Agora é oficial: existe água na Lua. A água congelada foi detectada na superfície das partes mais escuras e mais frias das regiões polares do satélite natural da Terra. Conforme pesquisadores, os depósitos de gelo estão distribuídos de forma irregular e podem ser muito mais antigos que se imagina.
Mas, de acordo com responsáveis pela descoberta – cientistas das Universidades Brown e do Havaí, ambas nos Estados Unidos -, embora essas notícia seja revolucionária, não existe abundância na superfície lunar. Apenas 3,5% da área sombreada da Lua possui gelo.
A boa notícia, no entanto, é que essa quantidade de água em estado sólido já é suficiente para abastecer futuras missões lunares.
Suspeitas confirmadas
Mas, para falar a verdade, o achado divulgado essa semana na revista “Pnas” é apenas uma confirmação do que já era um consenso entre os cientistas devido à existência dessas áreas nos polos que ficam constantemente longe da luz do Sol. Aliás, esse mesmo cenário (propício à descoberta de água congelada) é encontrado em outros astros do Sistema Solar Interior, que fica entre o Sol e o cinturão de asteroides.
Apesar disso, os pesquisadores acreditam que as evidências diretas de água na Lua, ou de gelo lunar; permanecem vagas. No artigo, os cientistas explicam que foram realizadas medições de radiação infravermelha dos polos lunares e foram encontrados traços consistentes com a presença do gelo.
Ainda conforme os pesquisadores, apesar da pequena quantidade diante da extensão da superfície da Lua, essa água congelada pode gerar hidrogênio (combustível) e oxigênio.
De onde vem a água na Lua?
Agora, se você está interessado em saber de onde vem essa água na Lua, os cientistas explicam que tudo acontece devido às áreas dos polos de nossa satélite natural ficarem constantemente à sombra do Sol.
A consequência disso é que as temperaturas superficiais nessas regiões são muito, muito baixas, em torno de – 163ºC. Isso porque a única fonte de calor que incide nesses pontos vem do interior do astro e da luz solar, refletida indiretamente pela topografia ao redor.
Ainda no caso da água na Lua, as poças congeladas, supostamente, se formam com o acúmulo de compostos voláteis vindos de fora do astro, ao longo do tempo. Processo parecido é possível observar em Mercúrio, por exemplo, mas o tipo de gelo encontrado nas duas superfícies é diferente, já que no planeta citado o gelo é mais puro e mais abundante que na Lua.
Sobre o assunto, o astrônomo Enos Picazzio da Universidade de São Paulo (USP) explica que em Mercúrio, a água está integrada desde a formação. Na Lua, por outro lado, a água vem de agentes externos, como da colisão de corpos ricos em água com a superfície lular, por exemplo.
Agora, falando em novidades que estão acontecendo muito acima de nossas cabeças, não deixe de conferir ainda: Inversão dos polos magnéticos da Terra acontecerá antes do esperado.
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