços perfumados para ajudá-los a superar o mau cheiro dos doentes.

16. Semelhança com o Halloween

As tradições e brincadeiras de Carnaval nas aldeias antigas costumavam ser bastante semelhantes às doçuras ou travessuras do Dia das Bruxas, em que os moradores se vestiam de várias maneiras e batiam nas portas dos vizinhos para surpreendê-los. No entanto, quando alguém os reconhecia, eles tiravam suas máscaras e muitas vezes eram brindados com um doce ou chocolate.

17. Disfarces de carnaval

A razão mais “moderna” encontrada para essa questão é que, durante a Idade Média, a nobreza italiana usava disfarces e máscaras para proteger sua identidade. Dessa forma, podiam descer para festejar com o povo, se misturando com as demais classes sociais e curtindo tranquilamente a folia.

18. Tentaram acabar com o carnaval

Uma das curiosidades carnavalescas menos conhecidas é que ao longo da história foram várias as ocasiões e os personagens que tentaram proibir sua celebração.

Exemplo disso foram as decisões dos reis Felipe II e Felipe IV da Espanha (embora suas ordenanças não tivessem maior efeito) para “preservar a fé moral e católica”, assim como a ditadura de Franco do século XX na Espanha e a decisão que Napoleão tomou de conquistar Veneza no século XVIII por medo de sofrer um ataque.

19. Diferentes datas para a folia

Você já se perguntou por que a festa de carnaval cai em datas diferentes a cada ano e quais critérios eles usam para defini-los?

Em suma, desde o Concílio de Nicéia, em 325 d.C., ficou acertado que a forma de calcular quando celebrar a ressurreição de Jesus seria celebrando a Semana Santa na semana seguinte à primeira lua cheia da primavera.

Para obter a data do Carnaval de acordo com o calendário católico, a gente teria apenas que subtrair 47 dias da data em que celebraríamos a Páscoa. Sem dúvidas essa é uma das curiosidades mais importantes do Carnaval.

20. Culturas carnavalescas antigas

Por fim, a verdade é que ninguém sabe ao certo em que ano ou em que cultura surgiu a tradição carnavalesca, mas foram encontrados alguns indícios que podem ajudar a gente a situar uma data de origem estimada há 5.000 anos, entre a Suméria e o Egito.

Várias culturas antigas celebraram um feriado na época de transição entre inverno e primavera, cujo momento seria entre os nossos meses atuais de fevereiro e março. Essas culturas costumavam usar ritos religiosos para pedir aos deuses uma boa colheita.

21- Primeira Marchinha de Carnaval

A primeira marchinha de Carnaval é atribuída a Chiquinha Gonzaga, uma compositora e pianista brasileira, e chama-se “Ô Abre Alas”. A música foi composta em 1899 e tornou-se um marco na história do Carnaval no Brasil. Chiquinha Gonzaga foi uma mulher à frente de seu tempo, sendo uma das primeiras compositoras populares no país.

“Ô Abre Alas” foi originalmente escrita como uma marcha-rancho para o Cordão Carnavalesco Rosa de Ouro. A marcha se destaca por sua melodia animada e letra festiva, expressando a alegria e a celebração típicas do Carnaval. A música se tornou tão popular que foi adotada como hino do Cordão e, posteriormente, incorporada ao repertório carnavalesco nacional.

A marchinha de Carnaval se tornou um gênero musical emblemático durante as festividades carnavalescas no Brasil. Elas são conhecidas por suas letras humorísticas e satíricas, frequentemente abordando temas cotidianos, políticos e sociais de forma irreverente. A contribuição de Chiquinha Gonzaga com “Ô Abre Alas” marcou o início de uma tradição musical que continua viva e vibrante nos carnavais brasileiros até os dias de hoje.

22- Primeira Escola de Samba

A primeira escola de samba do Carnaval foi a “Deixa Falar”, fundada em 12 de agosto de 1928, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. A criação da escola é creditada a Ismael Silva, um sambista, compositor e instrumentista brasileiro. A “Deixa Falar” surgiu como uma forma de organizar os desfiles de blocos carnavalescos que já aconteciam no Estácio.

Antes da criação das escolas de samba, os desfiles de Carnaval eram realizados por blocos e ranchos, que eram grupos de pessoas que se organizavam para desfilar nas ruas ao som de músicas e danças. No entanto, a “Deixa Falar” inovou ao trazer uma estrutura mais organizada e competitiva para os desfiles, com alas, enredos, sambas-enredo e uma temática específica para cada ano.

O samba-enredo, uma composição musical que conta uma história relacionada ao enredo escolhido para o desfile, tornou-se uma característica marcante das escolas de samba. A “Deixa Falar” foi precursora desse formato, influenciando outras agremiações a adotarem a mesma estrutura.

Em 1932, a “Deixa Falar” transformou-se na “Estácio de Sá”, nome que permanece até hoje como uma das escolas de samba mais tradicionais do Carnaval carioca. O modelo criado por Ismael Silva para a “Deixa Falar” serviu como base para a evolução e o crescimento do desfile das escolas de samba ao longo dos anos, contribuindo para a consolidação dessa tradição no Carnaval brasileiro.

23- Surgimento dos Bonecos de Olinda

A história dos Bonecos de Olinda remonta ao início do século XX, mais especificamente à década de 1930. O responsável por introduzir essa tradição foi o artista plástico Silvio Botelho, que teve a ideia de criar figuras gigantes para animar os foliões durante o Carnaval. Os primeiros bonecos eram feitos de papelão e papel machê, materiais acessíveis e leves, tornando-os fáceis de manusear durante os desfiles.

Ao longo dos anos, os Bonecos de Olinda ganharam mais destaque e diversidade. Hoje em dia, os artesãos locais dedicam meses à sua confecção, utilizando materiais mais resistentes, como fibra de vidro, isopor e tecidos. Cada boneco representa uma figura caricatural, que pode ser inspirada em personalidades políticas, artísticas, esportivas ou simplesmente personagens fictícios que estejam em evidência no momento.

Durante os dias de Carnaval, os Bonecos de Olinda ganham vida nas ruas estreitas e ladeiras íngremes da cidade. São carregados por “bonequeiros”, pessoas que se encarregam de movimentar e interagir com os bonecos, proporcionando uma experiência animada e divertida para os foliões. A brincadeira envolve danças, interações com o público e muita alegria, contribuindo para a atmosfera a festa de Carnaval de Olinda.

24- Carmen Miranda

Carmen Miranda é frequentemente lembrada como uma das maiores inspirações para o Carnaval, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Nascida em Portugal em 1909 e naturalizada brasileira, Carmen se tornou uma das artistas mais icônicas da música e do cinema brasileiro nas décadas de 1930 e 1940.

Ela era reconhecida por seu talento musical, carisma, e, é claro, por sua roupa extravagante e seus adereços exuberantes, como turbantes, colares de frutas e saias rodadas. Sua imagem colorida e vibrante rapidamente se tornou associada ao espírito festivo do Carnaval.

Carmen Miranda participou ativamente do Carnaval do Rio de Janeiro e de outras festas populares, contribuindo para popularizar ainda mais a celebração. Sua presença contagiante, combinada com sua música alegre e estilo único, ajudou a moldar a estética do Carnaval brasileiro, influenciando gerações posteriores de artistas e foliões.

25- Carnaval como crítica social

Embora seja conhecido por suas festividades coloridas e animadas, o Carnaval no Brasil também serve como um recurso para a sociedade expressar suas opiniões e críticas sobre questões sociais, políticas e culturais.

Muitas escolas de samba e blocos carnavalescos escolhem temas específicos para seus desfiles, abordando questões sociais importantes. Esses temas podem variar desde críticas à corrupção e desigualdade até a celebração da diversidade cultural e étnica.

E aí, gostou do nosso conteúdo? Aproveite e leia também: Carnaval de Veneza – Origem, história, características e atrações

Referências: Quero Bolsa, Domestika 

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