Ciência explica: como o vaga-lume emite luz? Para que ela serve?

A luz do vaga-lume é criada a partir de uma reação química natural onde a energia sobressalente é convertida em energia luminosa.

Em primeiro lugar, a luz do vaga-lume acontece por um processo natural chamado bioluminescência. Nesse sentido, o brilho é produzido por meio de uma reação química onde há produção de muita energia. Como consequência, essa energia é convertida em luz, sem que haja produção de calor para não atingir a espécie.

Sendo assim, a luz do vaga-lume tende a ser fria e o inseto não se aquece quando a emite. Sobretudo, os vaga-lumes ou pirilampos são insetos das família Elateridae, caracterizados principalmente por essa habilidade luminosa. Portanto, em sua estrutura há órgãos fosforescentes específicos, localizados na parte inferior de seus segmentos abdominais e responsáveis por essas reações.

Além disso, a reação química que causa esse brilho é chamada de oxidação biológica. Basicamente, existem quatro substâncias fundamentais para que o organismo dos pirilampos produza a luz, sendo eles o oxigênio, o combustível luciferina, a enzima luciferase e o ATP. No geral, todas as espécies possuem ATP, que também é conhecida como ativador trifostato de adenosina.

Em resumo, essa substância é a principal fonte energética utilizada pelo metabolismo das células. Contudo, no caso dos vaga-lumes é essa energia que faz a emissão da luz.

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Como acontece o processo que gera a luz do vaga-lume?

A princípio, o processo da oxidação biológica começa quando uma parte do oxigênio respirada pelo inseto é enviada para as células especiais. Nesse sentido, essas células são chamadas de fotócitos, em referência ao papel que desempenham com a luz. Posteriormente, é nessas células que a enzima luciferase ativa a luciferina com a energia do ATP.

Logo em seguida, há inserção do oxigênio para oxidar a molécula de luciferina ativada. Portanto, a partir dessa reação química entre o ATP, o oxigênio e a luciferina catalisada pela luciferase se produz uma molécula no estado fluorescente. Curiosamente, o nome dessa molécula é oxiluciferina, responsável por gerar a luz do vaga-lume e o aspecto do inseto estar aceso.

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No geral, essa reação química acontece somente dentro dos fotócitos. Basicamente, essas células especiais formam um tecido chamado de lanterna, constituído principalmente por terminais de traqueias que conduzem o oxigênio inspirado. Além disso, há uma conexão dessa estrutura com o sistema nervoso, de modo com que o vaga-lume somente acenda sua luz quando quiser.

Qual a função desse brilho?

Ao contrário do que se pensa, não se trata de uma decoração ou característica estética dos pirilampos. Antes de mais nada, a luz dos vaga-lumes desempenha um papel importante desde a fase larval, agindo como mecanismo de defesa. Ademais, também atua como uma espécie de farol para outros insetos que servem de alimento ao vaga-lume.

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Por outro lado, na fase adulta, a luz dos vaga-lumes é utilizada como forma de atrair o sexo oposto durante o período de acasalamento. Sobretudo, esse processo acontece durante uma dança luminosa para conquistar a fêmea e se mostrar como um macho fértil.

Contudo, há uma diferença na estrutura da bioluminescência, porque existem espécies diversas dentro do mesmo grupo animal. Desse modo, no Brasil estima-se que existem centenas de espécies semelhantes, distribuídos entre os vaga-lumes, os pirilampos e os bondinhos.

Sobretudo, o que altera entre eles é a localização da lanterna, tendo em vista que os vaga-lumes as têm no abdome enquanto os pirilampos têm no tórax, por exemplo. Além disso, não é sempre que a luminosidade emitida é verde, pois existem espécies que irradiam cores vermelhas, e até mesmo tonalidades intermediárias.

Em resumo, quem determina a tonalidade são as enzimas luciferase, porque realizam a canalização da bioluminescente. Por fim, existem outras espécies que realizam um processo semelhante, incluindo animais marinhos como algas, cogumelos e até alguns moluscos especiais.

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E aí, aprendeu sobre a origem da luz do vaga-lume? Então leia sobre Cidades medievais, quais são? 20 destinos preservados no mundo.

Fontes: Mundo Educação | Uol | Brasil Escola | G1 | Fapesp

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