Existem diversas fobias no mundo, mas você já ouviu falar da emetofobia? Basicamente, esse é o pânico de vômito ou náusea. No geral, as fobias são caracterizadas por medos irracionais ou fundamentados sobre outras questões, e com esse caso não é diferente.
Além disso, o medo de vômito ou náusea se encaixa na categoria de fobias específicas. Em outras palavras, seu gatilho está identificado. Ademais, faz parte do grupo de fobias que tendem a ser desconhecidas pela maior parte das pessoas, inclusive aqueles que podem tê-la.
Nesse sentido, a emetofobia pode ser causada pelo simples medo de vomitar. Porém, ver outras pessoas vomitando e até sentir náuseas também engatilha alguns sintomas.
Sintomas da emetofobia
A princípio, o principal sintoma da emetofobia está associada aos ataques de ansiedade, ou crises de pânico. Porque existe o medo de vomitar, qualquer sinal que se aproxime dessa reação desperta essas reações.
Para além do pânico, a etemofobia pode causar estresse generalizado. Ou seja, o medo constante faz com que a pessoa fique em estado de alerta, sobrecarregando o organismo com a percepção de perigo e alta produção de hormônios como a adrenalina.
Por outro lado, a emetofobia pode atingir o apetite, pois o indivíduo passa a evitar tudo aquilo que possa provocar naúseas ou vômito. Assim, pode haver o desenvolvimento de distúrbios alimentares, como a anorexia.
No que diz respeito aos comportamentos sociais, as pessoas com emetofobia costumam ter dificuldades em se relacionar. Em alguns casos, desenvolve-se a chamada ansiedade social, onde há dificuldade para interagir com outras pessoas ou espaços cheiso de gente.
Por exemplo, crianças com emetofobia podem faltar a escola, o que atinge seu desenvolvimento escolar e relacionamentos. Mais ainda, mulheres emetofóbicas podem evitar a gravidez, considerando que uma das reações comuns da gestação é o mal estar matinal.
Mais ainda, percebe-se uma tendência da evasão de ambientes onde existam a possibilidade de passar mal, ou de ver pessoas passando mal. Comumente, etemofóbicos não frequentam bares, parques de diversão, hospitais cheios e até transporte público.
Causas e sinais
No geral, as fobias aparecem como consequência de traumas. Assim, as causas da emetofobia podem estar associadas à um episódio anterior. Por exemplo, um episódio de intoxicação alimentar muito forte ou até mesmo uma gestação complicada.
Comumente, a emetofobia tem início a partir da sensação de descontrole proveniente do vômito. Em outras palavras, passar mal e vomitar envolve uma falta de controle pelo indivíduo, o que pode criar uma repulsa a longo prazo desse tipo de episódio.
Assim, o medo de passar mal desse modo aparece predominantemente em pessoas estressadas ou ansiosas. Porém, existem estudos que analisam a relação entre a emetofobia e transtornos como o TOC.
Por essa perspectiva, é analisado que eventos de descontrole desencadeiam crises de pânico nos indivíduos com esses transtornos. Dessa forma, podem consolidar traumas e desenvolver fobias como essa.
Nesse sentido, o medo de vomitar pode ser percebido pela relação que a pessoa tem com alimentos e outros indivíduos doentes. Ainda que seja natural que nosso organismo reaja negativamente ao ver alguém vomitando, o etemofóbico apresenta sintomas mais graves.
Como explicado anteriormente, essa fobia desencadeia crises de ansiedade, episódios de estresse e até crises de pânico. Sendo assim, é importante observar como o indivíduo interage com situações de mal estar.
Por outro lado, ficar atento aos comportamentos alimentares e sociais auxiliam na identificação da emetofobia. Desse modo, é possível verificar outros males correlacionados, como a própria ansiedade social ou os transtornos alimentares.
Tratamento para a emetofobia
Como as fobias costumam surgir em detrimento de episódios traumáticos, o mais recomendado é o tratamento psicoterapêutico. Desse modo, pode-se identificar as origens do medo e tratar desses eventos corretamente.
No que diz respeito aos sintomas,os exercícios de respiração para autocontrole podem combater as reações graves. Assim, cria-se uma confiança gradativa em lidar com situações e espaços onde existem pessoas passando mal.
De modo geral, a automedicação para os sintomas ainda é comum nos casos de emetofobia. Porém, é a ferramenta menos recomendada para aprender a lidar com a emetofobia.
Em especial, os medicamentos tratam somente os sintomas, mas não as causas. Além disso, o surgimento da dependência de remédios surge quando o tratamento correto não é aplicado.
Como lidar com essa fobia?
No caso de pessoas que convivem com etemofóbicos, ou até mesmo apresentam essa fobia, existem algumas ações a serem realizadas. Além de compreender os sintomas e causas, incentivar o tratamento correto auxilia no combate das principais reações.
Ademais, conversar ativamente e estar presente nos momentos de crise também ajudam a lidar com essa fobia. Nesse sentido, é importante compreender as limitações e dificuldades de convivência quando se tem emetofobia.
Comumente, recomenda-se a identificação dos gatilhos da emetofobia. Ou seja, encontrar alimentos ou situações que despertem as crises relacionadas à fobia. Desse modo, fica mais fácil evitar o que desencadeia os sintomas desse medo.
Mais do que isso, aceitar a existência da fobia e se comunicar com os outros a respeito dessa questão auxilia na convivência como um todo. Porque as pessoas envolvidas ficam cientes da emetofobia, mudanças acontecem para evitar reações.
Por fim, evitar agravantes como estresse e ansiedade são ferramentas de prevenção. Assim, pode-se identificar situações que despertem crises.
E ai, aprendeu sobre a emetofobia? Então leia sobre Fritar o cérebro – Pensar demais pode prejudicar o cérebro?
Fontes: WikiHow | Psico Ativo | Site de Curiosidades | Gentside
Imagens: UOL | Yahoo Vida e Estilo | Health Magazine | Tua Saúde