Talvez uma discussão que tenha passado por todo o mundo foi: quem é o melhor? Maradona ou Pelé? Enfim, essa é uma dúvida difícil de ter uma resposta correta.
Contudo a história aqui é apenas sobre Maradona. Seu nome completo é Diego Armando Maradona e a sua infância não foi nada fácil.
Vivia em um míseria com a família na Villa Fiorito, uma favela localizada na periferia de Bueno Aires. Entretanto, desde essa época Diego vivia jogando futebol com os amigos na rua.
Infelizmente, sua realidade era tão triste que por muitas vezes a mãe afirmava que estava sem fome apenas para deixar toda a comida para os filhos.
Infância de Maradona
Mesmo com toda a pobreza da família, Diego Maradona jogava futebol constantemente nos campos de terra. Aliás, com nove anos já se destacava até mesmo entre os jogadores mais velhos. Maradona era rápido e inteligente, seu destaque fez com que ele fosse chamado para jogar no Estrella Roja.
O time era pequeno e do próprio bairro, mas já disputava alguns campeonatos amadores e infantis. Contudo, novamente o talento de Diego se destacou e agora passou a chamar a atenção de outros times, maiores e que jogavam campeonatos profissionais.
Enfim, o primeiro a ir atrás do garoto foi o time Argentinos Juniors, prometendo para a criança a oportunidade de jogar pelo Los Cebollitas, um time amador que era afiliado à equipe. Se por acaso ele jogasse tão bem quanto no time anterior, poderia ser contratado para jogar na capital.
O crescimento no futebol
Não precisa falar que Maradona jogou muito mais do que bem no Los Cebollitas, não é?! Então, com apenas 15 anos, o rapaz estreiou pela primeira vez em uma equipe profissional, entrando rapidamente no grupo de titulares. Entretanto, seu time não apresentava o mesmo resultado.
Portanto, não demorou muito para que Maradona crescesse ainda mais e fosse contratado por um time maior. Aliás, isso ocorreu 5 anos depois, com o Boca Juniors. Maradona então foi jogar dentro do La Bombonera, mostrando seu incrível futebol e conquistando toda a torcida.
Entretanto sua passagem pelo time também foi curta. Mesmo assim, Maradona ajudou o Boca a ganhar o título argentino em seu ano de estreia. Ele conseguiu marcar 28 gols durante 44 jogos. Obviamente, seu bom resultado acabou chamando atenção dos grandes times europeus.
Maradona na Europa
Então, com apenas 22 anos, Maradona foi um reforço importante – e caro – para o Barcelona. Aliás, ainda na época do Boca, ele começou a ser conhecido como o Pibe de Oro. Enfim, não é surpresa que ele também tenha conquistado os europeus com o seu futebol.
Títulos e mais títulos estavam se acumulando durante a sua passagem na Espanha. Alguns deles foram a Copa do Rey e a Copa de La Liga, atualmente extinta. Contudo, Maradona estava reunindo também problemas fora do campo com algumas lesões.
Infelizmente, foi também na Espanha que o jogador teve contato, pela primeira vez, com o seu maior ponto fraco e com o que seria a sua destruição. A cocaína. Além disso, muitas discussões com a diretoria do atual time desgastaram e mancharam sua imagem no país.
Seleção argentina e a Copa do Mundo
Enfim, com as brigas com a diretoria e as brigas dentro de campo, Maradona acabou sendo transferido. Dessa vez ele passou a ser o maior jogador do Napoli, na Itália. Entranto em 1984, o Pibe de Oro se tornou a esperança do time, que só conseguiu conquistar títulos alguns anos depois.
Contudo, nesse meio tempo, Maradona conseguiu conquistar o prêmio mais cobiçado do futebol mundial. Em 1982 a seleção argentina não conquistou o ouro na Copa do Mundo, portanto, em 1986 o craque teve uma segunda chance de se consagrar na seleção. E conseguiu.
O segundo título mundial veio, também, pelo talento de Maradona em campo. Com seus lances incríveis e invejáveis. E também com as suas polêmicas que são atuais até hoje. Lembra daquele gol de mão que o jogador fez contra a Inglaterra? Pois é, foi nesse mesmo campeonato.
Passagem pelo Napoli
Assim como o trio MSN dos tempos atuais, Maradona tinha seu trio MaGiCa, formado por ele, Bruno Giordano e Careca. Treinados por Ottavio Bianchi, o trio conseguiu trazer o primeiro scudetto para o time em 1987. Além disso, também ganharam a Coppa Italia.
Maradona se consagrou oficialmente no país. Nos dois anos seguintes, Napoli ganhou o vice-campeonato da série A, tento sempre o Pibe como o personagem principal dos resultados. Aliás, em 1989, o time ainda ganhou a Copa Uefa. Todo o resultado fez com que o jogador se tornasse um tipo de deus para os italianos.
Entretanto, mesmo sendo um ídolo para o time, Maradona ainda era argentino e uma rivalidade existia. Aliás, ela acabou vindo a tona durante a Copa de 1990, que aconteceu na Itália. O que acontece é que durante a semifinal do campeonato, a Argentina eliminou a Itália, dentro do San Paolo. Estádio do Napoli.
Futebol e cocaína
Aliás, mesmo com o jogo contra a Itália, muitos italianos em Nápoles torceram para o Pibe de Oro durante a final contra a Alemanha. Por outro lado, muitos da torcida do país também vaiaram o hino argentino. O problema é que, mesmo com a fama, o vício na cocaína se tornava maior.
Mesmo ainda jogando pelo Napoli, Maradona era visto drogado com muita constância nas ruas da cidade. Além disso, o jogador havia uma suposta amizade com alguns integrantes de uma máfia italiana, a Camorra. Isso fez com que sua imagem se desgastasse no país.
Mesmo assim, os torcedores do time ainda o idolatravam. A saída do Napoli é considerada o final da época de ouro do jogador. Ele ainda era o mesmo gênio de sempre, contudo, estava completamente submerso no mundo das drogas. Aliás, em 1991 foi pego no antidoping e suspenso.
A volta para a Espanha e a decaída
Em seguida o jogador entrou para o time Sevilla, na Espanha. Foram no total 259 partidas e 115 gols pelo time. Por outro lado, também foram longos e cansativos 86 dias de batalhas judiciais. A passagem por lá durou apenas 1 ano. Nesse meio tempo, Maradona descobriu que era vigiado por detetives contratados pelo próprio time.
Por fim, ainda tentando manter sua carreira, o craque foi para o Newell’s Old Boys, na Argentina. Contudo, foi apenas mais um fracasso, visto que após quatro partidas, ele teve sua carreira interrompida por causa de lesões. Ainda assim, Pibe representou a seleção novamente em 1994.
Infelizmente, essa foi uma das suas piores histórias durante sua carreira. Isso porque, ao ser flagrado pelo antidoping, Maradona foi impedido de jogar. Novamente o jogador acaba voltando para seu time do coração, o Boca Juniors. Mesmo assim seus tempos de glória não voltaram mais, encerrando sua carreira como jogador.
O fim da carreira
Sem jogar, Maradona foi definhando cada vez mais, engordando e sempre consumindo cocaína. Nessa época, o ex-jogador chegou muito perto da morte. Contudo isso serviu para que ele se esforçasse para melhorar. Posteriormente Diego conseguiu emagrecer e passou a fazer tratamento contra sua dependência.
Em 2008 foi técnico da seleção argentina e conseguiu colocar o país dentro da Copa do Mundo de 2010, atuando como treinador. Mesmo não jogando mais, ele ainda era considerado um ídolo do futebol e inspiração para os aspirantes a jogador.
Infelizmente, em novembro de 2020, logo após completar 60 anos, Maradona veio a óbito. Alguns dias antes ele havia feito uma cirurgia para retirar um edema na cabeça. Contudo, acabou sofrendo uma parada cardiorespiratória fulminante enquanto descansava e morreu em casa.
Vida pessoal de Maradona
Maradona teve suas duas primeiras filhas em 1987 e 1988, Dalma e Giannina. Ambas são filhas do ex-jogador com Claudia Villafañe, namorada de adolescência e esposa durante 24 anos. Contudo, o casamento veio ao fim e em 2020 os dois travaram uma grande batalha judicial.
Em 2013, Diego Fernando chegou. Ele é filho do craque com a ex-namorada, Verónica Ojeda. Pelo menos, era isso que se esperava. Todavia, com o passar dos anos, Maradona foi adicionando novos descendentes à sua linhagem. Em 2014 foi Jana, que nasceu em 196 e é filha de Valeria Sabalain.
Além disso, ele também reconheceu Diego Junior, filho que ele negou durante 29 anos e que nasceu sete meses antes de sua primeira filha, Dalma. Esse é filho do jogador com Cristina Sinagra, uma italiana. Por fim, em 2019, seu advogado contou que Maradona ainda tem mais 3 filhos não reconhecidos em Cuba, somando 9 no total.
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Imagens: Paisefilhos, Jornaldebrasilia, Elpais, G1, Time, Veja, Espn, Metroworldnews, Entretenimento e B9
Fontes: Globoesporte e Calciopedia