Para manter a saúde bucal em dia é preciso visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano. Mas, o que ninguém sabe – ou o que o medo do motorzinho não nos deixa perceber -, é que o dentista faz muito mais que tratar de cáries.
Na verdade, o trabalho o dentista inclui também a análise de outras partes da face. Partes como garganta, pescoço, gengiva e até mesmo as articulações faciais podem influenciar na saúde do paciente.
Como você vai conferir na lista, um pescoço inchado, por exemplo, pode indicar gânglios linfáticos inflamados. E a garganta irritada, por sua vez, pode despertar problemas nos músculos faciais.
E isso não é nem o início da conversa. Abaixo você vai conferir as várias tarefas que o seu dentista desempenha durante uma consulta e você nem percebe.
Confira 15 coisas que o dentista faz e você nem imagina:
1. Exame da gengiva
Por ajudar na sustentação dos dentes, assim como os ossos; elas precisam estar em excelente estado. Uma inflamação, por exemplo, pode ser bem preocupante para a saúde bucal e é função do dentista tratar disso.
Gengiva avermelhada, inchada, sensível, por exemplo, pode ser um sinal de alerta.
2. Exame dos tecidos internos da boca
Afta, como todo mundo deve ter descoberto ao longo da vida, se trata de uma lesão na mucosa da boca. Nesse outro post aqui você entende melhor como elas se formam e como podem ser tratadas em casa. Se essas lesões não se curarem em duas semanas, aliás, devem ser examinadas por um dentista.
Conforme profissionais da área, lesões de câncer bucal podem ter início com uma pequena úlcera indolor.
3. Exame da língua
A língua, como já mostramos nesse post aqui, é um órgão que pode sinalizar como anda seu estado de saúde. O ideal, por exemplo, é que a língua seja rosada, com a superfície lisa e homogênea.
Alterações drásticas nessa tonalidade e na textura da língua são motivos para procurar um dentista. Essas mudanças podem indicar desde anemia e falta de vitaminas até mesmo câncer e AIDS.
4. Teste de oclusão
O nome pode até soar estranho, mas ele consiste no exame do encaixe entre a mandíbula e a maxila. Conforme especialistas, problemas na mordida podem uma série de consequências sérias, que vão muito além da estética.
5. Teste de saliva
Os dentistas também analisam o volume, a viscosidade e a densidade da saliva dos pacientes, sabia? Ou, pelo menos, é o que eles deveriam fazer.
Uma pesquisa da Universidade de Brasília, por exemplo, apontou que apenas 7% dos dentistas costumam fazer o exame para avaliar como anda a saliva. Conforme os profissionais, o baixo fluxo de saliva pode causa mau hálito, facilitar o aparecimento de infecções na gengiva e até mesmo cáries, além de provocar amidalites, faringites, esofagites e até mesmo úlcera.
6. Exame de garganta
Sim, os dentistas precisam ficar ligados caso seja detectada alguma inflamação na garganta do paciente, já que isso pode despertar outros problemas bucais. Mais que afetar a respiração, as infecções da amígdala pode causar problemas no desenvolvimento da arcada dentária e dos músculos faciais.
7. Exame da face
Só de olhar para o rosto do paciente, os dentistas conseguem saber se existem problemas de desenvolvimento da mandíbula, na musculatura do rosto ou na mordida.
Alguns desses problemas podem até mesmo alterar o formato da face. Nesses casos, pode ser necessária a realização de cirurgias.
8. Exames no pescoço
Até mesmo o pescoço pode ser assunto dos dentistas. Cirurgiões, por exemplo, podem detectar precocemente doenças até mesmo na cabeça.
No caso do pescoço, por exemplo, um inchaço aparentemente sem explicação pode indicar inflamação nos gânglios linfáticos. A inflamação, por sua vez, pode ser causada por um resfriado, por infecções na garganta ou nos dentes e assim por diante.
9. Exame das articulações faciais
Ruídos nas articulações que ligam o crânio à mandíbula podem ser indicativo de problemas, assim como o grau de abertura da boca. Sem contar que quem tem disfunção nessa articulação costuma sofrer dores de ouvido, na cabeça e nos dentes.
10. Exame dos dentes moles
Mesmo quando você está com os dentes aparentemente em ordem, esse exame costuma ser rotineiro no consultório médico.
11. Exame dos dentes quebrados
Se o dente tiver sido quebrado no dia, é preciso que o paciente leve o fragmento do dente para que o dentista possa fazer o reparo. O ideal é que o dente esteja imerso em soro fisiológico, leite ou em água filtrada (em último caso).
Se, no entanto, o dente tiver sair inteiro, com raiz e tudo, é preciso correr contra o tempo para recuperar o dente.
12. Avaliação de aparelho ortodôntico
Cabe também ao dentista observar se não existe alguma problema com o aparelho do paciente, mesmo se a especialidade dele não for a ortodontia. Ele deve observar se as peças estão no lugar, se não existem lesões sérias no tecido da boca e até mesmo se a higienização está correta.
13. Limpeza dos dentes
Em quase todas as visitas que os pacientes fazem ao dentista é feita uma limpeza nos dentes. Ela consiste em uma raspagem da superfície dental, próxima à gengiva, para retirar os restos de alimentos e outros resíduos.
A exceção é quando placas calcificadas são identificadas. Nesse caso é preciso de mais tempo para fazer a limpeza e é normal que seja preciso uma consulta só para isso.
A limpeza, de forma geral, serve para evitar placa bacteriana, surgimento de cáries e problemas nas gengivas.
14. Polimento dos dentes
Depois da limpeza vem o polimento. Os dentistas fazem isso na superfície dos dentes para deixá-los com aspecto mais branco e brilhante.
15. Percepção do mau hálito
Ao identificar o problema, o dentista costuma fazer uma avaliação mais criteriosa da higienização bucal, da presença de placa bacteriana, saburra lingual e outros fatores que podem despertar o mau cheiro. Se for o caso, ele pode encaminhar o paciente a um especialista no assunto.
E então, você sabia que os dentistas faziam tantas coisas como apontamos na lista?
Mas, se você acha que só os dentistas têm segredos, espere até conferir esse outro post: 19 segredos que os médicos não contam aos pacientes.
Fonte: Terra