A princípio, é fácil notar que as narinas são aberturas colocadas no nariz para permitir a respiração. Mas por que precisamos de duas elas, e não somente uma?
Com exceção de espécies de golfinhos e baleias, todos os mamíferos são dotados de dois canais respiratórios, incluindo os humanos. Divididos pelo septo, esses dois canais garantem velocidades distintas de respiração, permitindo um forte impacto no corpo.
Apesar de serem resquícios pré-históricos de humanos do passado, elas ainda cumprem funções importantes na hora de sentir cheiro.
Narinas e cheiro
De acordo com evidências científicas, algumas substâncias só são detectadas pelas células olfativas quando passam por elas com menos velocidade. Por outro lado, existem outras que só são percebidas quando inaladas com velocidade.
Com as duas narinas tendo espaços distintos, então, é possível controlar a velocidade da passagem de ar em cada uma delas. Dessa maneira, então, conseguimos sentir os cheiros com maior precisão.
A diferença pode ser maior ou menor em cada pessoa, mas se você tampar uma das narinas e puxar o ar, já poderá ser capaz de perceber a diferença de intensidade. No entanto, isso não significa que cada lado do corpo é responsável por uma velocidade diferente.
Na verdade, elas trocam de função ao longo do dia, para que um lado possa “descansar”, enquanto o outro fica responsável pela respiração mais intensa.
Respiração
Essa diferença de fluxo de ar em cada uma das narinas é chamada de ciclo nasal, e é um fenômeno natural. Ou seja, não influencia na qualidade da respiração ou gera incômodos ou falta de ar.
A cada três ou quatro horas, as narinas passam por escalas de congestão e descongestão, provocando diferentes intensidades de respiração em cada lado do nariz. Entretanto, o fenômeno só está presente em cerca de 80% das pessoas.
Além da função importante para a detecção de cheiros, o ciclo nasal ajuda a evitar o ressecamento das narinas, reduzindo a passagem de ar.
Alguns quadros podem alterar o ciclo nasal e o funcionamento das narinas, incluindo idade, postura, prática de exercícios físicas, temperatura, fatores hormonais e gravidez.
Fontes: DW, Mega Curioso, Escola Kids, Otomed
Imagens: Kobienia, The Conversation, So Healthy