Cuspir sangue é normal? O que pode ser? O que fazer?

Cuspir sangue é um sintoma que pode estar presente em condições comuns e doenças sérias. Saiba mais sobre o que isso pode indicar aqui!

Cuspir sangue é normal? O que pode ser? O que fazer?

Cuspir sangue não é normal. Pode ser um sintoma muito grave ou comum, no entanto, é importante ficar atento aos demais sinais que acompanham essa condição. As causas variam desde um pequeno ferimento em algum local das vias aéreas, por exemplo, nariz ou garganta, até mesmo doenças mais graves, como tuberculose, pneumonia e, até mesmo, câncer no pulmão.

Cuspir sangue é normal?

Cuspir sangue é a condição clínica conhecida como hemoptise.

Ou seja, a presença de sangue no escarro ou na expulsão de sangue proveniente dos pulmões ou do trato respiratório inferior. É um sintoma que pode estar associado a diversas doenças pulmonares, como pneumonia, tuberculose, câncer de pulmão, bronquite crônica, entre outras. A quantidade de sangue expectorado pode variar de uma pequena quantidade de sangue misturada ao escarro até uma hemorragia grave que requer atenção médica imediata.

E, por isso, é essencial procurar orientação médica, para que se possa detectar a causa do sangramento e se diagnosticar o problema o quanto antes. Quer saber um pouco mais sobre esse tema? Então, continue acompanhando nosso texto.

Principais causas de cuspir sangue

1. Tosse prolongada

Em casos de gripe, resfriado ou alergia a tosse costuma ser um sintoma bastante comum, sobretudo, a tosse seca, intensa e persistente. Devido ao atrito e consequente irritação que ocorre nas vias respiratórias, quando a enfermidade não é tratada adequadamente, o sangue pode aparecer na boca, indicando o rompimento de algum vasinho ou ferimento de mucosa.

Como tratar:

Se o paciente cuspir sangue e tiver sintomas de gripe e/ou alergia durante muitos dias sem melhorar, é importante buscar atendimento médico para que ele receite o melhor tratamento que pode contar, por exemplo, com anti-inflamatórios e antitérmicos.

2. Ferimentos nas vias aéreas

Na maioria das vezes, quando um paciente começa a cuspir sangue, pode ser por causa de alguma lesão em alguma parte das vias aéreas, como um ferimento no nariz ou garganta, por exemplo, em virtude de pancadas, tempo seco etc.

Além disso, existem alguns procedimentos que podem acabar lesionando a mucosa, como é o caso da endoscopia, biópsia dos pulmões, cirurgia para remover as amígdalas, entre outros.

Como tratar:

De modo geral, quando o sangue aparece como decorrência desses processos ou ferimentos, ele desaparece sozinho, sem precisar de nenhum tipo de tratamento específico. Porém, se esse sintoma persistir por mais de um dia, é indicado buscar um pneumologista para poder investigar melhor e tratar de forma adequada.

3. Tuberculose pode provocar tosse com sangue

A tuberculose é uma doença muito conhecida por fazer o doente cuspir sangue, mas, além disso, essa condição também apresenta alguns outros sintomas, por exemplo, febre constante, suor noturno, perda de peso, fadiga e tosse persistente por mais de duas semanas.

Para o diagnóstico dessa doença, é necessário fazer um exame do escarro.

Como tratar:

Por ser uma doença relativamente grave, é importante que, ao identificar alguns de seus sintomas, busque atendimento médico para iniciar o tratamento o quanto antes. Para o diagnóstico de tuberculose, o tratamento receitado é com antibióticos que deverão ser tomados até a cura completa da doença.

Ademais, em caso positivo, é importante que as pessoas que convivem com o doente façam o exame também, pois a tuberculose é uma infecção altamente contagiosa.

4. Bronquite

A bronquite é uma doença que causa uma inflamação recorrente nos brônquios o que, consequentemente, faz com que as vias aéreas fiquem mais irritadas e mais propensas a sangrarem e, assim, o doente pode cuspir sangue.

Como tratar:

De modo geral, para que os sintomas da bronquite sejam controlados, beber água e repousar são medidas suficientes. Contudo, se o incômodo for persistente e se faltar ar ou houver dificuldade de respirar, é necessário buscar atendimento médico, pois pode ser preciso o uso de alguns medicamentos.

5. Pneumonia pode provocar tosse com sangue

A pneumonia é um tipo de infecção grave do pulmão. Dentre seus sintomas podem estar a febre, falta de ar, palpitações, dor no peito e tosse com sangue. Para diagnosticar a doença, é necessário fazer alguns exames.

Como tratar:

Se houver suspeita de pneumonia, é indicado ir ao pneumologista para confirmar o diagnóstico. Em caso positivo, o tratamento será feito com antibióticos e, dependendo da gravidade dos sintomas, pode ser necessária a internação, sobretudo, em situações que envolvem falta de ar.

6. Bronquiectasia

Essa é uma doença que pode fazer o paciente cuspir sangue, pois causa tosse que é piorada devido a uma dilatação permanente dos brônquios, gerando uma produção excessiva de secreção e uma sensação de falta de ar.

Como tratar:

Antes de mais nada, o médico pneumologista deve ser consultado para que seja feito o diagnóstico da doença e, então, poder receitar os medicamentos adequados para aliviar os sintomas.

7. Embolia pulmonar pode provocar tosse com sangue

A embolia pulmonar é uma condição séria que precisa ser tratada o quanto antes, pois, por ser causada pela presença de um coágulo que impede a passagem de sangue para o pulmão, ela pode causar a morte de tecidos afetados além de uma intensa dificuldade de respirar. Juntamente com isso, a embolia pulmonar provoca dor no peito, dedos azulados, aumento dos batimentos cardíacos e a tosse com sangue.

Como tratar:

Em qualquer caso de falta de ar acompanhada por dor no peito e tosse, é imprescindível buscar atendimento médico para iniciar o tratamento necessário rapidamente.

8. Câncer no pulmão

Alguns dos sintomas comuns do câncer no pulmão é, além do paciente cuspir sangue, a perda de peso sem motivos aparentes, cansaço e fraqueza.

Como tratar:

Assim como outros tipos de cânceres, o ideal é que o tratamento inicie o quanto antes. Dessa forma, caso apresente sintomas de origem pulmonar, é ideal buscar um médico pneumologista para poder começar a tratar adequadamente.

9. Gengivite

A gengivite é uma inflamação da gengiva que geralmente é causada pela acumulação de placa bacteriana nos dentes. Os sintomas incluem vermelhidão, inchaço, sensibilidade e sangramento das gengivas durante a escovação ou uso de fio dental. Se não for tratada, a gengivite pode evoluir para uma condição mais grave chamada periodontite, que pode causar a perda de dentes.

Como tratar:

O tratamento começa com a remoção da placa bacteriana e tártaro acumulados nos dentes e gengivas. Isso geralmente é feito por um dentista ou higienista dental, que pode realizar uma limpeza profissional dos dentes e gengivas. Além disso, é importante manter uma boa higiene bucal em casa, incluindo escovação regular dos dentes, uso de fio dental e enxaguante bucal antibacteriano.

Em casos mais graves, o dentista pode prescrever antibióticos ou, ainda, realizar procedimentos mais avançados, como raspagem e alisamento radicular, para remover as bactérias e suavizar as superfícies das raízes dos dentes. É importante também tratar quaisquer condições subjacentes que possam estar contribuindo para a gengivite, como diabetes ou problemas de saúde bucal pré-existentes.

10. Sangramento nasal

O sangramento nasal, também conhecido como epistaxe, é quando há a saída de sangue pelas narinas, podendo ocorrer em um ou ambos os lados. Geralmente é causado por vasos sanguíneos que se rompem na mucosa nasal, sendo mais comum em crianças e idosos. Alguns fatores que podem contribuir para o sangramento nasal incluem ar seco, lesões no nariz, infecções respiratórias, alergias, hipertensão arterial, uso de certos medicamentos e abuso de substâncias como cocaína. Nesses casos, também é possível cuspir sangue.

Como tratar:

O tratamento geralmente envolve medidas simples, como inclinar a cabeça para a frente e apertar suavemente a ponta do nariz por cerca de 10 a 15 minutos para ajudar a estancar o sangramento.

Desse modo, também pode ser útil aplicar uma compressa fria na ponte do nariz. Se o sangramento persistir por mais de 20 a 30 minutos, ou se houver perda excessiva de sangue, é importante procurar atendimento médico imediatamente. O médico pode realizar procedimentos como a cauterização ou aplicação de substâncias hemostáticas para controlar o sangramento. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para corrigir a causa subjacente do sangramento nasal.

11. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (h3)

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição respiratória crônica que afeta os pulmões. A DPOC é caracterizada por uma obstrução das vias aéreas, causando dificuldade em respirar.

Os sintomas incluem tosse crônica, produção de expectoração, falta de ar e aperto no peito. A principal causa da DPOC é o tabagismo, embora a exposição a poluentes ambientais também possa contribuir. Cuspir sangue também é um dos sintomas comuns dessa condição.

Como tratar:

O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas, prevenir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. Geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como parar de fumar, fazer exercícios regularmente e manter uma dieta saudável.

Os medicamentos também podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas, incluindo broncodilatadores, corticosteroides inalatórios e antibióticos. Em casos mais graves, no entanto, pode ser necessário o uso de oxigênio suplementar.

Além disso, a terapia de reabilitação pulmonar também pode ser útil para melhorar a capacidade respiratória, a tolerância ao exercício e a qualidade de vida. Em casos avançados, recomenda-se a cirurgia para remover áreas danificadas dos pulmões. O acompanhamento médico regular e a adesão ao tratamento são fundamentais para controlar a DPOC e prevenir complicações.

12. Uso de anticoagulantes

O medicamento anticoagulante atua bloqueando a ação das substâncias do organismo que promovem a coagulação do sangue.

Como resultado, o sangue fica mais líquido, a fim de circular de maneira livre pelos vasos sanguíneos.

Como tratar:

Os anticoagulantes orais agem diretamente sobre fatores que participam da coagulação sanguínea, como vitamina K, fator Xa ou trombina IIa, e desta forma, impedem a formação do coágulo. Mesmo sendo muito utilizado, no entanto, esse medicamento exige um controle rigoroso na sua administração, tanto em suas doses quanto na dieta do paciente, sendo necessária a realização de exames de RNI com frequência.

Esse exame é realizado para a verificação da densidade do sangue e, consequentemente, da ação da medicação.

Fontes: Médico responde, MDsaúde,

Bibliografia:

AIDÉ, Miguel Abidon. HemoptiseJornal Brasileiro de Pneumologia, v. 36, p. 278-280, 2010.

MARTINS, César Augusto do Valle; ZARUR, Cláudio Mallet. HemoptiseMed. HUPE-UERJ, p. 67-71, 1988.

SPINELLI, Luís Fernando et al. HemoptiseActa méd.(Porto Alegre), p. [6]-[6], 2012.

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