Não é difícil a gente ver em filmes, especialmente nos policiais, agentes usando um detector de mentiras. Mas, você sabia que esse aparelho não é só coisa de ficção?
O detector de mentiras, aliás, é usado na vida real pela polícia investigativa americana.
Mas, será que esse aparelho funciona mesmo? Será é possível desvendar crimes e mentiras por causa desse dispositivo?
Para desmistificar esse assunto, o Segredos do Mundo, vai lhe mostrar um pouquinho do polígrafo, nome oficial do detector de mentiras. Contudo, não se empolgue muito, talvez ele não seja essa maravilha toda que muitos acreditam que seja.
O que é o polígrafo?
Primeiramente, o polígrafo é uma máquina, criada por John Larson, em 1921. Assim sendo, a palavra polígrafo deriva de poli = “muitos” e grafo = referente a gráficos e à escrita.
Basicamente, o que ela faz é gerar muitos gráficos, um atrás do outro. Eles, então, funcionam como medições de fatores do corpo humano. Como por exemplo, o ritmo da respiração, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e o suor na ponta dos dedos da pessoa examinada.
Combinados, esses sinais indicam o nível de excitação nervosa da pessoa interrogada ao responder perguntas. Logo, quando a pessoa exita ou quando seu batimento cardíaco e outros fatores se desregulam, pode ser um sinal de que está mentindo.
Mas, claro, o polígrafo ainda não é uma prova definitiva de a pessoa está mentindo ou não. Basicamente, ela serve como base para saber se determinada pergunta causa desconforto no entrevista, e para que os policiais possam investigar o porquê.
E, sim, algumas decisões jurídicas e investigações criminais nos Estados Unidos já foram baseadas no teste do polígrafo. Contudo, no Brasil não é permitido o uso do detector de mentiras .
Como funciona o detector de mentiras?
Acima de tudo, o detector de mentiras é criticado e duvidado por muitos. Porém, alguns especialistas defendem o uso da máquina.
Basicamente, os defensores da ideia afirmam que mesmo nos momentos em que o equipamento falhou, na verdade, ele acertou. Isso porque, tempos depois, as pessoas confessaram que haviam mentido durante o teste.
Contudo, outros especialistas afirmam existir os resultados “falsos positivos”. Ou seja, situações em que o detector de mentiras apontou uma pessoa como mentirosa, mas que, na verdade, não era.
Qual a taxa de acerto do detector de mentiras?
A American Polygraph Association, responsável pelos polígrafos americanos, no entanto, não concorda com esse tipo de argumentação.
Segundo seus responsáveis, os índices de acertos da máquina superam os 90%. Por outro lado, estudiosos e críticos afirmam que a taxa de acerto do polígrafo é de 50% a 65%.
Mesmo assim, não dá para dizer que o polígrafo não cumpre sua função, não é mesmo? Afinal, mesmo no pior dos cenários, 65% ainda é uma taxa altíssima de acerto.
O resultado pode ser forjado
Além do mais, os resultados do polígrafo podem ser falsificados. Por exemplo, um dos meios mais comuns de falsificar é fingir, é aumentar a excitação quando for falar respostas honestas. Ou seja, fazendo isso, você deixará ainda mais difícil detectar a excitação quando falar uma mentira.
Por conta disso, alguns examinadores acabam não confiando 100% nos resultados dos detectores de mentiras.
A comunidade científica, inclusive, chegou a realizar uma avaliação sistemática sobre a credibilidade do polígrafo. No final, eles concluíram que o teste realmente não possui muita validade científica. Isso, aliás, fez com que o Supremo Tribunal dos EUA, em 1998, restringisse o uso do detector em processos judiciais.
A partir de então, os advogados de defesa não puderam mais usar o detector de mentiras para inocentar um cliente. O uso do detector de mentiras em entrevistas de emprego também reduziu bastante depois desse estudo.
O polígrafo é realmente confiável?
Como você já deve ter percebido, o detector de mentiras não tem tanta credibilidade assim. Inclusive, em casos de tribunais, os resultados do teste do polígrafo são inadmissíveis, pelo menos aqui no Brasil. Até porque, esses testes podem acabar incriminando uma pessoa de forma injusta.
Afinal, é muito rudimentar confiar em fatores físicos do ser humano, como a sudorese, pulsação e diminuição da saliva para decifrar se a pessoa está ou não mentindo. Afinal, a própria situação de estar em interrogatório pode causar estresse ao entrevistado.
O que achou da nossa matéria? Tirou suas dúvidas sobre o detector de mentiras?
Confira mais uma matéria do Segredos do Mundo: Como descobrir quando alguém está mentindo por mensagem de texto
Fontes: Oficina da net
Imagens: Oficina da net, Tri curioso, Tri curioso, Apk pure, Empório do direito
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