Quando a mulher se cura de HIV na Argentina, um novo capítulo sobre os estudos dessa enfermidade começa entre os cientistas. Nesse sentido, o caso da “paciente Esperanza” é o segundo a ter documentação com esse tipo de processo. Ademais, os estudos e informações científicas tiveram publicação na revista científica Archives of Internal Medicine.
Em resumo, os especialistas chegaram à essa conclusão após realizarem testes com mais de 1 bilhão das células da paciente. Logo em seguida, não identificaram nenhum traço viável da infecção nas análises. Sobretudo, caso consigam isolar e replicar o processo, isso significa que pode existir uma forma de eliminar ou curar efetivamente pacientes com HIV.
HIV significa vírus da imunodeficiência humana, sendo responsável por causar a AIDS e atacar o sistema imunológico no processo. Sendo assim, há uma diferença entre a HIV e a AIDS, porque a primeira se trata do lentivírus que origina a segunda, com o nome formal de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Nesse contexto, o caso da mulher se curar do HIV mostra que algumas pessoas de fato nascem com resistência natural ao vírus. Além disso, possuem genes que evitam a infecção e protegem o sistema imunológico. Ou seja, a partir de aprofundamentos desses casos é possível entender mais sobre o ataque sistemático no organismo humano e como controlá-lo.
O que aconteceu para a mulher se curar do HIV?
No caso da mulher se curar do HIV, ela contraiu o vírus, mas o erradicou em seu organismo. Desse modo, a paciente Esperanza, nome anônimo que preferiu manter durante a apresentação dos estudos, faz parte do grupo de “controladores de elite”. Em resumo, essa pessoas conseguem suprimir o vírus com ajuda, mas sem necessariamente medicação para o HIV.
Comumente, as pessoas com HIV precisam da terapia antirretroviral, ou TARV, ao longo da vida inteira. Sendo assim, se param de consumir esses medicamentos, podem despertar o vírus dormente causar novos problemas à saúde. Entretanto, a partir dos casos de controladores de elite oferece uma esperança aos pacientes e um futuro promissor à Ciência.
No geral, essas pessoas continuam com o diagnóstico positivo para o vírus da HIV. Porém, não realizam mais tratamento para controlar a carga viral, porque é indetectável. Ou seja, elas não podem infectar outras. Além do caso da mulher se cura do HIV na Argentina, há ainda o que aconteceu com Adam Castillejo, em Londres.
Basicamente, ele parou de tomar seus comprimidos da terapia antirretroviral depois de receber um tratamento com células-tronco de um doador para um câncer que estava tratando. Contudo, as células infectadas pelo HIV desapareceram e tiveram substituição durante o tratamento do câncer. Apesar disso, não se sabe por quando tempo esse fenômeno representará uma vantagem a Castillejo.
Entretanto, o que se sabe sobre esse caso é que seu doador fazia parte do grupo de 1% de pessoas que nascem com genes específicos. Dessa forma, esses genes impedem o HIV de entrar e infectar as células saudáveis.
O que esse caso significa?
Em termos mais específicos, o caso da mulher se cura do HIV na Argentina diz respeito a uma “cura esterilizante” para os pacientes. Ou seja, quando conseguirem isolar e replicar esse processo, será possível oferecer a alternativa para pessoas que não conseguem replicar o processo naturalmente.
Portanto, quem não é capaz de curar a si mesmo por meio da natureza do próprio organismo poderá ter uma nova possibilidade. Com a paciente Esperanza, ela não teve HIV detectável por mais de oito anos, e tudo isso decorreu de um processo natural do seu corpo. Ademais, a paciente Loreen Willenberg, de San Francisco, nos Estados Unidos, também passou por essa mesma jornada.
Sendo assim, conseguiu ficar funcionalmente curada do HIV, sem o vírus detectável, por conta do seu sistema imunológico. Nesse sentido, os cientistas e especialistas trabalham para ser capaz de induzir esse tipo de atividade imunológica em pessoas que estão fazendo a terapia antirretroviral. Em resumo, a ideia é educar os sistemas imunológicos por meio da vacinação.
Assim, o organismo será capaz de controlar os vírus sem a terapia antirretroviral. Acima de tudo, isso representa os esforços da comunidade científica em explorar a tecnologia que se tem disponível para tratar e curas as mais diversas enfermidades. Por fim, estudos mais profundos são necessários para investigar a possibilidade da reversão do quadro e de novas infecções.
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