As vacinas, de uma forma ou de outra, nos protegem há séculos (mais de 2.300 anos, para ser exato). As primeiras técnicas, no entanto, estavam muito longe da tecnologia avançada de hoje. Aliás, uma tática predominante no final do século XVII e início do século XVIII envolvia esfregar crostas de varíola na pele como proteção. Essa forma primitiva de inoculação foi seguida por métodos mais eficazes que levaram à completa erradicação da doença, ajudando a abrir caminho para o advento das vacinas.
Veja abaixo as enfermidades que antigamente eram comuns, mas que foram controladas e erradicadas graças a vacinação.
7 doenças que foram erradicadas e controladas pelas vacinas
1. Catapora
Para aqueles que nasceram no século XX, a maioria tem lembranças fracas de ter catapora ou varicela com coceira por todo o corpo e tomar banhos de ervas para aliviar o desconforto. Agora, isso é apenas uma história sobre uma das principais doenças erradicadas que contaremos aos nossos filhos ou netos um dia.
A catapora, que causa uma erupção cutânea com coceira, pode causar até 500 bolhas em todo o corpo, de acordo com os médicos e especialistas.
Embora geralmente seja leve em crianças, pode ser incrivelmente desconfortável. Além disso, ainda pode causar sérios problemas em alguns casos, como infecções de pele, desidratação, pneumonia e encefalite, que é o inchaço do cérebro.
E uma vez que você contraiu o vírus, ele vive em seu corpo, tornando-o suscetível a contrair herpes mais tarde na vida. Assim, ela é facilmente transmissível e não tem cura. Também não há como saber quem terá um caso grave.
A vacina contra a varicela ficou disponível comercialmente em 1984. Desse modo, ela está na Lista da Organização Mundial da Saúde da Medicina Essencial, a medicação mais importante em um sistema de saúde básico.
2. Difteria
A difteria, também famosa como a “praga entre as crianças”, ganhou este nome em 1826, muito antes de receber uma vacina na década de 1920.
Uma pessoa infectada pode ter dor de garganta, perda de apetite, febre e, principalmente, a formação de uma substância cinzenta espessa (pseudomembrana) que cobriria os tecidos nasais, amígdalas, laringe e/ou faringe.
A pseudomembrana, formada a partir de resíduos e proteínas causadas por uma toxina secretada pela bactéria, pode obstruir a respiração. E a toxina pode chegar ao coração, músculos, rins e fígado.
Com efeito, isso pode levar a complicações que incluem danos ao coração, inflamação dos nervos, paralisia, insuficiência respiratória, pneumonia, obstrução das vias aéreas e infecção no ouvido.
Portanto, a vacina contra a difiteria é uma forma de prevenção essencial para os primeiros anos de vida, por isso crianças de até sete anos de idade devem receber essa imunização. Adultos e crianças a partir de 8 anos de idade devem receber a vacina dTp tipo adulto, que também imuniza contra a bactéria diphtheriae.
3. Sarampo
O sarampo também é uma doença erradicada passou a ser uma enfermiadade de notificação obrigatória no Brasil em 1968, anos depois, em 1972, foi criado o programa de vacinação anti-sarampo.
Posteriormente, em 1973, a vacina contra o sarampo foi efetivamente implantada com o Plano Nacional de Imunizações (PNI), que criou o primeiro calendário de vacinação para crianças e gestantes.
Todavia, foi só em 1992, com o Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, que o combate ao sarampo foi definido como prioridade de política de saúde.
Embora os sintomas típicos possam consistir em febre alta, coriza, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes, erupção cutânea e manchas brancas dentro da boca, as complicações podem aparecer na forma de infecções de ouvido, diarreia, pneumonia e encefalite (inchaço do cérebro).
Surtos de sarampo continuam a ocorrer em áreas ao redor do mundo. E mesmo que tenha sido controlada no Brasil, houve alguns surtos recentes da doença.
4. Caxumba
Como outras doenças, há alguns que pegam caxumba e não apresentam sintomas, e há pessoas que podem ter uma série de complicações.
A caxumba ou papeira causa parotidite, que é quando as glândulas salivares, sob as orelhas em um ou ambos os lados, ficam inchadas, causando bochechas inchadas e uma mandíbula sensível e inchada.
Aliás, era comum ver pessoas que sofriam dos sintomas usando um pano em volta do rosto, como na foto acima. Ademais, os pacientes também podem apresentar febre, dor de cabeça, dores musculares, cansaço e perda de apetite.
Em alguns casos, casos mais graves podem incluir surdez e inflamação dos testículos, ovários, pâncreas e do cérebro.
Embora tenha havido uma diminuição de mais de 99% nos casos de caxumba desde 1967, ainda existem surtos que ocorrem, principalmente em ambientes em que as pessoas têm contato próximo e prolongado com alguém que o tem.
Assim, os especialistas em saúde incentivam a vacina, pois ainda é a melhor maneira de diminuir suas chances de contrair caxumba. Por fim, os médicos recomendam que as crianças tomem duas doses – uma entre as idades de 12 meses e 15 meses e a segunda entre as idades de 4 e 6 anos.
5. Rubéola
Embora a rubéola cause poucos sintomas perceptíveis em crianças, aquelas que apresentam sintomas geralmente apresentam uma erupção cutânea primeiro.
Começa no rosto e se espalha para o resto do corpo. Além disso, o paciente pode ter uma febre baixa, dor de cabeça, olhos levevemente rosados, desconforto geral, gânglios linfáticos inchados e aumentados, tosse e coriza.
Contudo, cerca de 20% a 50% das pessoas que contraem rubéola não apresentam sintomas. Então, por que criar uma vacina? Pois, as complicações são muitas:
Até 70% das mulheres que contraem a doença sofrem de artrite, outras complicações incluem infecções cerebrais, hemorragias, danos no fígado ou baço, problemas cardíacos e deficiência intelectual.
Além disso, se uma mulher estiver grávida e contrair rubéola, pode ter um aborto espontâneo ou o bebê pode morrer logo após o nascimento. Ou ainda, se uma mulher contrair a doença no início da gravidez, o bebê também pode apresentar defeitos congênitos graves.
A vacina dada agora para a rubéola é uma vacina combinada para sarampo, caxumba e rubéola. Portanto, recomenda-se que as crianças tomem duas doses da vacina: uma entre 12 e 15 meses, outra entre 4 e 6 anos.
6. Coqueluche
A coqueluche, ou o que a maioria de nós conhece como pertussis , teria mais de 200.000 casos por ano antes da disponibilidade de uma vacina na década de 1940.
Na verdade, no século XX, era uma das doenças infantis mais comuns, bem como uma das principais causas da moralidade infantil no Brasil e no mundo. Ademais, também pode ser grave para adolescentes e adultos.
Os primeiros sintomas incluem coriza, febre baixa, tosse leve e apneia. Esses sinais por si só podem parecer a gripe comum, mas uma a duas semanas, à medida que a doença progride, as pessoas também podem experimentar muitos acessos de tosse violentos, vômito e exaustão.
Aliás, mesmo meses após a apresentação da coqueluche, os pacientes ainda podem apresentar ataques de tosse e outras infecções respiratórias. E há complicações que podem variar de acordo com a idade.
Em bebês e crianças, os pacientes podem experimentar pneumonia, convulsões, apneia (respiração lenta ou parada), encefalopatia (doença do cérebro) e em casos graves, até a doença pode levar a morte.
Adolescentes e adultos podem apresentar complicações como perda de peso, perda do controle da bexiga, desmaios e fraturas de costela de tosse grave. Desde o início das vacinações generalizadas, os incidentes da doença diminuíram mais de 80%.
No entanto, continua sendo um grande problema de saúde nos países em desenvolvimento, onde a Organização Mundial da Saúde registrou 195.000 mortes decorrentes da doença em 2008.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que pessoas de todas as idades tomem a vacina. Aliás, a recomendação da vacina é para crianças a partir de 12 meses de idade. A aplicação da segunda dose deve ser feita entre 2 e 4 anos de idade. Adolescentes não vacinados devem receber duas doses.
7. Poliomielite
Fechando a lista de doenças erradicadas temos a polio. À medida que os surtos de poliomielite aumentaram no final da década de 1940, as pessoas ficaram com medo de deixar seus filhos brincarem na rua, especialmente durante os verões, quando o vírus parecia atingir o pico. Às vezes, as viagens entre as cidades eram restritas e as quarentenas eram impostas.
Aliás, a poliomielite já foi uma das doenças mais temidas no Brasil e no mundo. Os sintomas podem incluir dor de garganta, febre, cansaço, náusea, dor de cabeça e dor de estômago.
Além disso, complicações mais graves incluem parestesia, sensação de formigamento nas pernas; meningite, uma infecção do revestimento da medula espinhal e/ou cérebro; e paralisia, que pode levar à incapacidade permanente e à morte.
Na síndrome pós-pólio, mesmo as pessoas que parecem se recuperar totalmente podem desenvolver nova fraqueza, dores musculares ou paralisia quando adultas, 15 a 40 anos depois.
Desse modo, especialistas em saúde recomendam que as crianças recebam quatro doses da vacina contra a poliomielite. São 3 doses administradas da vacina VIP os 6 meses a duas doses de reforço da VOP até os 5 anos.
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