Em primeiro lugar, a máfia italiana é uma organização criminosa administrada por um grupo anônimo. Nesse sentido, refere-se a uma estrutura oculta que afeta diferentes setores da sociedade e também esferas institucionais. Sendo assim, declara-se seus membros e participantes como mafiosos, conhecidos pelas representações em filmes e séries com o tema.
No geral, a Itália é o berço da máfia, com diversas instituições. Em especial, o destaque fica para a “Cosa nostra”, conhecida como coisa nossa em português, mas de origem siciliana. Ademais, nomes como a Camorra, napolitana e a ‘Ndrangheta são outras organizações conhecidas da máfia italiana.
Sobretudo, essa organização atua de maneira sigilosa, controlando os poderes públicos e as empresas privadas a seu favor. Além disso, conhece-se a máfia italiana por conta do uso de violência e coerção para obter seus objetivos. Portanto, diversas histórias sobre torturas, massacres e crimes hediondos tem autoria desses grupos.
Por outro lado, o domínio da máfia italiana alcança também a vida social e cultural. Como consequência, trata-se de uma estrutura internalizada pela população. Sobretudo, porque mantém a ordem social e criam um nível de segurança nas cidades, parte dos cidadãos entendem a máfia italiana como um mal necessário.
Em contrapartida, há um consenso sobre a atuação da organização na esfera ilegal. Comumente, as ações dos membros fica no limite entre o bem e o mal, agindo às margens das leis e da justiça para alcançar objetivos próprios. Apesar disso, compreende-se que a máfia ainda ofereça proteção a quem lhes convém, especialmente quando essas relações os dá mais poder e autoridade.
Sendo assim, estima-se que instituições de segurança, grandes empresários e fazendeiros de influências fazem parte da lista de contatos da máfia. Ou seja, há grande influência, exercida de forma anônima.
Origem da máfia italiana
A princípio, a máfia italiana surgiu no sul da Itália, mais especificamente no período da Idade Média. No geral, os membros da organização eram agricultores proprietários de pequenas terras. Basicamente, perceberam-se ameaçados por grandes latifundiários e senhores feudais que possuíam grandes propriedades por meio do roubo dos pequenos fazendeiros.
Sendo assim, uniram-se para lutar contra o domínio desses fazendeiros. Contudo, a atuação expandiu para outros setores até que organizou-se a estrutura de expansão dos negócios. Nesse sentido, inicialmente tratavam de ações como depredar o gado e as plantações daqueles que não pagavam pela proteção.
Portanto, para evitar o vandalismo e a ação dos grandes fazendeiros era fundamental fazer acordos com a máfia. Eventualmente, a cultura da máfia alcançou outros países, como os Estados Unidos, a França e a Inglaterra. Ademais, passou a ser um elemento cultural, retratado em filmes como “O Poderoso Chefão” e outros.
Curiosamente, a palavra máfia surge do adjetivo siciliano mafiusu. Em contrapartida, essa expressão da língua siciliana tem raízes no árabe mahyas, que significa “alarde agressivo” ou “rejeitado”. No entanto, a organização adotou-a pela conotação de bravura, ainda que também signifique alguém ambíguo, arrogante e destemido quando se trata de um adjetivo.
Além disso, estima-se que a associação com a organização criminosa parte da cultura popular. Mais ainda, a peça O Belo Povo da Vicaria de Giuseppe Rizzotto e Gaetano Mosca em 1863 correlacionou o termo com o grupo. Em resumo, as palavras não são mencionadas na peça sobre as gangues criminosas na prisão de Palermo, mas estão no título para chamar atenção.
Curiosidades sobre a organização
Comumente, a máfia italiana segue diferentes princípios, como um código de ética para orientar as condutas da organização. Em primeiro lugar, cobiçar a mulher do próximo representa um ato punível de forma severa. Ademais, não se pode violar a mulher ou filho de outros mafiosos, ainda que sejam inimigos.
Logo em seguida, algumas instituições punem a homossexualidade. Porém, algumas estruturas permitem relacionamentos desde que a irmandade da máfia venha em primeiro lugar. Além disso, os membros não poderiam trabalhar para o Estado ou servir ao Exército, estando proibidos de trabalhar nos campos ou pagar impostos.
Desse modo, permanecem leais à máfia e aos princípios de irmandade. Sendo assim, também estavam proibidos de envolver-se em atividades políticas, chegando ao ponto de cortar vínculos sociais e familiares ao ingressarem na organização. No geral, a máfia torna-se a única família e sociedade do mafioso quando ele jura lealdade ao grupo.
Por outro lado, colaborar com a polícia é passível de tortura seguido de execução. Sobretudo, os chamados dedos-duros eram aqueles que serviam como informantes às instituições de segurança e acabavam perdendo dedos antes de morrer. Portanto, o que acontecia dentro da máfia devia permanecer entre os membros.
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Fontes: InfoEscola | Visão | Descomplica | Fatos Desconhecidos
Imagens: Fatos Desconhecidos