O método científico de embalsamento, utilizado hoje em dia, é reflexo de estudos de muito tempo atrás. O mais conhecido registro dessa técnica na antiguidade é, sem dúvida, a mumificação feita pelos egípcios. Apesar de serem processos diferentes com finalidades distintas as duas possuem uma ligação.
A mumificação egípcia veio com a intenção de preservar o corpo pelo maior tempo possível. Em suma, os egípcios acreditavam na vida após a morte. Eles tinham fé de que a alma e o corpo da pessoa que morresse um dia voltariam a se encontrar, por isso a necessidade da preservação corporal.
Já o embalsamento praticado hoje em dia não tem essa preocupação espiritual. Embora também seja usada para preservar o corpo, o embalsamento só é utilizado quando há demora para realizar o sepultamento.
Contudo, a partir do seu processo de mumificação os egípcios ensinaram muitas coisas a medicina que até hoje são utilizadas. Um exemplo é o estudo da anatomia e de agentes químicos.
Como é feita a mumificação?
Para realizar o processo de mumificação era preciso retirar a maioria dos órgãos, menos o coração, pois eles acreditavam que ali ficavam os sentimentos.
Existia também uma crença de que quando alguém morria essa pessoa era julgada no Tribunal de Osíris na frente de 42 deuses. Seu coração era colocado em uma balança em contrapeso com uma pena. Se o órgão fosse mais pesado que a pena a pessoa era condenada a ser comida por uma deusa com cabeça de jacaré. Mas caso contrário, ela receberia a permissão de retornar ao seu corpo.
Após a retirada dos órgãos, eles usavam sais natrão para retirar toda a água existente no corpo humano. Deixavam aquele sais por cima e por dentro do cadáver durante 40 até 72 dias. Assim, com o passar desses dias, eles lavavam o corpo com bálsamo e óleos essenciais e começavam a enfaixar o corpo com um pano de linho. Enfim, a mumificação estava concluída.
A múmia ficava guardada nas famosas pirâmides. Quanto maior a pirâmide maior a importância que aquele cadáver teve na sociedade egípcia. Nem todas as classes sociais eram enterradas nas pirâmides, pois elas eram apenas para a sociedade mais alta.
Com essa tradição os egípcios mostraram um grande domínio do funcionamento do corpo humano passando seus ensinamentos até os dias de hoje. O embalsamento que é a técnica utilizada hoje para preservar o cadáver utiliza-se apenas de formol misturada com fenol. Mas se baseou nos estudos de mumificação para conseguir chegar nesse método mais simples.
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Fonte: BrasilEscola HistoriaDoMundo
Fonte de destaque: Clube Gazeta do Povo
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