A publicação de um estudo na revista Neotropical Biology and Conservation mostrou que as antas correm risco de extinção na Mata Atlântica. Sendo assim, o que provoca isto é a caça constante do maior mamífero do Brasil e a construção de estradas, segundo a pesquisa.
Dois dos especialistas que estudaram por 15 anos o animal de 250kg coletaram informações em mais de 93 reservas na Mata Atlântica. Por isso, descobriram que ainda pode haver chances de salvar a espécie. Além disso, fizeram o mapeamento de 48 grupos de antas no Brasil, na Argentina e no Paraguai.
A dupla descobriu também que a maior quantidade desses grupos estão em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, no Brasil, e também em Misiones, na Argentina.
Antas correm risco de extinção
De acordo com os especialistas, as antas correm risco de extinção porque seus grupos não conseguem se encontrar. Ou seja, as rodovias que bloqueiam suas travessias de encontro. Segundo o pesquisador do Centro de Estudos da Biodiversidade da Reserva Ecológica Michelin, Kevin Flesher, a maioria morre quando tenta fazer a travessia nas estradas.
Além disso, de acordo com a coordenadora da Lowland Tapir Conservation Initiative e segunda autora do estudo, Patrícia Medici, as antas possuem extrema dificuldade em se acasalar e com um ciclo de reprodução bastante devagar. Sendo assim, podem levar de 13 a 14 meses para o nascimento de apenas um filhote. Ademais, outra gestação acontece somente depois de 3 anos que um parto ocorre.
As estatísticas apontam também que de 48 grupos destes animais, entre 31,3% e 68,8% apresentaram não oferecer um progresso demográfico por conta da baixa quantidade desses mamíferos. Sem contar também a caça que auxilia para que as antas correm risco maior de extinção. Seis das oito reservas com população de antas sofrem com casos de atropelamentos ao atravessar rodovias.
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