A etnia indígena brasileira do povo isolado Piripkura está prestes a ficar extinta. Sendo assim, só existem 3 pessoas desta tribo. Uma idosa, seu filho e o sobrinho.
De acordo com especialistas, os últimos integrantes desta tribo, no Centro-Oeste do Brasil, estão em extinção devido à pecuária e a extração ilegal de madeira feita com frequência na reserva ambiental onde moram.
Deste povo Piripkura, somente a idosa tem contato frequente com pessoas fora da reserva. Portanto, os outros dois rapazes decidiram se isolar em uma parte do território amazônico. A preocupação é que a ocupação ilegal seja letal para o trio.
Desmatamento
Mesmo com a proteção prevista por lei, a reserva no Mato Grosso ainda é alvo do agronegócio brasileiro. Ou seja, o desmatamento continua dentro da área do povo Piripkura. Portanto, foi feito um relatório em novembro deste ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Sendo assim, a ONG revelou que mais de 24 km² do território Piripkura teve a área prejudicada pela extração ilegal de madeira entre agosto do ano passado e julho deste ano. Esse espaço tem a mesma dimensão, por exemplo, de 3 mil campos de futebol.
De acordo a representante da entidade britânica Survival International, com foco na proteção de povos indígenas, esses três pode desaparecer em questão de dias.
Os poucos desta etnia indígena brasileira
Existem apenas 100 desses grupos em isolamento pelo mundo todo. Além disso, dentro desse número, 50 estão na região amazônica. Sendo assim, o povo Piripkura está dentro deste dado. Vale lembrar que em 1970, por exemplo, vários integrantes dessa tribo foram mortos por pessoas de fora da reserva ou por doenças.
Em 1984, quando a Fundação Nacional do Índio (Funai) entrou em contato com os membros do povo Piripkura, havia apenas 20 deles na tribo em toda a reserva. Contudo, desde 1990 apenas o trio faz parte desta etnia indígena brasileira prestes a ser extinta.
Quem é o culpado?
Vários defensores dos direitos indígenas colocaram a culpa em grande parte da reserva do povo Piripkura no atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Razão disso é que antes mesmo da posse da presidência, o político já mostrava oposição contra reservas na Amazônia.
Além disso, em entrevista ao Correio Braziliense em 1998, Jair Bolsonaro falou que o exército brasileiro não era tão bom quanto o estadunidense por não saber “exterminar povos indígenas”. Ademais, alegou ainda que os índios não deveriam ter direito a 13% da área territorial do país. Porém, essa autorização legal é determinada pela Constituição de 1988.
Vale lembrar também que 1,1 milhão de pessoas possuem a etnia indígena brasileira dentro de 213 milhões de cidadãos no Brasil. O atual presidente é o primeiro brasileiro no cargo a não assinar demarcações de terras indígenas. Desde então, um número maior de casos de conflitos entre povos indígenas aconteceu.
Proteção legal
Atualmente, a reserva Piripkura tem proteção legal para áreas indígenas. Porém, é necessário uma renovação porque daqui 6 meses esse processo não será mais válido.
Enquanto isso, a Funai disse que oferece toda a assistência em termos de proteção territorial, segurança alimentar e acesso a serviços de saúde.
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