A história do casamento refere-se a um vínculo estabelecido entre duas pessoas. Nesse sentido, envolve reconhecimento governamental, cultural, religioso ou social. Ademais, pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, marcado por um ato solene.
Apesar disso, a legislação portuguesa, define-se o casamento como um contrato, mas também como instituição social. Ou seja, apesar de possuir a forma de um contrato, há ainda conteúdo de instituição, porque há regulação pelo Código Civil brasileiro. No geral, há ainda a previsão dos diversos motivos pela qual as pessoas iniciam um casamento.
Em outras palavras, costuma-se estabelecer um casamento para dar visibilidade à sua relação afetiva, mas também para buscar estabilidade econômica e social. Ademais, há ainda o desejo de formar família, legitimar um relacionamento ou até obter direitos como nacionalidade.
Curiosamente, a palavra casamento é derivada de casa, enquanto que matrimônio parte do radical mater, do latim mãe. Porém, segue o mesmo modelo lexical da expressão patrimônio. Contudo, também pode derivar do termo latim medieval casamentu. Apesar disso, a história do casamento no mundo parte da Antiguidade, com tradições diversas.
No geral, um casamento acontece por meio da celebração de uma boda. Ou seja, uma celebração, civil ou religiosa, de um casamento. Além disso, precisa ser oficiada por um ministro religioso, por um oficial do registro civil ou por um indivíduo que tenha confiança das partes envolvidas. Mais ainda, chama-se aqueles que estão casando de cônjuges, sendo um termo neutro para ambos sexos.
História do casamento
A princípio, a história do casamento parte da declaração do cristianismo como religião oficial na Europa no ano 392. Porém, também decorre dos batizados de reis na Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Noruega e Suécia entre 965 e 1008. Desse modo, no começo do ano 1000, o casamento surgiu como uma maneira de formalizar uniões entre homens e mulheres.
Sendo assim, anteriormente, aconteciam uniões a partir de uma série de renitências pagãs, de interesses políticos e uma poderosa evangelização. Sobretudo, essas comunidades pagãs viam o amor como destruidor da sociedade. Em contrapartida, para os cristãos, o amor era um privilégio e uma missão de Deus a ser exercida entre os homens.
No entanto, o casamento surgiu como uma forma de manutenção de relacionamentos entre grupos sociais. Ou seja, era visto como forma de criar alianças e conquistar aliados, ou até mesmo expandir o domínio sobre uma determinada região. Porém, estima-se que o consentimento passou a fazer parte da tradição do casamento a partir de 1140, através do Decreto de Graciano.
Em resumo, se trata de uma obra extensa sobre o direito canônico, estabelecendo regras de conduta e normatizando costumes da Igreja Católica. Dessa forma, consentimento tornou-se uma condição fundamental para que o casamento se tornasse oficial a partir do século XII.
Previamente, a nobreça europeia na Idade Média tinha o casamento como forma de manter políticas e militares. Mais ainda, a união tinha caráter irrevogável, porque a principal intenção era criar estabilidade entre grupos de interesse. No entanto, os casamentos das outras esferas da população aconteciam de acordo com regras sociais e religiosas específicas.
Curiosidades sobre o costume
A princípio, estima-se que a criação da Igreja Anglicana, em 1534, deu origem ao divórcio. Em resumo, o rei inglês Henrique VIII fundou sua própria religião a fim de dissolver a união com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Contudo, somente a partir de 1670 que passou a existir uma possibilidade oficial de terminar um matrimônio, principalmente porque era visto como uma união divina.
Posteriormente, a partir de 1836 na Europa, o casamento deixou de ser um ato exclusivamente religioso e tornou-se uma união civil. Portanto, pessoas não católicas poderiam se casar de acordo com seus próprios preceitos. No entanto, estima-se que cada cultura tenha tradições específicas para esse evento.
Por exemplo, as mulheres egípcias costumam beliscar a noiva no dia do casamento para dar sorte. Em contrapartida, noivas do Oriente Médio pintam de henna as mãos e os pés para se proteger do mau-olhado. Mais ainda, as mulheres marroquinas costumam tomar banho de leite para se purificar antes do casamento.
Curiosamente, os antigos gregos e romanos inventaram a tradição do véu, porque acreditavam que protegia a noiva dos espíritos malignos. Desse modo, a tradição atravessou a Antiguidade e e se estabeleceu até os dias atuais. Mais ainda, a tradição do bolo de casamento também parte da Roma Antiga.
Basicamente, os foliões partiam um pedaço de pão na cabeça de uma noiva por causa da fertilidade. Contudo, adaptou-se à tradição para que ambos noivos cortem o primeiro pedaço como forma de celebração e sorte na união. Por fim, estima-se que as diversas tradições e culturas foram intercambiadas durante o período das Grandes Navegações e explorações no mundo.
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