Após 72 anos, juíza inocenta homens negros acusados injustamente

Juíza inocenta quatro homens negros acusados injustamente referente a um estupro. Eles foram inocentados depois de 72 anos.

Depois de 72 anos, juíza inocenta homens negros acusados injustamente

Juíza inocenta quatro homens negros acusados injustamente referente a um estupro. Eles foram inocentados depois de 72 anos. A decisão foi da juíza Heidi Davis, do Estado da Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA), em janeiro de 2019.

Charles Greenlee, Ernest Thomas, Samuel Shepherd e Walter Irvin ficaram famosos pelo nome “Os Quatro de Groveland”. Portanto, de acordo com a denúncia, eles teriam feito pego a força uma jovem branca na Flórida, em 1949, e em seguido realizaram o estupro.

Na época das acusações, o quarteto tinha entre 16 e 26 anos. Ou seja, nenhum deles estava vivo quando saiu a decisão.

Após o crime errôneo

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Depois que o crime supostamente aconteceu, um grupo de aproximadamente 1 mil homens com armas perseguiram Thomas como uma espécie de caça. Sendo assim, os outros três rapazes sofreram agressões durante a custódia. Ou seja, antes mesmo de receberem a condenação por um júri, feito apenas por brancos.

Samuel foi morto a tiros por um xerife enquanto estava a caminho de outro julgamento sobre o caso. Já o Walter quase recebeu uma condenação de pena de morte em 1954. Ao invés disso, teve a prisão convertida para perpétua com liberdade condicional. No entanto, morreu um ano após ser solto, em 1969.

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Charles também recebeu prisão perpétua. Contudo, teve liberdade condicional em 1962. Ele morreu em 2012. Depois disso, houve novos julgamentos até a juíza inocentar os homens negros acusados injustamente.

Decisão da juíza branca sobre os quatro homens negros

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A promotoria pediu para a juíza Heidi que descartasse os indiciamentos de Ernest Thomas e Samuel Shepherd. Além disso, solicitou o cancelamento das condenações e sentenças de Charles Greenlee e Walter Irvin. Os pedidos foram acatados pela juíza.

O governo estadual da Flórida soltou uma declaração com um “sincero pedido de desculpas”, em 2017, para as famílias dos quatro homens acusados injustamente. A história deles serviu como base no livro Devil in the Grove, vencedor do prêmio Pulitzer, em 2013.

Essa situação aliviou e emocionou os parentes do quarteto. Sendo assim, acreditam que há a possibilidade de reabrir casos antigos para novas análises de condenações semelhantes.

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