Juíza inocenta quatro homens negros acusados injustamente referente a um estupro. Eles foram inocentados depois de 72 anos. A decisão foi da juíza Heidi Davis, do Estado da Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA), em janeiro de 2019.
Charles Greenlee, Ernest Thomas, Samuel Shepherd e Walter Irvin ficaram famosos pelo nome “Os Quatro de Groveland”. Portanto, de acordo com a denúncia, eles teriam feito pego a força uma jovem branca na Flórida, em 1949, e em seguido realizaram o estupro.
Na época das acusações, o quarteto tinha entre 16 e 26 anos. Ou seja, nenhum deles estava vivo quando saiu a decisão.
Após o crime errôneo
Depois que o crime supostamente aconteceu, um grupo de aproximadamente 1 mil homens com armas perseguiram Thomas como uma espécie de caça. Sendo assim, os outros três rapazes sofreram agressões durante a custódia. Ou seja, antes mesmo de receberem a condenação por um júri, feito apenas por brancos.
Samuel foi morto a tiros por um xerife enquanto estava a caminho de outro julgamento sobre o caso. Já o Walter quase recebeu uma condenação de pena de morte em 1954. Ao invés disso, teve a prisão convertida para perpétua com liberdade condicional. No entanto, morreu um ano após ser solto, em 1969.
Charles também recebeu prisão perpétua. Contudo, teve liberdade condicional em 1962. Ele morreu em 2012. Depois disso, houve novos julgamentos até a juíza inocentar os homens negros acusados injustamente.
Decisão da juíza branca sobre os quatro homens negros
A promotoria pediu para a juíza Heidi que descartasse os indiciamentos de Ernest Thomas e Samuel Shepherd. Além disso, solicitou o cancelamento das condenações e sentenças de Charles Greenlee e Walter Irvin. Os pedidos foram acatados pela juíza.
O governo estadual da Flórida soltou uma declaração com um “sincero pedido de desculpas”, em 2017, para as famílias dos quatro homens acusados injustamente. A história deles serviu como base no livro Devil in the Grove, vencedor do prêmio Pulitzer, em 2013.
Essa situação aliviou e emocionou os parentes do quarteto. Sendo assim, acreditam que há a possibilidade de reabrir casos antigos para novas análises de condenações semelhantes.
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